"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

maio 17, 2012

PÉ NO TRASEIRO DA "CAMARILHA" ! JOBIM EM DIA DE JERÔME VALCKE : Jobim reaparece e se irrita com falta de posição política do PMDB

O ex-ministro da Defesa Nelson Jobim fez nesta quinta-feira sua primeira aparição pública desde que deixou o cargo e cobrou do PMDB posição política sobre questões importantes que estão em debate.

Durante um evento do partido, em Brasília, ele constrangeu os companheiros ao fazer um duro discurso, cobrando dos dirigentes da legenda uma postura mais incisiva.

Dirigindo-se aos líderes presentes, como o senador Renan Calheiros (AL), o deputado Henrique Eduardo Alves (RN) e até o vice-presidente Michel Temer, Jobim disse que o PMDB é um partido sem posição.

- Será que o partido tem que homologar decisões da qual não participou? Por que não temos opinião, Michel, nos tornamos homologadores de decisões das quais não participamos para depois, nos ser cobrada lealdade. A sobrevivência do PMDB está dependendo de termos cara e voz. É o momento de termos cara e voz.

Quem não tem, curva-se, e quem se curva leva um pontapé - encerrou seu discurso, depois de também cobrar dos líderes posições sobre temas do Pacto Federativo:

- Qual a posição do partido sobre o Pacto Federativo, hein, Renan? Hein, Henrique?
Temos discussão interna sobre isso? Não.
O que pensamos sobre o Fundo de Participação dos Estados?
Temos que ter respostas para a sociedade - disse, provocando.

- Eu sou um pequeno quadro do partido, os senhores que lideram é que precisam tomar posições. Ter posição é assumir riscos. E desde 1989 não corremos riscos.
Nos tornamos homologadores - afirmou Jobim.

O ex-ministro contou que uma vez perguntou a Temer qual era a relação dos ministros do PMDB com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva numa escala de zero a dez.

“Ele disse que era dez. Então, eu perguntei qual era a relação dos ministros do PMDB entre eles: zero. Fui além e perguntei qual era a relação dos ministros com as bases na Câmara e no Senado: na margem de zero. E perguntei qual era a relação com a direção do partido:
zero”, relatou Jobim.

Segundo Jobim, não há diálogo com os ministros porque o partido não tem “posição própria”. O ex-ministro afirmou que o governo do PT sempre cobra “lealdade” por parte do PMDB sem deixar que a sigla participe das decisões políticas.

Temer

Após ouvir o discurso de Jobim, Temer contemporizou e destacou a "liberdade" dos integrantes do partido de defender posições divergentes.

"Nos demais partidos, não verificamos uma posição como essa, de os nossos membros falarem mal do PMDB internamente", afirmou.

Temer disse ainda que é "legítimo" defender que o PMDB tenha candidato próprio. "Se querem a presidência, isso é legítimo. Essa matéria não está vetada do debate."

O vice-presidente defendeu ainda que o PMDB assuma a presidência das duas Casas do Congresso - Senado e Câmara.

Atualmente o partido ocupa a presidência do Senado, com José Sarney. A Câmara é comandada por Marco Maia (PT-RS). Acordo feito com o PT prevê que o PMDB também assuma a presidência da Câmara em 2013.

Senadores mininizam
O discurso de Jobim foi muito aplaudido pela plateia. O presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), tentou minimizar as críticas feitas pelo ex-ministro.

O Globo

brasil maravilha SEM "MARQUETINGUE" : Criação de vagas formais no Brasil cai 20,3% em um ano

O país criou no mês passado 216.974 empregos com carteira assinada, segundo dados do Caged, do Ministério do Trabalho.

Esse resultado representa uma queda de 20,3% na geração de postos de trabalho com carteira assinada na comparação com abril de 2011, quando foram criadas 272.225 vagas.


Apesar do saldo positivo (diferença entre contratações e demissões) no mês passado, esse foi pior resultado para o período desde abril de 2009, quando foram abertos 106.205 postos - época em que a crise financeira internacional atingia em cheio o mercado de trabalho formal brasileiro.

