"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

novembro 06, 2013

"Guvernu-bomba"



Bateu o pânico no governo, diante da constatação da evidente piora das condições econômicas do país, em especial a deterioração das contas públicas, cada vez mais deficitárias. Ministros se esgoelam para tentar provar o improvável: que a situação vai bem. Inútil. Contra fatos não há argumentos.

A mais nova onda de pessimismo foi detonada na semana passada, com a divulgação dos resultados fiscais de setembro. Ato contínuo, os agentes de mercado reagiram elevando os juros futuros e impulsionando a alta do dólar - foram 4% nos últimos dias. Tais preços são os principais termômetros de febres altas na economia.

O déficit de R$ 9 bilhões é o maior para meses de setembro desde que o país começou a aferir com seriedade o desempenho das contas do governo. No ano, o superávit já caiu pela metade na comparação com o mesmo período de 2012, para R$ 45 bilhões. Ninguém crê que, em apenas três meses, o governo consiga poupar os R$ 66 bilhões necessários para cumprir a meta de 2,3% do PIB anunciada em maio.

O superávit acumulado em nove meses - 1,3% do PIB - é o mais baixo dos últimos 15 anos. Mas a situação pode ser ainda pior: expurgado de truques contábeis e receitas extraordinárias para engordar as receitas, o resultado é de magro 0,7% do PIB, segundo cálculos de Alexandre Schwartsman, na Folha de S.Paulo. Há uma evidente incapacidade de poupar e produzir os resultados fiscais necessários para segurar o endividamento público do país.

A gestão Dilma quer fazer crer que os gastos sobem por uma opção preferencial do governo pelo social, conforme sustenta hoje o Valor Econômico. Trata-se de explicação a posteriori, na tentativa de dourar a pílula da expressiva piora nas contas. Na realidade, o governo não faz a menor ideia do que está acontecendo. Há claro descontrole.

As despesas em geral subiram 13,5% no ano, bem acima do previsto, superior à alta das receitas e muito além do pibinho. As desonerações fiscais também estão maiores do que se estimava: há apenas seis meses, dizia-se que a conta ficaria em R$ 70 bilhões, mas já se sabe que está beirando R$ 80 bilhões. A questão é: que resultados produziram, além de benefícios localizados e pontuais?

O que ninguém do governo consegue explicar é por que os investimentos não acontecem. Porque esta tem sido a promessa desde o início da gestão Dilma, e fora reiterada no início do ano como a pedra de toque de 2013. Já estamos em novembro e nada aconteceu. Cadê?

Em termos nominais, os investimentos cresceram somente 2,9% neste ano; se descontada a inflação, diminuíram. Em números: enquanto as chamadas despesas primárias subiram R$ 79 bilhões no ano até agora, os investimentos aumentaram apenas R$ 1,3 bilhão.

Para fazer frente a tão acachapantes constatações de desvirtuamento da política econômica, ministros como Guido Mantega, Gleisi Hoffmann e Ideli Salvatti se esfalfam para, numa ação articulada, dizer que a situação está sob controle. Arno Augustin, secretário do Tesouro, vai mais longe e diz que os críticos estão produzindo um "ataque especulativo" contra a proba gestão Dilma. Só pode ser piada.

O Planalto também gasta energia denunciando uma "pauta-bomba" do Congresso destinada a inflar ainda mais os gastos públicos, mas quem está explodindo as contas é o próprio governo. É a própria gestão da presidente, na sua maneira irresponsável e voluntarista de enfrentar os problemas do país, que dá margem para propostas perdulárias.

"O governo Dilma se comporta como se tivesse sido surpreendido. Nenhum dos figurões de Brasília esperava pela trombada na área fiscal (receitas e despesas públicas), que parece consumada. E reagem como baratas tontas que tivessem levado esguichada de inseticida", sintetiza Celso Ming n'O Estado de S.Paulo.

Estamos assistindo os estertores de uma tentativa fracassada de inventar uma nova fórmula de política econômica no país. A leniência fiscal, o incentivo desmesurado ao consumo e o descompromisso com a inflação produziram uma onda de desconfiança e perda de credibilidade. Foram para o lixo conquistas tão arduamente alcançadas pelo Brasil depois da estabilização da moeda com o Plano Real e da adoção dos preceitos da responsabilidade fiscal. 
Temos um governo-bomba prestes a explodir.

ITV 
Governo-bomba

O TEMPO É O SENHOR DA RAZÃO ! A NADA E COISA NENHUMA FAZENDO "ISTÓRIA" E PROVANDO INCOMPETÊNCIA - DEU NO FT : Brasil pode ser primeiro Bric a perder grau de investimento já em 2014.


