"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

junho 25, 2011

SE GRITAR PEGA...Cabral, seu secretário de Saúde e prefeito do Rio são alvos de suspeitas por desvio de recursos.

Um inquérito da Polícia Federal mobilizou agentes, na manhã desta sexta-feira, na direção dos gastos de campanha do governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho. O secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, também foi alvo de denúncias veiculadas na mídia impressa e em redes sociais.

Cabral é alvo de suspeitas quanto à contratação de um dos fornecedores de adesivos para a campanha de reeleição ao governador.
A Soroimpress Comércio de Produtos Gráficos, que teve seu funcionamento questionado no inquérito, recebeu R$ 33 mil nas eleições do peemedebista.


O processo investiga apenas Cabral e a empresa, segundo reportagem publicada no diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, nesta sexta-feira. Segundo o jornal, a Soroimpress forneceu material de campanha para 83 candidatos e dois partidos “e recebeu, no total, R$ 5 milhões”.

O Comitê Financeiro Único do PMDB-RJ, principal doador da campanha de Cabral, pagou R$ 523 mil à empresa, segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O principal cliente da Soroimpress, porém, foi o senador Lindberg Farias (PT), que pagou R$ 640 mil, mas não é parte do inquérito.

Em março, a PF pediu esclarecimentos a Cabral, mas ainda não recebeu resposta. A assessoria de imprensa do governador manteve a posição dada à época da campanha, quando afirmou que não faz ‘checagem de endereços’ dos fornecedores de campanha.

Disse que divulgou o interesse na compra de adesivos ‘no mercado’ e recebeu a oferta da empresa. Alegou ainda que a Soroimpress estava ativa na Receita Federal à época da contratação. A assessoria disse que o governador ainda não respondeu à PF porque ainda não foi ‘intimado pessoalmente a se manifestar”, diz a reportagem.

O senador Lindberg Farias (PT-RJ) afirmou, após a eleição, que optou pela empresa porque ela não apresentava pendências na Receita Federal e ofereceu garantias de preços e prazos de entrega.

Sede suspeita

A sede da empresa Soroimpress Comércio de Produtos Gráficos, cujo CNPJ consta em material de campanha de Cabral, indicada na Receita Federal e na Junta Comercial de São Paulo é um prédio em construção vazio em Sorocaba (SP). Fundada em abril deste ano, a empresa tem como sócias duas senhoras de 84 anos.

Uma não foi localizada no endereço indicado à Junta Comercial.
A outra pouco sai de casa, segundo funcionários do prédio onde ela vive, acrescenta o jornal.


A campanha do governador afirmou que “divulga no mercado” o interesse para compra de material e escolhe a empresa que ofereça melhor preço. A assessoria disse que não é feita “checagem dos endereços de fornecedores”.

Afirmou ainda que a empresa não será mais contratada.
A Soroimpress havia recebido R$ 33.450, de acordo com a assessoria.
O caso foi encaminhado pela coligação de Fernando Gabeira (PV), adversário de Cabral na eleição ao governo do Rio, à Procuradoria Regional Eleitoral, que investiga o caso.

Além de adesivos, foram entregues cartazes com o CNPJ da empresa.

Cobertura dos sonhos
Cabral
Secretário de Saúde do governo Cabral,
Côrtes mora em um dos pontos mais elegantes do Rio

Ainda nesta sexta-feira, em sua página em uma rede social, o jornalista, deputado federal e ex-governador do Estado Anthony Garotinho (PR) divulga uma matéria na qual reproduz documentos de compra da cobertura onde mora o secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes. Segundo o parlamentar, a cobertura duplex fica na Avenida Borges de Medeiros, nº 2.475, de frente para a Lagoa Rodrigo de Freitas.

“É o sonho de consumo de nove entre 10 socialites do Rio de Janeiro morar naquele ponto. Um dos metros quadrados mais caros da Cidade Maravilhosa. Amigos que estiveram dentro da residência numa festa relatam que a quantidade de obras de arte e a decoração suntuosa são de dar inveja a Ali Babá. Sérgio Côrtes tem muito que explicar”, escreve o deputado.


Ainda segundo Garotinho, Côrtes teria subdeclarado “o valor da compra do imóvel em R$ 1,3 milhão quando qualquer carioca sabe que uma cobertura duplex com 5 vagas na garagem, na beira da Lagoa Rodrigo de Freitas, num prédio moderno está na faixa de R$ 5 milhões”.

