"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

maio 28, 2013

ONDE TEM PT TEM.. TRETA/TRAMBIQUE/TRAPAÇA/MÁ GESTÃO(1,99)/MÁ FÉ ... OS ÚLTIMOS A SABER - O SUB DO SUB DO SUB: GOVERNO CULPA 3º ESCALÃO POR ERRO NO BOLSA FAMÍLIA

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O presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, afirmou ontem que a antecipação do pagamento dos benefícios do Bolsa Família foi decidida exclusivamente pela área operacional da CEF, sem consulta à cúpula instituição ou do governo.

Ele disse que técnicos do banco chegaram a avisar a colegas da área técnica do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, no próprio dia 17 de maio, uma sexta-feira, quando teve início o pagamento dos benefícios. Mas ressalvou que a ministra Tereza Campello, assim como ele, não foi comunicada.

Hereda admitiu que o banco divulgou informação errada sobre a liberação de pagamentos antecipados do Bolsa Família.

Ele confirmou que a permissão de saques fora do calendário foi feita intencionalmente pela instituição no último dia 17, véspera da onda de falsos boatos sobre o fim do programa, e não por medida emergencial para conter tumultos nos dias 18 e 19, sábado e domingo, quando milhares de beneficiários do programa lotaram agências em 13 estados, inclusive no Rio de Janeiro.

Hereda pediu desculpas.

- Essa imprecisão só se justifica pelo momento que a gente estava vivendo, e eu peço desculpas a todos pelo engano dessa manifestação da gente - afirmou o presidente da CEF.

Ele disse que somente na segunda-feira, dia 20, já após os tumultos, é que ficou sabendo que os saques antecipados tinham sido liberados na sexta-feira e não durante o fim de semana.

Naquela mesma segunda-feira de manhã, o vice-presidente de Governo e Habitação da Caixa, José Urbano Duarte, declarou à TV Globo que a liberação tinha sido ordenada no sábado, numa resposta à confusão - naquele fim de semana, cerca de 900 mil beneficiários sacaram R$ 152 milhões, um movimento considerado atípico.

O mesmo foi afirmado por Tereza Campello à tarde.
Uma semana de espera para esclarecer caso
Ontem, Urbano admitiu que estava desinformado.

Ele contou que deu ordem para que os saques pudessem ser antecipados já no sábado. A partir das 13h, a Caixa detectara um aumento incomum de beneficiários retirando dinheiro nas máquinas de agências em todos os estados do Nordeste, no Rio, no Amazonas, no Pará e no Amapá.

Sem saber que os saques fora do calendário estavam liberados desde a véspera, Urbano e Tereza teriam determinado a antecipação com o objetivo de evitar um tumulto ainda maior.

Isso porque os saques costumam seguir um calendário escalonado, com base no último dígito do cartão magnético. A antecipação não significou um benefício extra para ninguém, mas a possibilidade de receber dinheiro alguns dias antes.

Hereda disse que esperou uma semana para esclarecer o caso porque precisava de tempo para juntar as informações e entender com clareza o que havia ocorrido. Ele disse que estava de posse das informações já na última sexta-feira.

A entrevista coletiva de ontem só foi convocada, no entanto, depois que o jornal "Folha de S.Paulo" revelou, no sábado, que a antecipação de pagamentos tinha começado na véspera dos boatos.

- Meu amigo, eu sou presidente de um banco. Eu não vou a público dizer uma parte da informação sem ter todas as informações levantadas - disse o presidente da Caixa.

Hereda acrescentou que, se agisse de forma diferente, seria irresponsável. Sentado ao seu lado, estava Urbano, que semana passada deu entrevista com a informação desmentida ontem:

- É sabido, tem se falado muito que a Caixa mentiu na hora em que ele (Urbano) foi fazer a entrevista. No momento em que estamos vivendo uma crise, o único pensamento que a Caixa tinha era esclarecer as pessoas. Tivemos uma informação equivocada com relação à data em que se abriu o sistema, e isso gerou uma informação imprecisa da Caixa - afirmou Hereda.

No último sábado, a Caixa divulgou nota em que dizia que a antecipação era consequência de melhorias no Cadastro de Informações Sociais, sugerindo problema de informática.