Entre janeiro e abril, foram contratados 598.215 trabalhadores.


O setor de serviços foi o que mais empregou no mês passado, com saldo de 82.865 postos. Em seguida ficaram a construção civil, com 40.606 e o comércio (33.704). A indústria ficou em quarto lugar, com apenas 30.318 empregos.

No ramo industrial, eliminaram vagas os segmentos de metalurgia e material de transporte, que registraram saldos negativos de 563 vagas e 472 respectivamente.

Entre os estados, São Paulo registrou maior número de contratações com 85.346 trabalhadores, seguido por Minas Gerais, com saldo de 28.886.
No Rio, foram abertas 18.541 vagas - quarto melhor resultado.

O Globo

CACHOEIRA : LAVAGEM DE DINHEIRO NA COREIA

CPI suspeita que empréstimos milionários recebidos por Cachoeira sejam oriundos de dinheiro enviado ao exterior pela quadrilha

A análise dos 41 volumes de documentos relativos à declaração de Imposto de Renda dos últimos 10 anos do bicheiro Carlinhos Cachoeira, encaminhados pela Receita Federal à CPI, indica que o contraventor tinha uma espécie de "lavanderia" internacional do dinheiro sujo obtido no Brasil.

Nas declarações de IR dos exercícios referentes aos anos de 2008, 2009 e 2010, o bicheiro informa que recebeu da empresa BET Capital R$ 11,4 milhões a título de empréstimos. A suspeita é de que os recursos da organização criminosa eram encaminhados para a empresa BET Company, estranhamente com sede na comunista Coreia do Norte, na Ásia, e acionária majoritária da BET Capital.

Carlinhos Cachoeira teria 49% das ações e a BET Company outros 51%. O esquema que começa a ser desvendado aponta que o dinheiro sairia do Brasil e voltava para a BET Capital, que emprestava milhões ao contraventor.

Cachoeira declarou ter recebido da empresa R$ 2,8 milhões em 2008; R$ 4,3 milhões em 2009; e novamente R$ 4,3 milhões em 2010.


Existem também empréstimos com cifras milionárias no nome da ex-mulher e de um ex-cunhado.

Para integrantes da comissão, há, além da sonegação fiscal, um movimento gigante de evasão de divisas. Hoje, durante reunião administrativa da CPI, alguns parlamentares vão sugerir que a Interpol seja acionada para mapear o caminho internacional do dinheiro da organização criminosa.

Informações extraoficiais apontam que existe uma espécie de conta-mãe num paraíso fiscal.


Cartão de crédito
O que também chamou a atenção dos parlamentares foi a declaração de rendimentos, incompatíveis com os gastos no cartão de crédito do bicheiro. Em 2008, ele declarou ter recebido R$ 20,4 mil em rendimentos tributáveis e, em 2007, R$ 17,8 mil.

No entanto, os gastos no cartão ultrapassam R$ 500 mil.


Em 2003 e 2004, o contraventor informou à Receita Federal que não teve rendimentos. Ele costumava guardar dinheiro em casa. Declarou ao Fisco ter, num cofre, a quantia de aproximadamente R$ 1,5 milhão.

Nos depoimentos prestados na CPI pelos delegados da Polícia Federal Matheus Mella Rodrigues e Raul Alexandre Marques de Souza, responsáveis pelas Operações Monte Carlo e Vegas, ficou evidente que existem 13 empresas ligadas ao bicheiro.

Uma delas tem sede num paraíso fiscal do Caribe.


As empresas JR, Alberto Pantoja e Brava receberam, aproximadamente, R$ 40 milhões em depósitos efetuados pela empreiteira Delta, no foco das denúncias desde o início do escândalo.

João Valadares Correio Braziliense

A caixa-preta do Congresso



Câmara e Senado se recusam a divulgar dados, contrariando norma que entrou em vigor ontem.

