"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

novembro 06, 2013

O TEMPO É O SENHOR DA RAZÃO ! A NADA E COISA NENHUMA FAZENDO "ISTÓRIA" E PROVANDO INCOMPETÊNCIA - DEU NO FT : Brasil pode ser primeiro Bric a perder grau de investimento já em 2014.


O Brasil pode ser o primeiro Bric a perder o grau de investimento. A avaliação consta de texto publicado nesta quarta-feira, 6, pelo jornal britânico Financial Times com o título "As chances do Brasil de um downgrade". Ao citar analistas do banco britânico Barclays em São Paulo, a publicação diz que "muito possivelmente" o País pode ser o primeiro entre os quatro grandes emergentes (Bric é o acrônimo para o grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China) a perder o título. Se a economia nacional não crescer rapidamente e a situação fiscal continuar em deterioração, dizem os economistas, o downgrade poderia vir no início de 2014.

O Brasil obteve o grau de investimento em abril de 2008, pela Standard & Poor's (S&P). Em maio de 2008, foi a vez da Fitch Ratings e em setembro de 2009, a Moody's também deu uma nota grau de investimento para o País.

"Os resultados fiscais de setembro vieram muito mais fracos que o esperado. O surpreendente resultado foi impulsionado principalmente por um forte aumento das despesas extraordinárias durante o mês, mas as receitas menores que o esperado também ajudaram a intensificar o déficit", disseram os analistas Bruno Rovai e Marcelo Salomon, citados no texto da coluna "Beyondbrics" publicado na página 30 do jornal. "Continuamos céticos de que essa tendência poderá ser revertida especialmente considerando que as eleições serão realizadas em outubro do próximo ano", completaram os analistas.

Como os demais economistas do mercado, os analistas do Barclays apontaram a queda do superávit primário e o aumento da dívida líquida do setor público como sinais de preocupação. Para Rovai e Salomon, o quadro "pode pavimentar o caminho para o rebaixamento da classificação soberana no início de 2014". "Um rebaixamento de qualquer uma das agências de rating colocaria o Brasil à beira do status de 'junk'", diz o jornal, ao lembrar que a Standard & Poor's e a Moody's pioraram a perspectiva para a nota brasileira nos últimos meses.

"A boa notícia para o Brasil é que ele não é o único Bric que está andando sobre o gelo fino. A Índia também é vista amplamente como uma candidata para o rebaixamento dos ratings", diz a reportagem do FT. 

Fernando Nakagawa, correspondente da Agência Estado

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