"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

fevereiro 28, 2011

BRASILEIROS, PALHAÇOS OU ABESTADOS?


O Brasil acordou no dia 26/02/2011 com a informação de que o deputado federal Tiririca integrará a Comissão de Educação e Cultura, que tem a responsabilidade de aprovar melhorias qualitativas para a educação da sociedade brasileira.
Nada contra a pessoa do digníssimo deputado.


O edil ex-BBB integrará a comissão de Finanças e Tributação, e o jogador Romário integrará a comissão de Turismo. Nada contra a pessoa desses deputados. Acho louvável que utilizem seu tempo em algo útil.

A presidenta Dilma recebe e lê um discurso escrito em que o nome da cidade está errado, e justifica que a informação tem origem na internet.

Fico altamente preocupado com o desenvolvimento da educação do Brasil, e isso nos faz refletir sobre a necessidade de a sociedade plugada analisar com bastante cautela e serenidade a importância dos poderes constituídos demandarem o nosso destino.

Nada contra a profissão de palhaço, mas, diante do quadro que se apresenta e se tivermos um raio de sincronia racional inteligente, é cristalino perceber e antever o futuro que nos espera.
Talvez esteja enganado, mas, se analisarmos os fatores, a nossa visão de futuro está sob risco eminente.


E, pasmem quem elegeu essa renovação eclética, foi a Região Sudeste, dita como a de mais educação e inteligente do Brasil, que por coincidência detém os rumos de nossa economia, educação e progresso.

Acabaram de votar e aprovar na Câmara e no Senado o salário mínimo de R$ 545,00, enquanto que os salários dos deputados e senadores são muito maiores, e tentam induzir à sociedade que o grande feito é a aprovação automática, é um grande objetivo.

O MEC com sua competência e brilhantismo não consegue gerir a prova do Enem. Por duas vezes consecutivas comete erros graxos e esdrúxulos, e nos informa que pretende acabar com a dependência.

O Brasil é um país altamente rico em recursos naturais, com riquezas tamanhas que representa o desejo de qualquer investidor, pois tem um salário mínimo do tamanho da qualidade educacional de seus habitantes, consequentemente pode-se dizer que tem seus representantes eleitos por essa massa chamada de eleitores brasileiros.

Mas acredito que essa massa, representada pela sociedade brasileira que ainda dorme em berço esplêndido acordar para a realidade, deverá tomar as rédeas de seu destino e sucumbirá para sempre.

Acredito que tudo tem o seu momento, e haverá esse momento oportuno em que a sociedade plugada deverá proceder a um diagnóstico social, elaborar um PES (Planejamento Estratégico Sustentável) e realizará sua viabilidade econômica, submetendo-o à apreciação avaliativa periódica da sociedade remanescente.

Se isso não acontecer, continuaremos sendo uma sociedade de brasileiros formada por palhaços e abestados, cujo destino estará selado a conviver com índices progressistas, que atestam a nossa pífia existência.

* Elenito Elias da Costa é contador, auditor, analista econômico e financeiro, instrutor de cursos do Sebrae/CDL/CRC, professor universitário avaliador do MEC/INEP do curso de bacharelado em ciências contábeis, além de articulista da Interfisco e do Ibracon (Instituto dos Auditores Independentes do Brasil e autor de vários textos científicos registrados no Instituto de Contabilidade do Brasil.

DÉFICIT DA INDÚSTRIA DO COBRE CRESCE 135% EM 2010.

A balança comercial da indústria de produtos de cobre fechou 2010 com saldo negativo de US$ 374,8 milhões. O déficit é 135% maior do que o de 2009, que ficou em US$ 159,6. milhões.

As exportações dos derivados do cobre não supera a importação desde outubro de 2008, de acordo com o Sindicato dos Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais Não-Ferrosos do Estado de São Paulo (Sindicel).

Somente no ano passado, as importações cresceram 55,7% e ultrapassaram US$ 944 milhões, contra US$ 606,4 milhões de 2009. O índice é muito superior ao aumento nas exportações, de 27,5%, que somaram US$ 569,8 milhões.

"As importações têm tendência de crescimento ainda maior em 2011, principalmente para condutores em alumínio e fios esmaltados. Já as exportações continuam a ser prejudicadas pelo dólar desvalorizado", considera o presidente do Sindicel, Sérgio Aredes, para quem o volume exportado neste ano deve ficar abaixo do de 2010.

A China foi a maior fornecedora de fios e cabos para o Brasil no ano passado, com 30,2% do total.
A Argentina comprou 43% dos produtos exportados pelo país, seguida pelo Chile, com 6,4%.

(Luciana Seabra | Valor)

"MINHA CASA MINHA VIDA 2" : CONSTRUTORAS DESABAM APÓS CORTE


As ações do setor de construção civil reagiram de forma negativa ao detalhamento do corte do Orçamento da União de 2011, da ordem de 50 bilhões de reais, que reduziu em 5 bilhões de reais os recursos previstos para o programa "Minha Casa, Minha Vida 2" este ano.