O Brasil pode ser o primeiro Bric a perder o grau de investimento. A avaliação consta de texto publicado nesta quarta-feira, 6, pelo jornal britânico Financial Times com o título "As chances do Brasil de um downgrade". Ao citar analistas do banco britânico Barclays em São Paulo, a publicação diz que "muito possivelmente" o País pode ser o primeiro entre os quatro grandes emergentes (Bric é o acrônimo para o grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China) a perder o título. Se a economia nacional não crescer rapidamente e a situação fiscal continuar em deterioração, dizem os economistas, o downgrade poderia vir no início de 2014.

O Brasil obteve o grau de investimento em abril de 2008, pela Standard & Poor's (S&P). Em maio de 2008, foi a vez da Fitch Ratings e em setembro de 2009, a Moody's também deu uma nota grau de investimento para o País.

"Os resultados fiscais de setembro vieram muito mais fracos que o esperado. O surpreendente resultado foi impulsionado principalmente por um forte aumento das despesas extraordinárias durante o mês, mas as receitas menores que o esperado também ajudaram a intensificar o déficit", disseram os analistas Bruno Rovai e Marcelo Salomon, citados no texto da coluna "Beyondbrics" publicado na página 30 do jornal. "Continuamos céticos de que essa tendência poderá ser revertida especialmente considerando que as eleições serão realizadas em outubro do próximo ano", completaram os analistas.

Como os demais economistas do mercado, os analistas do Barclays apontaram a queda do superávit primário e o aumento da dívida líquida do setor público como sinais de preocupação. Para Rovai e Salomon, o quadro "pode pavimentar o caminho para o rebaixamento da classificação soberana no início de 2014". "Um rebaixamento de qualquer uma das agências de rating colocaria o Brasil à beira do status de 'junk'", diz o jornal, ao lembrar que a Standard & Poor's e a Moody's pioraram a perspectiva para a nota brasileira nos últimos meses.

"A boa notícia para o Brasil é que ele não é o único Bric que está andando sobre o gelo fino. A Índia também é vista amplamente como uma candidata para o rebaixamento dos ratings", diz a reportagem do FT. 

Fernando Nakagawa, correspondente da Agência Estado

PARA REGISTRO ! AOS "ADORMECIDOS E BONS DE COPO" : = A PÁTRIA SOMOS TODOS NÓS =



Importante : 
RESPOSTA DE UM CORONEL A UMA CARTA ABERTA ÀS FORÇAS ARMADAS BRASILEIRAS.

Realmente quem tem de resolver os efeitos do voto mal dado são os civis ( pois que é certo que a maioria dos militares não votou nesses patifes!). Nem adianta olhar para o nosso lado a pedir ajuda.

O QUE DIZER DIANTE DE FATOS?


Meu Caro ...
Sou CORONEL da RESERVA do EXÉRCITO BRASILEIRO.
No dia 18 DEZ 1965, às 10 hs, em solenidade pública e aberta, com a presença obrigatória do Presidente da República, diante do PAVILHÃO NACIONAL desfraldado, fiz um Juramento de defender a Pátria com a própria vida se preciso fosse.


Ano passado e este ano a Presidente descumpriu a LEI e não foi às Solenidades Militares. Após 31 MAR 64, até disfarçado tive que sair à rua. 
Os CIVIS nos agrediam de todas as formas e usando todos os meios.

OS CIVIS elegeram LULA e reelegeram. 
Não satisfeitos, elegeram a Dilma. 
Tenho absoluta certeza que irão eleger um ou outro em breve. 
Portanto, venho pedir ao brilhante amigo virtual, que não coloque o pedido para que as FORÇAS ARMADAS resolvam o que os CIVIS é que fizeram e irão ter que resolver!!!

Nós existimos para DEFENDER A PÁTRIA e não para resolver as besteiras que os CIVIS fazem e ainda se dão ao desplante de querer que nós façamos algo.

O Brasil está tendo o que pediu e votou livremente para ter. Queriam DIRETAS, achincalharam o atentado do Rio Centro e NADA fizeram com relação ao atentado estúpido do Recife. Lamarca nos traiu e o fuzilamos.

Cortamos nossos males na carne!
Mas os CIVIS ficam em barezinhos da vida tomando cerveja de forma livre e cômoda, defendendo um pústula do Che Guevara, um frustrado frouxo e assassino, ou Fidel, comprando no Paraguai, apoiando Comunismo que faliu e deixou a Rússia e seu Povo na maior baderna mundial e com um estado mafioso impressionante. Os CIVIS, foram fundo na infeliz propaganda do Gerson, um jogador ímpar, "levando vantagem em tudo". Beleza!!!!