Ontem, Hereda e Urbano esclareceram que a decisão da área operacional de liberar os saques para qualquer beneficiário já no primeiro dia de pagamento teve como objetivo evitar contratempos a 692 mil beneficiários que apareciam com registro duplo no sistema.


Sem a liberação, havia o risco de que essas pessoas fossem ao banco na data marcada e não conseguissem sacar o dinheiro, já que o cadastro foi atualizado.

Hereda disse que a equipe operacional imaginou que não era preciso avisar ninguém sobre a antecipação porque, em média, apenas 70% dos beneficiários sacam o dinheiro no dia marcado. Eles têm até 90 dias para fazer isso depois.

- Repito:
essa não é uma decisão que passa pela diretoria da Caixa. É uma decisão específica de uma área operacional da Caixa que paga Bolsa Família há dez anos. Essa área não procura o presidente nem o conselho diretor da Caixa para pedir permissão para fazer o seu trabalho - disse Hereda.

Demétrio Webe O Globo 

E NO DE(s)CÊNIO DOS FARSANTES E presidenta "MAIS PREPARADA" SEGUNDO O CACHACEIRO PARLAPATÃO : É o bonde passando

O Brasil está mesmo perdendo o bonde do desenvolvimento? Esta foi, em síntese, a advertência feita por editorial do dia 19 do Financial Times, um dos mais importantes diários de Economia e Negócios do mundo.

Foi, também, o tema central do rico debate que foi ao ar neste fim de semana no Globo News Painel, conduzido pelo antenado âncora William Waack.

O economista Luiz Gonzaga Belluzzo, do Instituto de Economia da Unicamp, observou que o governo brasileiro perdeu a capacidade de coordenar a agenda de crescimento e de investimentos do setor privado.

Para o professor Samuel Pessoa, da Fundação Getúlio Vargas, o problema está no fato de que, uma vez esgotado o modelo nacional desenvolvimentista, em que o Estado tomava a iniciativa de induzir o desenvolvimento, a sociedade decidiu se voltar à formação do Estado do bem-estar social.

A prioridade deixou de ser o crescimento e passou a ser a distribuição de renda.

Este é um debate que começou no governo Médici, quando o então poderoso ministro da Fazenda Delfim Netto declarou, para espanto geral, que não se pode comer o bolo antes de produzi-lo. De maneira a justificar a não recondução de Delfim ao comando da economia, o então presidente Geisel disse nos anos 70 que o bolo tem de ser distribuído ao mesmo tempo que é produzido.

Hoje, a administração Dilma está exposta à corrosão. Não consegue entregar um razoável crescimento econômico, enfrenta inflação acima do tolerável e começa a assistir à deterioração das contas externas – como analisou o professor Eduardo Giannetti da Fonseca, do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper).

Consequência da política adotada, de distribuir um bolo maior do que aquele que vai sendo produzido, na medida em que exige crescente importação de poupança, que vai para o consumo. Enquanto isso, o investimento continua parado, à altura dos 18% do PIB, nível de longe insuficiente para garantir um crescimento sustentável, de 3% ou 4% ao ano.

Samuel Pessoa tem razão quando afirma que, ao adotar um modelo distributivista, os governos Lula e Dilma desmontaram o pouco do sistema que buscava institucionalizar mecanismos (sobretudo pelas agências reguladoras) que transferissem para o setor privado a capacidade de investir e de desenvolver o País.

Nos anos 80, a economia mundial iniciou a formação de uma rede global de produção e suprimentos, na qual as indústrias de todo o mundo procuraram se inserir. Mas o Brasil não se empenhou em se incorporar no processo. Continua sendo uma economia fechada, com uma indústria pouco competitiva.

Enquanto isso, a presidente da República se mete em tudo e se dedica a despachar intervenções pontuais destinadas a corrigir distorções que, no entanto, provocam novas, como é o caso das desonerações setoriais iniciadas em 2012.

Uma das maiores esperanças do País, as riquezas do pré-sal, que só podem ser arrancadas do subsolo a altos custos, estão agora ameaçadas pela revolução do gás nos Estados Unidos.

É o fato novo, que promete energia e insumos a baixos preços, fator que ameaça alijar boa parte da indústria brasileira do mapa econômico mundial, se uma drástica mudança de rumos não for decidida já.