Ele acrescenta que, na época da compra do imóvel, Côrtes dirigia o Instituto de Traumato-Ortopedia (INTO):
“Nenhum diretor de hospital por mais bem pago que fosse, conseguiria juntar R$ 1,3 milhão, o declarado na escritura. Muito menos o seu valor real perto de R$ 5 milhões. Sérgio Côrtes era, portanto, ocupante de cargo público de confiança federal”.

Garotinho informa, ainda, que a escritura mostra que a cobertura foi comprada à vista, com dinheiro em espécie.
Sérgio Côrtes chegou carregando um pacote com R$ 1,3 milhão, que devia estar guardado no colchão. Ou seja, pagou em dinheiro vivo para não deixar rastro de onde veio a propina”, acusou.

Ligações perigosas

Na mesma página, o parlamentar acrescenta que o prefeito Eduardo Paes também estaria envolvido em possíveis irregularidades e que teria versões contraditórias sobre a participação da Delta Engenharia, de propriedade do empresário Fernando Cavendish, que acompanhava o governador Cabral em uma viagem trágica a um balneário no Sul da Bahia, onde morreram sete pessoas em um acidente aéreo.

Após a queda do helicóptero onde estavam amigos e parentes de Cabral e Cavendish, deputados estaduais da oposição passaram a pedir explicações do governador Cabral sobre os contratos do Estado com a empreiteira de Cavendish – e os benefícios fiscais dados ao grupo EBX, de Eike Batista, quem havia emprestado um avião para levar o grupo até o balneário de luxo.

Na viagem, seria comemorado o aniversário do empresário Fernando Cavendish – que estava a bordo -, mas teve fim trágico após a queda do helicóptero com parte dos convidados – incluindo Mariana Noleto, namorada de um dos filhos de Cabral.

Segundo Garotinho, Paes também teria ligações com a empreiteira:
“(Paes) começou mentindo e dizendo que na gestão anterior (Cesar Maia), a Delta tinha mais contratos do que agora. Obviamente quando os números apareceram era o contrário. Na gestão de Paes é que a empreiteira Delta, do amigo de Cabral, está fazendo a festa. Bem o saldo descoberto até agora mostra contratos da Delta com Paes, da ordem de R$ 389,9 milhões. Sendo que quase triplicaram os contratos de emergência, sem licitação. Mas comenta-se na prefeitura que esse valor está previsto subir muito ainda este ano, por conta de obras para as Olimpíadas”.

Por Redação/Correio do Brasil

QUANDO 2012 CHEGAR... POBRE BRASIL! GOVERNO DA FRENÉTICA/EXTRAORDINÁRIA EMPURRA DESPESAS PARA 2012.

O governo vem empurrando com a barriga uma série de despesas cuja fatura será cobrada em 2012, tornando o quadro econômico do ano que vem bastante complicado.

Um grande reajuste do salário mínimo, quitação de subsídios dados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), investimentos, inclusive os da Copa e da Olimpíada, e as pressões da base política em ano eleitoral são apenas alguns exemplos dos problemas que terão de ser enfrentados.

Nessa conta ainda tem de ser acrescentada a soma da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que mandou o governo pagar de uma vez só a dívida referente a decisão judicial (precatório) que havia sido parcelada em dez anos.

A Advocacia-Geral da União (AGU) está tentando reverter a decisão, mas caso isso não seja possível serão aproximadamente mais R$ 9,5 bilhões, quase o dobro do que o governo investirá nos aeroportos nas cidades sedes da Copa.

A gastança que se prenuncia no ano que vem não traz, porém, risco de o País ter de dar um calote em sua dívida pública.
O estoque do endividamento pode continuar caindo mesmo que o governo passe a economizar menos do que faz hoje.

Não por acaso, a agência de classificação de risco Moody"s elevou a nota dos papéis brasileiros na terça-feira passada, elogiando a condução da política fiscal.

Meta fiscal.
Segundo o economista Mansueto Almeida, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o superávit primário, que é a economia de recursos públicos para pagamento da dívida, pode cair para até 2% do Produto Interno Bruto (PIB) que o estoque do endividamento não crescerá.

Atualmente, o governo mira um primário de 2,9% do PIB e a meta para 2012 é de 3,1% do PIB.
Diante das pressões programadas para o ano que vem, porém, os economistas acreditam que o governo não cumprirá a meta fiscal integralmente, como promete fazer este ano.

Ele deverá usar da prerrogativa de descontar do cálculo os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), como fez em 2010.


O problema não é a dívida, é a inflação que tende a crescer e por isso será necessário elevar os juros para combater esse efeito. Segundo cálculos do economista-chefe da corretora Convenção, Fernando Montero, o setor público responde por cerca de um terço de toda a economia.