No primeiro dia de estreia da Lei de Acesso à Informação, ontem, o Senado e a Câmara dos Deputados — Casas em que a legislação tramitou durante anos e só foi aprovada por pressão do governo — afirmaram que não pretendem informar o salário de seus servidores, descumprindo o novo texto, que estabelece como público esse tipo de dado.

Ao contrário da Controladoria-Geral da União (CGU), que ressaltou justamente essa informação como exemplo que deve ganhar publicidade, o Congresso se fechou sobre o tema.

"Informações consideradas pessoais, ou seja, aquelas relativas à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem de um indivíduo, não podem ser divulgadas. Ou seja, o salário de um servidor específico não pode ser divulgado nem na internet nem a pedido de um cidadão", alegou a Câmara em nota enviada ao Correio. O Senado usou o mesmo argumento.

As justificativas contrariam não só a nova lei, como também a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o tema. Em julho de 2009, o então presidente da Corte, ministro Gilmar Mendes, liberou a publicação na internet da remuneração mensal dos 162 mil servidores da Prefeitura de São Paulo.

A postura do Legislativo federal não foi o único obstáculo no primeiro dia de aplicação da Lei de Acesso à Informação. O próprio Supremo ainda precisa regular quem vai atuar como instância recursal, ou seja, que área de cada órgão vai ser acionada quando uma informação for negada ao cidadão ou houver omissão na resposta.

O responsável por reavaliar a classificação das informações também falta ser definido.

No primeiro dia em que a lei passou a vigorar, poucos dados foram acrescentados aos que já constavam nos portais de transparência dos órgãos. Foi o que ocorreu na Procuradoria-Geral da República (PGR), por exemplo, a respeito de uma das informações mantidas em sigilo: o índice de produtividade de cada procurador, individualmente.

A PGR informou que os dados estão sofrendo ajustes, mas, prometeu publicá-los no portal da transparência. Contudo, sem definir prazo.

A presidente Dilma Rousseff publicou ontem, no Diário Oficial, a primeira lista de documentos considerados secretos, em sua maioria relacionados às seguranças de tecnologia da informação e predial no governo federal.

Procura
No Executivo distrital, não houve procura por informações. O Serviço de Informação ao Cidadão (SIC) da Secretaria de Transparência e Controle do Governo do Distrito Federal não recebeu nenhuma demanda. "Vai demorar um tempo não só para o governo, como para a população entender a lei", explicou a subsecretária de Transparência do DF, Cláudia Taya.

Nos SICs da Câmara, do Senado e do STF, segundo os próprios órgãos, a procura também foi pequena, embora nenhum tenha divulgado o balanço oficial.

Já a CGU informou que, em todo o Executivo federal, houve 708 pedidos apenas na quarta-feira.

O Correio testou o sistema e-SIC, que recebe pedidos on-line para órgãos do governo federal. A página, que pode ser acessada de qualquer órgão público do Executivo federal, não apresentou problemas como lentidão ou travamentos. Após ser feito o pedido, um e-mail é enviado ao endereço eletrônico cadastrado, com o número de protocolo e o prazo em que a informação deve ser entregue.

"Vai demorar um tempo não só para o governo, como para a população entender a lei"
Cláudia Taya, subsecretária de Transparência do DF

708
Número de pedidos de informações solicitados ontem da administração pública federal

GUILHERME AMADO Correio Braziliense

CPI DA "CASCATA" ! QUANDO DIGO REPÚBLICA DOS TORPES E ENGANAÇÃO, HÁ DE SE CONSIDERAR : Querem salvar a Delta via BNDES

Uma frase antiga ensina que, na política, para entender de verdade os fatos, é preciso esperar as ondas pararem de bater e analisar a espuma.
O que a espuma do escândalo Cachoeira revela é estarrecedor e ofende a integridade dos brasileiros.

Explico.

Existem na República dois cargos que são os mais importantes na definição de um governo, seja pelo seu caráter simbólico ou pelo que significam na realidade:
o do ministro da Justiça e o do presidente do Banco Central.