O que é feito de Tiradentes, Rui Barbosa, Barão do Rio Branco e tantos outros do passado? Ah! agora é o copista Paulo Coelho, o pústula do Jorge Amado! Os CIVIS deveriam se olhar no espelho e, se não o tem, peçam emprestado, e tomar VERGONHA NA CARA!!! Se fizeram besteira, vão lá e concertem!!!

Por que tem que ser as FORÇAS ARMADAS????

Para começar, vão estudar e ver que não existimos para isto. E mais: cometemos um grande erro em 1964, mais pelo motivo de nossos Generais à época terem ido à II Grande Guerra e terem no sangue a execração pelo que viria.
Mas os tempos mudaram!!!

Acordem!!!
Agora nossos Generais se aprontam para defender a Pátria de um ataque de um poder externo. Não de um câncer pútrido,
cachaceiro,
vagabundo,
safado, 

aliado a ladrões,
 incompetentes e prostitutas ladras de banco.

Isto é responsabilidade do POVO (CIVIS!!!) que devem ser tão ou mais valentes que nós. Nós damos, por opção, nossa vida à Pátria, em qualquer lugar, a qualquer hora, de qualquer forma.


Os CIVIS exigiram que a Academia Militar passasse a 4 ou até 5 anos, por causa das Universidades. Mas na AMAN, nosso regime é integral!!! 24 horas por dia, 7 dias por semana, 30 dias por mês!!!

E no curso de nossa vida, temos que pagar nossos uniformes.
Eu tenho 71 anos e meio de idade. Fiz 19 mudanças na vida militar, sendo 4 em 1 ano!!! Descontam, na fonte, 27% de Imposto de Renda, para pagar certos cartões corporativos que aí existem, verdadeira pornografia!!!
Agora, como se não bastasse o Legislativo e Executivo em disparada roubalheira e insanidade, o Judiciário(!!!!!) entrou no esquema. 


E aonde estão os CIVIS? 
Tomando chopp, água de coco, na praia ou nos estádios vendo futebol e à noite novelas?????!!! Ohhhh, meu!!!!! Nós temos hombridade, dignidade, abnegação. Todos os anos, recebíamos mais de 3 milhões de jovens "mocorongos" e a ferro e fogo, como se nossos filhos fossem, os transformávamos em HOMENS, com TODOS os documentos. Cansei de chorar aos prantos com eles e os familiares, ao fim do ano, quando davam "baixa".


Estou cansado de ouvir as maiores asneiras sobre fronteiras, amazônia e falta de água e oxigênio. Em minha vida, o que mais odiei, foram os BURROS, que são impossíveis de endireitar.

Eu era Ajudante de Ordens de um General de Exército e, quando findou meu tempo na função, poderia escolher o melhor lugar para servir. 
Pedi (e quase fui preso) para ir Comandar o 4º Pelotão de Fronteira, à margem esquerda do Rio Negro, que divide a Colômbia da Venezuela e entra no BRASIL. Era DEUS no Céu e Eu na Terra! Era uma área Militar, com 850 habitantes.

Além de Comandante, era Diretor e Professor do Colégio (do Maternal ao final do 2º Grau). O Padre fugiu na véspera de São Sebastião, sagrado para o lugar. Quem "Teria que conduzir a Missa???..." Sou Espírita Kardecista! Houve um "CULTO". Os Homens falavam o que o Padre deveria falar e as Mulheres o que cabia aos fiéis. Eu fiz o Sermão e li o Evangelho.

Todo mundo estava lá.
Foi a Missa mais linda do lugar.
Ah!!! Não posso ler o Evangelho?
Pois em Brasília eu gostava de ir à Missa da Igreja de São Judas Tadeu na Asa Norte. O Padre Roberto era Gaúcho... Quem lia o Evangelho? ÉHHH!!!

E ao ser interpelado por um CIVIL, o PADRE ROBERTO respondeu:
- A Igreja é minha; o Padre sou eu; e ele é que lê o Evangelho!!!
Um dia perguntei por que? E ele disse:
Você nos leva àqueles tempos com sua voz e eu sou gaúcho grosso!

E a Amazônia tem floresta, água e oxigênio a dar com o pau. NUNCA ACABARÁ!!!! Se for num jato 747 de Brasília a Manaus, passará 4 HORAS vendo SELVA e RIO, a 900 Km/h!!!!! Tem muito CIVIL tomando cerveja ao invés de ESTUDAR e procurar AMAR E CONHECER NOSSA PÁTRIA. É!!! NOSSA!!! Não é quintal para as FORÇAS ARMADAS. Cada macaco no seu galho!!!