E a previsão é que as três esferas da administração pública gastarão mais no ano que vem.

A renda das famílias, diz ele, responde por mais ou menos 40% da economia. E ela vai crescer em 2012 não só por causa do reajuste do salário mínimo, como também pelo efeito da queda da inflação.

Há uma certa sobreposição entre as duas coisas, mas grosso modo fala-se de mais de metade da economia expandindo despesas. "Isso vai fazer com que o Banco Central segure os juros e as medidas macroprudenciais por muito tempo", afirmou Montero.
"O Banco Central sabe que há esses fatores expansionistas já contratados."
Sem qualidade.
Quem olha as contas de 2011, porém, acredita estar diante do mais austero dos governos.
De janeiro a abril, o governo já cumpriu metade da meta de superávit primário prevista para todo o ano.

É, porém, um resultado de má qualidade, baseado em aumento de arrecadação, contenção de investimentos e adiamento de gastos.
Medidas para melhorar a qualidade da despesa pública, como combate a fraudes no seguro-desemprego e um controle mais rigoroso na folha salarial, por enquanto não saíram do papel.
"O governo mostrará um resultado fiscal robusto em 2011, mas boa parte dele não será corte, e sim postergação", disse o economista Felipe Salto, da Tendências Consultoria.

Ele se refere aos gastos com benefícios previdenciários e de assistência social atrelados ao salário mínimo. Este ano, o salário mínimo teve correção só pela inflação, sem nenhum ganho real.

Mas, no ano que vem, o aumento acima da inflação será de 7,5%.
No total, o piso deverá ter uma correção estimada em 14,8%, passando dos atuais R$ 545 para R$ 625, um gasto extra de R$ 23 bilhões para os cofres federais, segundo as estimativas. BNDES.

Outra despesa que aparentemente está sendo empurrada para 2012 é o pagamento de subsídios do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), do BNDES. Por esse programa, o banco ofereceu linhas de crédito com juros baratos às empresas, para combater os efeitos da crise de 2008 e 2009.

A diferença entre o juro cobrado pelo banco e o custo do dinheiro é bancada pelo Tesouro Nacional mas, conforme revelou o Estado em sua edição de domingo, até agora o BNDES não recebeu nenhum centavo federal.

O alerta foi feito por Mansueto Almeida, para quem a transferência dos recursos referentes ao subsídio do PSI pode ser adiada para 2012. Tesouro e BNDES não confirmam nem desmentem a informação e não dão mais detalhes.
O valor exato da conta de subsídios não foi divulgado.


Sabe-se, porém que uma estimativa feita em 2010 apontava para R$ 17 bilhões, numa época em que o programa podia emprestar até R$ 124 bilhões. Agora, ele foi expandido para R$ 228 bilhões.

Lu Aiko Otta O Estado de S. Paulo

LARANJA MADURA NA BEIRA DA ESTRADA...



... tá bichada, Zé,
ou tem marimbondo no pé!


Que saudades do grande Ataulfo Alves! Sou da geração que, graças a Deus, viveu momentos belíssimos da música brasileira de verdade. Período de letras inteligentes, limpas, sábias, solidárias. Sustentando melodias realmente musicais.
Período ainda livre das escravaturas eletrônicas, dos metais tonitruantes e dos alto-falantes poderosíssimos...


Além disso, eram todas em português.
Lembro-me bem de quando ele apresentou esse samba, numa roda entre amigos, tocando ele mesmo o seu violão.

Foi esse samba que me veio à memória quando li a mensagem que a presidente da República, Dilma Rousseff, enviou ao professor Fernando Henrique Cardoso, que está sendo muito festejado pelos seus provectos 80 anos de idade.

Embora tenha vindo para o Rio de Janeiro muito criancinha, gosto de pensar que nasci em Belém. Uma linda cidade onde, até hoje, a língua portuguesa é muito bem cuidada e respeitada.
Os paraenses falam bem, escrevem certo e conservam muitas peculiaridades... Uma delas, que sempre achei divertida, é o uso maroto do termo "disque" (diz que...).


Todo paraense, mesmo os transplantados, como eu, tem o hábito de usar essa espécie de ressalva antes de narrar fatos ou dar informações que possam ser dignas de certa desconfiança.

Normalmente dizemos assim:
"Disque" Fulano deixou a Beltrana por conta da Sicrana...
Ou então:
"Disque" o prefeito vai pagar os precatórios.
Ou ainda pior:
"Disque" a situação financeira do País vai melhorar...".