Cabem a esses dois cargos, mais do que a qualquer outro, zelar pela Justiça e pelos interesses maiores do país, manifestados nas decisões econômicas que afetam todos os brasileiros.

São, portanto, cargos cujo exercício é indissociável da ética.


É, portanto, com perplexidade que os brasileiros são informados pela imprensa que o ex-ministro da Justiça do governo Lula, Márcio Thomas Bastos, se transformou, nada mais, nada menos, do que em advogado de defesa de Cachoeira pela bagatela, publicada, de 13 milhões de reais.

Não fosse essa aberração suficiente, o país é surpreendido com a revelação de que o ex-presidente do Banco Central, também no governo do PT, será o novo presidente da construtora Delta.

E isso, numa operação absolutamente atípica, já que a imprensa revela que a holding que comandará a Delta assumirá seu controle sem fazer nenhum aporte financeiro.


Seria abusar muito da ingenuidade dos brasileiros acreditar que os dois teriam aceitado essas funções, sem antes consultar o governo federal e os líderes do PT, já que as biografias e credenciais no mercado de ambos estão certamente vinculadas às suas antigas funções no governo petista.

Mas se alguém ainda acreditasse - e antes que o governo diga que não tem como interferir na atuação profissional de ninguém -, a pá de cal na boa-fé foi dada com a informação divulgada de que a empresa que vai assumir a construtora Delta tem, na verdade, como maior acionista o BNDES.

Em outras palavras, o dinheiro público dos brasileiros está sendo usado para salvar a construtora.


E confirmando a tese de que tudo que é ruim pode piorar, um dos donos da empresa controladora afirma em alto e bom tom que o governo federal foi previamente consultado e apoiou essa transação tapa-buraco porque "não quer que a construtora quebre".

E arremata:
"Imagina que o doutor Henrique Meirelles [ex-presidente do Banco Central e presidente do Conselho de Administração da holding J&F] vai fazer um negócio que o governo não quer! 99% da carteira da Delta é com o governo federal, estadual e municipal."


O tabuleiro de xadrez se fecha com a lembrança de que, após contratar José Dirceu como consultor, a Delta teve seus contratos com o governo federal ampliados de forma extraordinária.

A pergunta que se impõe é:
quais são os verdadeiros elos que existem entre o PT e Cachoeira, que fazem com que alguns dos principais rostos do governo petista estendam a mão de forma tão urgente ao contraventor e à empresa acusada de manter relações ilícitas com ele?

Como pode o governo federal se mobilizar - e mobilizar recursos públicos que tanta falta fazem em outras áreas da vida nacional - para salvar uma empresa acusada de superfaturamento e danos ao erário?

P
or que tanto interesse em ajudar Cachoeira e a Delta?

O que está se passando diante de nossos olhos e o país ainda não enxergou?

Tudo indica que existe um escândalo ainda maior dentro do escândalo gigantesco que já conhecemos.

Sérgio Guerra O Globo
Querem salvar a Delta via BNDES

E NA REPÚBLICA DA ENGANAÇÃO TODA MEIA VERDADE É UMA MENTIRA INTEIRA.

Estão dizendo, governo e bancos, públicos e privados, que nada mudou com a poupança. Mudou, sim. E para pior, do ponto de vista do poupador.
Dizem que mudou "apenas" a fórmula de cálculo dos rendimentos para poupanças novas.
Pois é, só que a nova fórmula dará um resultado menor para o poupador, sempre que a taxa básica de juros for de 8,5% para baixo.


A melhor verdade, digamos assim, seria dizer que a nova fórmula é positiva para o conjunto da economia, pois a regra velha estabelecia um piso informal para a taxa geral de juros.

Esta não poderia cair abaixo de 8,5%, pois isto tornaria a poupança muito mais rentável que outros investimentos, desequilibrando o sistema.
Com a alteração, a taxa geral pode ir mais baixo, beneficiando toda a economia.