A PÁTRIA somos todos nós. E quem fez a besteira, agora, vá concertar. NÓS, NÃO!!! Quiseram até pederasta em quartel!!! Que que é isto???!!! Pederastia é CRIME!!! E se fosse acatável, DEUS teria criado Adão, Eva e Ivo.... E viver na Amazônia só para os FORTES. É maravilhoso, mas não é fácil.

E a riqueza de lá é inimaginável e NOSSA!!! As FORÇAS ARMADAS garantem-lhes isto! Nunca se preocupem. Mas, agora, vocês que são CIVIS (pois esta separação vocês a querem...) providenciem dar fim ao que fizeram. Até mais ver! Minha saudação Militar a todos (Continência),

Sérgio Augusto Pinto De Campos - Cel Inf R/1

Extraído do blog : 

EMBUSTE II ! Custo para explorar pré-sal de Libra pode chegar a US$ 400 bilhões. Valor foi estimado por consultoria internacional e é quatro vezes superior à projeção da ANP



A exploração do prospecto de Libra custará US$ 400 bilhões ao longo dos 35 anos do contrato de partilha, incluindo o bônus de assinatura de R$ 15 bilhões, que deverá ser pago no dia 19, de acordo com o que anunciou nesta terça-feira, 5, a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Por esse cálculo, a Petrobrás, líder do consórcio vencedor do leilão realizado em outubro, teria de arcar com 40% do total ou US$ 160 bilhões. O contrato de partilha será assinado entre 10 e 17 de dezembro.

Os valores foram estimados em estudo da IHS, maior consultoria internacional do setor. Em outro relatório, a consultoria estima em 11,8% a taxa interna de retorno (TIR) do projeto, assegurando 77,5% dos recursos gerados para a União. 


A maior parte dos US$ 400 bilhões é custo operacional (opex), pois o investimento em capital (capex) exigirá cerca de US$ 100 bilhões. Ao longo dos anos, o pico de investimentos em capital seria 2019, para quando está prevista a extração do primeiro óleo de Libra, com cerca de US$ 18 bilhões. O primeiro ano de investimento relevante seria 2016, com cerca de US$ 4 bilhões.

As projeções já incluem o "custo-Brasil", exigências de conteúdo local e inflação relativamente pressionada. Os valores da IHS são bem superiores aos da ANP, que projeta custo total de R$ 200 bilhões (cerca de US$ 100 bilhões). O investimento mínimo fixado pela ANP na fase de exploração é de R$ 610,9 milhões.
Riscos. 
O estudo da IHS foi distribuído a um conjunto de clientes, antes do leilão de Libra, e ressalta que o valor é elevado demais para um projeto sobre o qual as empresas privadas têm pouca influência. "Para uma companhia com ações negociadas em Bolsa é muito difícil justificar um investimento tão grande", diz uma apresentação do estudo, produzida por consultores da IHS baseados no Rio. O relatório expõe os riscos, para investidores, do modelo de partilha da produção e das exigências de conteúdo local.

A partir dos dados levantados pela equipe brasileira, a área de análise macroeconômica da IHS, sediada nos Estados Unidos, elaborou um relatório incluindo diversas variáveis, como preço do petróleo, câmbio, inflação e crescimento. A reportagem teve acesso aos principais dados do relatório.

Segundo o documento, caso o leilão fosse decidido com o lance mínimo, com oferta de 41,65% de óleo lucro para a União - o que de fato ocorreu, com o consórcio formado por Petrobrás, a anglo-holandesa Shell, a francesa Total e as estatais chinesas CNPC e CNOOC -, a TIR do consórcio explorador de Libra seria 11,8%, considerando o preço médio do barril de petróleo a US$ 80,00.

Também nesse quadro, o "government take", ou quanto o governo fica com a renda gerada pela exploração (incluindo a partilha, royalties, impostos etc.), seria de 71,3%. A renda destinada à União ("State take") sobe para 77,5%, pois considera os dividendos da Petrobras. Simulações apontam que seria possível a União obter o mesmo patamar de renda com o modelo de concessão.