O mais famoso de todos os "disques" ocorreu quando, numa entrevista em Paris, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não sabia de nada sobre o mensalão.
Nem ele nem o José Dirceu, nem a Dilma Rousseff, nem o Gilberto Carvalho, enfim, ninguém sabia de nada.


Na língua de Belém, a notícia correu assim:
"Disque" Lula e o pessoal dele não sabiam de nada!
Os deputados que recebiam a boladinha todo mês "disque" achavam que o dinheiro vinha do céu!


No episódio dos aloprados, outra vez a mesma coisa:
"Disque" Lula e o pessoal dele não sabiam de nada.
Em seguida, no primeiro escândalo das chamadas consultorias petistas, os que frequentavam aquela casa chique e lucrativa em Brasília não sabiam de coisa alguma. Só o caseiro Francenildo.


Este, quando perguntado, não usou o "disque".
Foi direto e simples ao dizer:
o Palocci também vem aqui.
Afirmou e confirmou.


Contra ele, outro "disque":
"Disque" que o dinheiro na conta do caseiro foi para ele fazer a denúncia!
Ficou provado que não era.
Então, quem mandou violar o sigilo da conta do rapaz?
"Disque" que foi o diretor da Caixa Econômica Federal...
Cabeças caíram.
Depois apuraram que foi o próprio então ministro da Fazenda, Antônio Palocci.


Agora, temos outros "disques"na praça...
"Disque" que o Palocci ficou muito rico de repente.
"Disque" que comprou por R$ 6 milhões um apartamentaço em São Paulo.
E mais um baita escritório, lá também.
Diante disso, caiu o Palocci, como caiu o Dirceu e como caiu a Erenice Guerra.
E a presidente?
Sabia de alguma coisa.
"Disque" não!
No melhor estilo Lula...


Durante os oito anos de governo de Fernando Henrique Cardoso e os oito anos de Lula, os petistas e seus compadres populistas desferiram, o tempo todo, flechas, dardos, balas e obuses contra o plano da recuperação econômica do Brasil.

Projeto iniciado no governo de Itamar Franco e levado a extraordinário êxito pelo governo FHC, pela equipe que é, hoje em dia, mundialmente aplaudida e até imitada. Lula não teve coragem de alterar o sucesso, mas tentou roubá-lo.
Falou o tempo todo em herança maldita!


O alvo preferido era sempre FHC.
Como eram também os tucanos.
Era o DEM.
Era a "zelite" alfabetizada e com diploma.
Eram os loiros de olhos azuis...
Eram os produtores rurais bem-sucedidos.


Infelizmente, na área política, o sucesso tucano não se repetiu.
E graças aos seus próprios erros o País caiu nas garras do populismo sindical.


Mesmo mantendo espertamente os benefícios do Plano Real e da Lei de Responsabilidade Fiscal, nunca o País caiu nas mãos de um grupo de dirigentes tão incompetentes, tão despreparados e tão gananciosos.

Os índices brasileiros em educação, saúde publica, condições sanitárias, criatividade tecnológica, produção científica e segurança pública nunca estiveram tão baixos.
Em todos os setores, os sintomas de perda de velocidade já estão sendo percebidos.


Então, por que as pesquisas de opinião ainda revelam que o povo acredita neles?
É o resultado do uso e abuso, intenso, desleal e cruel, de todos os modernos recursos de comunicação.
Os gastos com a propaganda foram simplesmente inacreditáveis!


Dizia Abraham Lincoln que é possível iludir a todos por algum tempo, iludir pouca gente o tempo todo, mas é impossível iludir toda gente por todo o tempo.

Esses limites estão chegando.
A "herança maldita" do Plano Real, assim como foi definida por Lula, Dirceu, Dilma e seu séquito, passou a ser considerada um maravilhoso presente para o País.
E quem não tentou golpes de mão para impedir a posse de seu sucessor passou a ter diploma de estadista.

É isso o que aparece agora, na afetuosa e novelesca carta de parabéns que a presidente da República enviou a Fernando Henrique Cardoso.
Lá, em Belém, o pessoal deu risada quando contaram que "disque" a presidente chamou FHC de querido.
Será?

Laranja madura
na beira da estrada
tá bichada, Zé,
ou tem maribondo no pé!

PROFESSORA, JORNALISTA, FOI
DEPUTADA FEDERAL CONSTITUINTE, FUNDOU E PRESIDIU O BNH
NO GOVERNO CASTELO BRANCO
E-MAIL: SANDRA_C@IG.COM.BR