Mas derrubar aquele piso significa, necessariamente, reduzir o rendimento da poupança. O que foi feito. Só para os novos depósitos, certo.

Mas para o pequeno poupador, sobretudo, justamente agora quando a poupança ia pagar mais que as outras aplicações, não vai mais.


TORCIDA DO FLAMENGO?

O dólar vai a R$ 2, e o ministro Mantega diz que ele e a torcida do Flamengo estão satisfeitos com isso.

No mesmo dia, a Petrobras divulga seu balanço - com queda no lucro e sem alcançar metas de produção - e diz que o dólar a R$ 2 prejudica a estatal.

A empresa tem uma dívida líquida em dólares - US$ 76 bilhões - a uma taxa de câmbio flutuante. Ou seja, com o dólar mais alto, a dívida medida em reais fica mais cara. A Petrobras precisa agora de mais reais para pagar as prestações.

Além disso, a empresa mais importa do que exporta. Logo, vai pagar mais caro também nessas compras externas.

Alguém poderia dizer que a Petrobras não faz parte da torcida do Flamengo.
Mas faz. É patrocinadora, até.


Outro detalhe:
Mantega é o presidente do Conselho da Petrobras e voltou a dizer que o preço da gasolina não vai aumentar. Já diretores da estatal dizem que estão amargando prejuízos e que o preço precisaria aumentar.


Também não devem ser flamenguistas os brasileiros que viajam para o exterior, especialmente as novas classes médias que se beneficiavam da tal "bolsa Miami".

Certo, o ministro tem uma meia verdade quando diz que o dólar caro beneficia uma parte da indústria brasileira, pois os importados ficarão mais caros e o produto local - que já era mais caro - fica mais competitivo.

Sim, mas todos, nacionais e importados, vão sair mais caros para os consumidores, flamenguistas ou vascaínos.

Por outro lado, espera-se que o dólar mais caro turbine as exportações industriais brasileiras.

Mas:
o mundo está crescendo menos e, pois, comprando menos; a indústria brasileira continua não competitiva por conta do custo Brasil (impostos e infraestrutura); o governo brasileiro não consegue (nem quer) fazer acordos de livre comércio com nenhum país.


Periga a gente ficar mais com o lado negativo do dólar caro.

Resumo até aqui:
tudo em economia tem verso e reverso. Pode-se dizer que mudança na poupança e no dólar têm efeitos positivos neste ou naquele setor. Mas é falso, muito falso, dizer que é bom para todo mundo.


CRÉDITO?

O argumento parece simples:
com taxas de juros menores, os consumidores tomarão mais dinheiro emprestado, comprarão mais, e isso movimentará a economia.


Dados da Serasa Experian, entretanto, mostram que em abril último diminuiu o número de pessoas que procuraram crédito e aumentou a inadimplência. Explicação:
famílias já muito endividadas estão mais preocupadas em colocar os carnês em dia.


BAIXANDO A BOLA

Não faz muito tempo, o governo garantia que o país cresceria 4,5% neste ano, com inflação a 4,5% (a meta oficial), e tudo isso com o dólar mais caro e os juros mais baixos.

Agora, o ministro Mantega diz que um "piso" de crescimento de 2,7% (resultado do ano passado) já está muito bom num mundo difícil.

E o presidente do BC, Alexandre Tombini, lembra, en passant , que a inflação ficou abaixo dos 5% em apenas três anos.

Combine os dois comentários, e o que se segue?
Estão preparando o ambiente para menos crescimento e mais inflação, como no ano passado. E, de novo, a culpa é dos gringos, claro.


A única coisa que cresce mesmo no Brasil é a arrecadação de impostos. Ano bom, ano ruim, e a receita do governo sempre sobe acima da inflação.

A presidente Dilma reconhece que temos um problema de impostos altos, como na energia, por exemplo. Promete reformas pontuais, mas não propriamente uma redução da carga, pois há compromissos com gastos públicos maiores.

Carlos Alberto Sardenberg