Com corte de 8,6 bilhões de reais, o Ministério das Cidades foi o mais afetado pelas economias desejadas, resultando em orçamento de 7,6 bilhões de reais para o programa habitacional em 2011, contra os 12,7 bilhões de reais aprovados pelo Congresso anteriormente. Ainda assim, o montante previsto para este ano é 1 bilhão de reais superior ao de 2010.

O anúncio ocasionou uma queda generalizada entre os papéis de construtoras e incorporadoras na tarde desta segunda-feira, levando o índice setorial Imob a despencar 2,9 por cento.

Às 16h08, as ações da MRV Engenharia, principal beneficiada pelo programa do governo, em decorrência de sua forte atuação no segmento econômico, lideravam as perdas do setor, com queda de 5,88 por cento.

Rossi Residencial, Cyrela Brazil Realty, Gafisa e Brookfield Incorporações recuavam entre 2,6 e 4,2 por cento.

Enquanto isso, a PDG Realty, maior construtora e incorporadora do país, cedia 3,8 por cento, maior queda desde 17 de fevereiro de 2009.

No mesmo instante, o principal índice acionário brasileiro, Ibovespa, que reúne as ações das seis construtoras com maiores baixas e que operava em baixa de 0,09 por cento.

"Isso levanta dúvidas sobre o modelo de financiamento do programa. O modelo dessas companhias está muito baseado em subsídios do governo, o que deixa o mercado apreensivo", disse Oliver Leyland, gestor com 1,1 bilhão de dólares sob administração na Mirae Asset Global Investments.

Reuters

HORA DE ALIVIAR O CONTRIBUINTE.

O governo deve enviar nesta semana ao Congresso medida provisória que reajusta a tabela de imposto de renda das pessoas físicas.

Há motivos de sobra para desonerar o contribuinte brasileiro: nunca antes na história o leão arrecadou tanto.
Quem recolhe imposto na fonte terá chance de perceber isso na ponta do lápis nos próximos dias, quando estiver preenchendo a declaração de ajuste anual do IR.


A proposta da gestão Dilma Rousseff é reajustar a tabela do IR em 4,5% neste ano. É pouco, por quaisquer ângulos que se olhe.
O parâmetro mais adequado para redefinir as faixas tributárias é a inflação verificada no período, mas o governo só aceita dar menos.


Em 2010, o IPCA, que mede a inflação oficial no país, fechou em 5,91%.
Portanto, nada mais justo do que adotar este como o percentual mínimo de reajuste do IR, o que poderia assegurar, pelo menos, que o contribuinte não seria lesado. A projeção do IPCA para 2011 é de 5,8%, de acordo com Boletim
Focus do Banco Central divulgado nesta manhã.

Isto significa que, mantida a proposta da gestão Dilma, o peso dos impostos sobre o salário dos brasileiros vai continuar aumentando.
A oposição defende reajuste de pelo menos 5,91%; as centrais sindicais também querem aumento maior da tabela.


A tabela do IR já está defasada há muito tempo. Nos últimos oito anos, a diferença chega a 13%, de acordo com estudo feito pelo Sindifisco.
Para uma inflação de 57% no período, os reajustes na tabela foram de apenas 39%. É aumento de carga na veia do trabalhador.
Para o período de 15 anos desde 1995, a defasagem pula para 71%.


Ocorre que as condições da economia agora são muito mais propícias para corrigir a distorção do que eram outrora. A arrecadação de tributos bate recorde atrás de recorde, sem que o contribuinte mereça qualquer refresco por parte da Receita.

Em janeiro último, a arrecadação federal atingiu R$ 91 bilhões. Significa crescimento de 15% acima da inflação, na comparação com o primeiro mês do ano passado. Só o que o leão recolheu a mais em um mês - R$ 12,4 bilhões - é suficiente para pagar o Bolsa Família durante um ano para todos os 12,9 milhões de beneficiários.

Vale lembrar que, no ano passado, a arrecadação federal como um todo já havia se expandido 10% acima da inflação, atingindo R$ 806 bilhões.
Quando se analisa especificamente a carga que recai sobre os trabalhadores, na forma de cobrança de imposto de renda, o aumento real em janeiro foi de 9,4%.

Íntegra/Continua...

QUEM NÃO TE CONHECE QUE TE COMPRE : GOVERNO DETALHA O CORTE NO ORÇAMENTO.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, e a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, detalharam, nesta segunda-feira, onde serão feitos os cortes de R$ 50,1 bilhões no Orçamento da União em 2011.
Segundo Mantega, em 2011 a arrecadação do governo será de R$ 731,3 bilhões, R$ 18 bilhões a menos que o previsto pelo Congresso.


"Eles foram mais otimistas que nós", disse. Os outros R$ 32 bilhões serão cortados em gastos de custeio. As despesas do governo em 2011 representam 17,8% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

Todos os ministérios tiveram o orçamento reduzido, mas os programas sociais do governo e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foram integralmente preservados.

