"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

agosto 08, 2014

ASSENHOREADA POR CRETINOS E CANALHAS : Alvo de mais escândalos, Petrobras registra queda de 20% em seu lucro


A Petrobras anunciou nesta sexta-feira um lucro de 4,96 bilhões de reais no segundo trimestre, queda de 20% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado veio muito abaixo das estimativas de bancos de investimentos obtidas pela Reuters, que apontavam para lucro líquido de 7,04 bilhões de reais. 

Em relação ao primeiro trimestre deste ano, quando o lucro foi de 5,393 bilhões de reais, houve queda de 8%. No semestre, a empresa lucrou 10,35 bilhões de reais, queda de 25% em relação ao mesmo período do ano passado.

Assim como no primeiro trimestre, o anúncio acontece em meio a uma série de escândalos nos quais a empresa está envolvida. Conforme revelou VEJA, a estatal e o governo orquestraram um verdadeiro teatro para manipular a CPI da Petrobras, coletando as perguntas dos parlamentares e treinando os executivos sabatinados para respondê-las, deturpando a função investigativa da Comissão. 

Além disso, o Tribunal de Contas da União (TCU) culpou os diretores da Petrobras pelas perdas acumuladas com a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, e determinou a indisponibilidade de seus bens para que haja ressarcimento ao estado. O TCU também tentou incluir a presidente Graça Foster no rol de culpados, mas foi impedido pelo Advogado Geral da União, Luís Inácio Adams. 

Um dos maiores impactos na queda do lucro da empresa veio da área de Abastecimento, cujo prejuízo ficou em 3,883 bilhões de reais no segundo trimestre — 55% maior na comparação com o mesmo período do ano passado, informou a companhia nesta sexta-feira. A área é a principal prejudicada pela política do governo de controlar os reajustes do preço da gasolina, impondo perdas à estatal.
Em comunicado, a presidente Graça Foster afirmou que os reajustes devem ser feitos o quanto antes para melhorar o nível de endividamento da empresa. "Em paralelo aos aumentos de produção e redução de custos, buscamos a convergência dos preços de derivados no Brasil com os preços internacionais", disse. O ministro Guido Mantega sinalizou, no início da semana, que haverá reajuste ainda este ano.

Veja.com

" uma farsa de cabo a rabo: onde ela toca dá choque; aquilo que promete não faz; o que ela começa não termina. Já deu, né?"



O modelo criado por Dilma Rousseff para o setor elétrico está fazendo água. 
Ou melhor, está produzindo escuridão. O tarifaço, com alta acentuada nas contas de luz, não está despontando no horizonte; na verdade, ele já está acontecendo. A tentativa de baixar tarifas na marra fracassou.

O modelo em vigor vem sendo gestado desde que Dilma era ministra de Minas e Energia. Foi lapidado quando ela ocupou a chefia da Casa Civil e recebeu a cereja do bolo quando, já como presidente, em setembro de 2012, ela convocou rede nacional de rádio e TV para anunciar “a mais forte redução de tarifa elétrica já vista neste país”.

Desde então o que se viu foi a antessala do caos. 
O governo vem torrando bilhões de reais para compensar perdas de concessionárias, as empresas do setor simplesmente pararam de investir, a Eletrobrás está praticamente falida e as tarifas já começaram a voltar a níveis mais altos do que estavam quando a MP 579 foi editada.

Ontem, o governo anunciou novo empréstimo para as distribuidoras de energia. São mais R$ 6,6 bilhões, que se somam aos R$ 11,2 bilhões fechados em abril. Do valor da nova operação, bancos públicos bancarão 68%. Dos R$ 17,8 bilhões de socorro até agora, BNDES, Banco do Brasil e Caixa arcarão com 60%.

O segundo empréstimo chega apenas quatro meses após o primeiro, e depois de o governo ter reiteradamente afirmado que a operação de abril fora definitiva e suficiente para livrar as empresas do naufrágio. Nada que a gestão petista diz ou faz resiste por muito tempo.

Além dos empréstimos, desde 2013 até dezembro próximo o Tesouro terá posto mais R$ 21 bilhões no setor para cobrir custos das concessionárias com a compra da energia mais cara das térmicas e no mercado à vista – R$ 816 por MWh, ante R$ 182 dois anos atrás.

Mas o custo dos desequilíbrios causados ao setor desde a edição da MP 579 são bem maiores. A PSR, mais respeitada consultoria do setor, já estimou que a fatura irá chegar a R$ 56 bilhões. Só para comparar, equivale ao dobro do que o Brasil gastou nos preparativos para a Copa.