Para o consultor John Forman, ex-diretor da ANP, a fase exploratória é mais crítica. "O desafio atual é medir as reservas, ou medir o volume recuperável necessário para justificar os investimentos", diz Forman. Por isso, no momento a incerteza ainda é muito grande. Falta definir números de poços a serem perfurados, quantidade de plataformas, distância entre poços, entre outras variáveis. Conforme uma fonte ouvida pela reportagem, uma das principais incertezas em relação ao investimento necessário, seja em capital, seja na operação, é a produtividade dos poços do pré-sal, ainda pouco conhecida, mas que determinará a quantidade a ser perfurada.

No cenário de US$ 400 bilhões de investimentos, o estudo da IHS considera a perfuração de 144 poços, com a recuperação média de 55 milhões de barris por poço, apontando para reservas totais de 7,5 bilhões de barris. Seriam usadas 13 plataformas flutuantes (FPSOs). Se a produtividade dos poços for inferior, porém, seria preciso perfurar mais, elevando tanto o custo de operação (com mais perfurações) quanto os investimentos em capital (com mais plataformas).
Vinicius Neder - Agência Estado

EMBUSTE ! O JEITO PETRALHA DE "GUVERNÁ" : Governo DA EMBUSTEIRA reduz fiscalização das cidades que recebem dinheiro federal



O governo da presidente Dilma Rousseff reduziu neste ano pré-eleitoral o número de fiscalizações realizadas pela Controladoria-Geral da União em municípios que recebem verbas federais. A CGU, que já chegou a analisar anualmente gastos de 400 cidades por meio do Programa de Fiscalização por Sorteio, só visitou 60 agora em 2013.

Criado em 2003, no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o programa já avaliou um montante de R$ 19 bilhões de recursos de prefeituras e outros R$ 8,2 bilhões de Estados. Cerca de 20% das contas dos municípios, R$ 3,8 bilhões, apresentaram problemas nos gastos dos recursos federais. É a conta mais aproximada do dinheiro desviado ou mal gasto pelos prefeitos.

Em cada sorteio realizado pelo governo são escolhidas 60 cidades. Só estão incluídos municípios de até 500 mil habitantes.

Em junho, em meio a manifestações de ruas, Dilma foi à TV e prometeu, entre diversos outros compromissos, aumentar o combate à corrupção no País.

Queda. 
O número de prefeituras fiscalizadas se mantém em queda desde 2009. Naquele ano, a CGU fiscalizou 240 prefeituras. No ano seguinte, 180 municípios passaram pela análise do órgão.



Em 2011, já no governo da presidente Dilma Rousseff, a controladoria sorteou 120 prefeituras, mesmo número do ano passado. Este ano, segundo o órgão, não haverá mais fiscalizações no âmbito do programa.

O governo cortou especialmente recursos de passagens e diárias dos auditores. Do orçamento anual de R$ 84 milhões previstos para este ano, à exceção de gasto com pessoal, a CGU sofreu contingenciamento de pelo menos 20%. Também falta dinheiro para compra de equipamentos e material na sede da CGU em Brasília e nas superintendências nos Estados, uma estrutura que emprega 2,5 mil servidores.

"Quando se afrouxa a vigilância das contas, há mais desperdício de dinheiro", diz Claudio Weber Abramo, da organização não governamental Transparência Brasil. Mas ele ressalta que o modelo de sorteio de prefeituras é criticado pelas entidades que acompanham os gastos do governo. Uma das críticas ao sorteio, de acordo com Abramo, é que há um "desvio de atenção" da máquina federal.

Há cinco anos o governo não realiza sorteio de Estados a serem fiscalizados. A CGU ressalta, no caso dos Estados, que o sorteio foi uma experiência que não deu certo - mas defende o sistema nos municípios.

Escritório. 
Diante do novo contexto de cortes, a CGU passou a priorizar as atividades que não implicam viagens de seus auditores e técnicos pelo País.

A pasta tem concentrado esforços em auditorias nas suas dependências em Brasília e nas demais capitais do País.

O contingenciamento e a interrupção de sorteios prejudicaram outras áreas do governo, como o Ministério do Desenvolvimento Social. Nas auditorias nos municípios, os técnicos da CGU investigam, inclusive, os repasses do Bolsa Família.

Casos. 
No único sorteio deste ano, em março, os auditores descobriram que 22 servidores da prefeitura de Piçarra, município paraense de 12 mil habitantes, com renda familiar acima do permitido pela legislação, estavam no cadastro do programa.

Em Itapecerica da Serra, município paulista de 152 mil habitantes, governado pelo PMDB, os auditores constataram, no mês de março, uma série de problemas nas obras de um Banco de Alimentos, para garantir a refeição de estudantes da cidade. O projeto, orçado em R$ 450 mil, não teve acompanhamento de um engenheiro. 

Leonencio Nossa - O Estado de S.Paulo