Os ministérios mais atingidos foram o das Cidades, que teve um corte de R$ 8,5 bilhões no Orçamento,
o da Defesa, que terá R$ 4,3 bilhões a menos em 2011,
o da Educação, com R$ 3,1 bilhões a menos,
o do Turismo, com corte de R$ 3 bilhões, e o de Transportes, que terá R$ 2,4 bilhões a menos.


Segundo Miriam Belchior, o corte no Ministério das Cidades se deve a uma readequação dos recursos para a segunda fase do programa Minha Casa, Minha Vida. "De fato é uma redução grande, que se deve a emendas e a um ajuste no Minha Casa, Minha Vida, porque o Congresso ainda não aprovou o projeto de lei que cria a segunda fase.

Temos uma previsão de que isso só ocorra em abril ou maio, por isso não teremos um ano cheio da segunda fase do programa", disse.
De acordo com a ministra, o programa habitacional do governo terá R$ 7,6 bilhões em recursos em 2011, R$ 1 bilhão a mais que o disponível em 2010.

Mantega afirmou que não há previsão para a aquisição de caças este ano. "Não temos recursos disponíveis, não há espaço fiscal para isso", disse. O ministro da Fazenda afirmou, ainda, que os cortes no Orçamento não têm como objetivo reduzir a pressão inflacionária, apesar de este ser um dos efeitos colaterais da medida.

"Essa redução de despesas e mais as outras medidas que o governo está tomando, como a fixação do salário mínimo em R$ 545, aumento da taxa de juros, medidas prudenciais, não significa uma mudança da política econômica do governo. Ela apenas está sendo adaptada aos novos tempos. Logo depois da crise o governo teve que aumentar os estímulos à economia, depois da consolidação da economia estamos retirando os estímulos e reduzindo os gastos. Claro que isso tem impacto na inflação, reduz os gastos, mas para a inflação há outro conjunto de medidas", disse.

"PARA O BRASIL CONTINUAR MUDANDO" COM GERENTE DE NADA E COISA NENHUMA, HOJE "PRESIDENTA" : EM 2010 FORAM EM MÉDIA 20H SEM ENERGIA, É SÓ O INÍCIO.


As distribuidoras de energia elétrica pagaram em 2010, pelo menos, R$ 100 milhões aos consumidores por descumprir as metas de qualidade estipuladas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).


Desde o ano passado, elas são obrigadas a ressarcir os consumidores se o tempo ou número de vezes que a unidade ficou sem luz ultrapassar os índices definidos. Até então, a multa era revertida para o governo federal.

Os valores ressarcidos fazem parte de uma pesquisa feita pelo Estado com as concessionárias.
Dos pedidos feitos, 11 empresas informaram o montante pago:
Eletropaulo,
Cemig, Copel,
Light, CEEE,
Eletrobrás Amazonas Energia,
Eletrobrás Distribuição Roraima,
Eletrobrás Distribuição Piauí,
Eletrobrás Distribuição Alagoas,
Eletrobrás Distribuição Acre e Eletrobrás Distribuição Rondônia.

O Grupo Rede, que detém a concessão de nove distribuidoras, disse que não poderia informar os valores por estar em período de silêncio por causa do balanço.
Em pelo menos uma de suas concessionárias, a Celpa, do Pará, o indicador que mede o tempo que o consumidor ficou sem luz explodiu em 2010, para 102 horas por ano.

A Neoenergia, responsável por três concessionárias no Nordeste, também não informou os dados. A CPFL disse que ainda não tinha o número compilado.

Por enquanto, a mudança nas regras não surtiu o efeito desejado nem foi percebida pelo consumidor, que recebe centavos na conta de luz.
Por outro lado, sofre com cada minuto sem energia elétrica no seu dia a dia.

Em 2010, o brasileiro ficou em média 20 horas sem eletricidade, 1 hora a mais que em 2009.

Há ainda o fato de que esses valores são pequenos diante do faturamento das companhias, sempre na casa dos bilhões.
A Eletropaulo, maior distribuidora do País, repassou para os consumidores em 2010 R$ 22,1 milhões.
A receita bruta da empresa, até setembro do ano passado, somava R$ 10 bilhões - ou seja, a multa foi de 0,2% da receita.
"Não adianta punir as empresas depois que os problemas ocorreram", avalia o presidente da PSR Consultoria, Mario Veiga.

Prevenção

Para o diretor-presidente da Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace), Carlos Faria, a falta de investimentos na manutenção dos equipamentos, transmissão, subestações e linha de distribuição pode estar associada ao fim das concessões em 2015.

"Se você tem um automóvel e vai vendê-lo amanhã, você não vai trocar todos os pneus hoje à noite", diz ele, fazendo uma analogia à indefinição sobre as concessões.

Além das geradoras, em 2015 vencem os contratos de 70 mil quilômetros de linhas de transmissão e de 37 distribuidoras.

O executivo avalia como extremamente graves os apagões que têm atingido o País nos últimos meses.
"Na Bahia, por exemplo, teve empresa que demorou 48 horas para voltar a operar depois do blecaute do início do mês. Isso significa prejuízo para o País."

Renée Pereira - O Globo