A candidata-presidente nega que haverá tarifaço se ela for reeleita. Até que enfim tem razão: os reajustes-monstro já estão acontecendo. Nesta semana, a Aneel anunciou aumentos de até 35% nas tarifas de concessionárias. Na média, os aumentos estão em 25% neste ano. Vale recordar: em 2012, a redução média foi de 16%.

Dilma se considera uma especialista em energia. 
Também é apresentada como gerente das mais eficientes.
Na realidade, a candidata-presidente é uma farsa de cabo a rabo: 
onde ela toca dá choque; 
aquilo que promete não faz; 
o que ela começa não termina. 
Já deu, né?


Este e outros textos analíticos sobre a conjuntura política e econômica estão disponíveis na página do Instituto Teotônio Vilela
O Tarifaço de Dilma já Começou

COM O VELHACO CACHACEIRO E A INCOMPETENTA FANTOCHE DESAVERGONHADA : Doze anos sem rumo


Com a indústria incapaz de competir, batida em todos os mercados e sem perspectiva de melhor desempenho a curto prazo, a Associação Brasileira de Comércio Exterior (AEB) iniciou, nesta quinta-feira, mais um encontro nacional de exportadores, com o problema dos custos como tema central. "O Brasil não é um país caro, mas está um país caro", disse o presidente da associação, José Augusto de Castro. Os grandes entraves, segundo ele, são a carga tributária, a burocracia excessiva e a infraestrutura deficiente e sem integração.

De modo mais amplo, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, apontou o aumento da produtividade como o principal desafio. O Brasil é prejudicado, segundo ele, por dois "grandes déficits estruturais", o de capital físico e o de capital humano. Para enfrentar os dois problemas, faltou dizer, será preciso abandonar e inverter os critérios da política econômica mantida há mais de uma década pelo grupo instalado no poder.

O ministro, obviamente, evitou essa conclusão. 
Como a presidente Dilma Rousseff, ele parece esquecer de um interessante detalhe histórico: os petistas chegaram ao governo federal em janeiro de 2003. Estão completando, portanto, 12 anos de gestão. Mas ele prefere falar de períodos muito mais longos e confrontar os padrões atuais de planejamento com os dos anos 70, quando os militares governavam.

"Perdemos a capacidade de planejar o País, de fazer projetos de qualidade, projetos macro de infraestrutura." É verdade, e a baixa qualidade dos projetos tem sido denunciada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Mas outros membros do governo costumam falar como se o seu partido houvesse restaurado os padrões de planejamento.

O ministro mencionou também o envelhecimento do parque fabril:
em média, o equipamento tem 17 anos de uso. No caso dos competidores, essa média, acrescentou, fica entre 7 e 8 anos. Mas a idade do equipamento e as deficiências da infraestrutura denunciam um problema contornado sem maior discussão pelo ministro: o baixo nível de investimento público e privado. Empresários e governo terão sempre investido tão pouco nos últimos 4o anos?

Os números oficiais são desconfortáveis para o governo. 
No primeiro trimestre de 2000, o investimento em capital fixo equivaleu a 19% do Produto Interno Bruto (PIB). A relação caiu para 18,2% e 16,7% nos dois anos seguintes. Estava em 16,1% no começo de 2004, quando o PT completava um ano de governo. Subiu nos anos seguintes, com algumas oscilações, e só chegou a 19,2% - pouco acima, portanto, do nível do começo do ano 2000 - no trimestre inicial de 2010. Estava em 19,5% quando a presidente Dilma Rousseff iniciou seu mandato. A partir daí, despencou até 17,7% nos primeiros três meses deste ano.

Os governos petistas foram, portanto, incapazes, durante a maior parte do tempo, de manter a taxa de investimento registrada no fim do século passado. Ultrapassaram esse nível por um período brevíssimo e continuam muito longe da meta anunciada várias vezes pelo ministro da Fazenda, de 24% do PIB.

Mesmo esse pífio investimento tem dependido de capital estrangeiro. 
A taxa de poupança bruta despencou de 17% do PIB no começo da gestão da presidente Dilma Rousseff para 12,7% entre janeiro e março deste ano. Isso se explica, principalmente, pelo uso irresponsável de recursos públicos. O desempenho também ruim da indústria de máquinas e equipamentos combina perfeitamente com o baixo nível da formação geral de capital fixo.

O poder de competição da indústria acompanhou a deterioração do ambiente de negócios. Com muita improvisação e nenhuma estratégia digna efetiva, o governo abusou do protecionismo e da distribuição de benefícios a setores selecionados, sem realmente cuidar do potencial de crescimento do País.
 Em 2000, as vendas de manufaturados representaram 59,07% da exportação total. Corresponderam a 54,71% em 2002. 
No ano passado, ficaram em 38,44%. No primeiro semestre deste ano, em 34,45%.

Serão números estranhos para o ministro?

O Estado de S.Paulo

ELES SEGUEM "MUDANDO"(PARA PIOR) O BRASIL ! SEM O MARQUETINGUE DOS CANALHAS E FALÁCIAS DA "BICHINHA PALANQUEIRA" DO CACHACEIRO : Emprego industrial cai 3,1% em junho, a 33º queda consecutiva


O emprego na indústria recuou 0,5% na passagem de maio para junho, na série livre de influências sazonais, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Na comparação com junho do ano passado, o emprego industrial apontou uma queda de 3,1%, o 33º resultado negativo nesta base e o mais intenso desde novembro de 2009 (-3,7%). O emprego na indústria acumula queda de 2,3% no ano e retração de 1,9% em 12 meses. 

O emprego na indústria registrou queda de 0,9% no segundo trimestre de 2014 em relação ao período imediatamente anterior. Em relação ao segundo trimestre do ano passado, o recuo foi de 2,7%.

Também foram verificadas perdas no número de horas pagas e no valor da folha de pagamento real na passagem do primeiro para o segundo trimestre. Na série com ajuste sazonal, o número de horas pagas entre abril e junho foi 1,2% menor do que nos três primeiros meses do ano, enquanto o valor da folha de pagamento mostrou retração de 0,2% na mesma base.

No confronto do segundo trimestre em relação a igual período de 2013, o número de horas pagas caiu 3,6%. Já o valor da folha de pagamento real mostrou alta de 0,6%, na mesma base de comparação, informou o IBGE. 

Horas pagas. 
O número de horas pagas pela indústria, descontadas as influências sazonais, caiu 1,2% em junho ante maio. Em comparação com junho do ano passado, o indicador recuou 4,2%, a 13ª taxa negativa nesse tipo de confronto e a mais intensa desde outubro de 2009 (-5,3%).

No ano, o indicador relativo ao número de horas pagas pela indústria acumula queda de 2,9%. Em 12 meses, a retração é de 2,3%.


Comparando o resultado de junho com igual mês de 2013, o IBGE revelou que as taxas foram negativas em todos os 14 locais pesquisados e em 16 dos 18 ramos pesquisados. 

Em termos setoriais, as principais influências negativas partiram do setor de 
meios de transporte (-8,6%), 
máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-10,6%), 
máquinas e equipamentos (-5,8%), 
produtos de metal (-6,9%), 
calçados e couro (-8,6%), 
alimentos e bebidas (-1,6%), 
produtos têxteis (-7,5%), 
vestuário (-4,2%) 
e outros produtos da indústria de transformação (-3,8%), 
todas na comparação com junho de 2013. 

Já os impactos positivos vieram de minerais não-metálicos (0,9%) e de produtos químicos (0,7%). 

Folha de pagamento. 
O valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria caiu 2,4% em junho ante maio, segundo o indicador ajustado sazonalmente. No ano até junho, o indicador ainda registra avanço de 1,3%, enquanto em 12 meses a alta é de 0,7%. 

Em comparação a junho de 2013, a folha de pagamento na indústria em junho deste ano recuou 0,3%, interrompendo uma sequência de cinco meses de alta nesta base. Nesse tipo de comparação, foram registradas quedas em 6 dos 14 locais pesquisados, com destaque para Minas Gerais, onde o recuo de 5,5% no valor real da folha de pagamento foi pressionado pela queda no setor de meios de transporte (-31,1%), devido à base elevada em junho do ano passado.

Ainda na comparação ante igual mês do ano passado, o IBGE destacou que o valor da folha de pagamento real da indústria caiu em 14 dos 18 setores investigados, com destaque para meios de transporte (-2,9%), 
produtos de metal (-5,1%), 
máquinas e equipamentos (-2,6%), 
máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-4,3%), 
papel e gráfica (-3,3%) 
e calçados e couro (-4,6%).

Idiana Tomazelli - Agência Estado