Quando havia bondes, quem perdia um esperava pelo seguinte. Como não há mais, tudo fica mais complicado.
CONFIRA:


A deterioração das expectativas sobre o comportamento da economia pode ser avaliada pela inclinação das duas curvas acima.

São as projeções de alta da inflação e de redução do crescimento do PIB.

Demora mesmo...
O presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, disse ontem que precisou de sete dias para saber por que houve o pânico na liberação dos pagamentos do Bolsa Família. Coisas assim acontecem em estatais loteadas entre políticos.

Imaginem o que aconteceria se um médico precisasse de sete dias para diagnosticar um enfarte.

Celso Ming O Estado de S. Paulo 

O TEMPO É O SENHOR DA RAZÃO E AS "VERDADES TÊM VIDA PRÓPRIA"

As verdades têm vida própria.
Independem das intenções de quem as enuncia.
Mas o efeito do enunciado varia conforme o seu autor.

Uma coisa, por exemplo, é a "mídia conservadora" apontar as deficiências da gestão Dilma Rousseff, outra coisa é o presidente do PT, Rui Falcão, afirmar, como fez de público dias atrás, que o legado dos anos Lula, "um dos principais elementos para a eleição da companheira Dilma", é "insuficiente para garantir a reeleição" .

O alvo a parente de suas preocupações é o partido, o poder petista.

"Que novas propostas", perguntou em dado momento, "nós oferecemos para a sociedade para que ela veja no nosso governo não só a manutenção do que foi conquistado, mas novas possibilidades de, continuar avançando?" Seria o caso, segundo ele, da reforma política, com a adoção do financiamento público das campanhas e da "democratização dos meios de comunicação".

É claro, no entanto, que ele não diria o que disse sobre os riscos à reeleição da presidente se, a esta altura, tendo consumido mais da metade do mandato, ela já tivesse ao menos lançado os fundamentos de um legado para chamar de. seu.

Os números favoráveis do emprego e da renda ainda sustentam a aprovação de Dilma e lhe dão a dianteira para a sucessão de 2014.

Mas a ânsia do governo em impedir que concorram outros nomes viáveis, além do provável candidato tucano Aécio Neves - o que remeteria inevitavelmente a disputa ao face a face do segundo turno revela uma insegurança comparável à embutida no alerta de Rui Falcão.

Instalada no Planalto única e exclusivamente graças à fenomenal popularidade de seu patrono, que vendeu ao eleitorado o conto de fadas da competência superlativa da até então ministra da Casa Civil, a apadrinhada vestiu a faixa presidencial sem um objetivo nítido e definidor a guiar as suas ações - a marca de um governo, em suma.

Limitou-se à promessa de dar continuidade à obra do criador.

A presumível expert em questões da área elétrica, que entrou para o governo Lula pela porta do Ministério de Minas e Energia, perdeu a oportunidade histórica de acrescentar à herança recebida um compromisso central com a recuperação da esfrangalhada infraestrutura nacional - não apenas por seu óbvio impacto para a economia, mas para a sua imagem perante a população.

Explica-se:
à medida que passou a ter acesso ao mercado de bens e serviços, a "nova classe média" começou também a experimentar os efeitos da obsolescência de há muito deplorada pelos usuários de renda mais elevada de rodovias e aeroportos, por exemplo.

Uma Dilma "modernizadora" receberia a retribuição nas urnas.

Em vez disso, lidando aos trancos e barrancos com o problema e os eternos atrasos nas obras reparadoras, a presidente toma a falar em "tolerância zero", como se a ameaça movesse as máquinas paradas.

A verdade irretocável é que a administração federal se esfarela a olhos vistos, em larga medida - já não bastassem os seus vícios estruturais - pela forma como a presidente funciona. O seu, digamos, estilo de gestão é um entrave ao desempenho, que já não é lá essas coisas, de sua equipe.

Centralizadora, obsessivamente detalhista, Dilma quer saber de tudo e nada delega. Trata os subordinados com uma rudeza que inibe as aptidões que possam ter. "Todo mundo morre de medo dela", disse ao Valor um alto executivo, familiarizado com os bastidores do Planalto, ecoando o que é voz corrente em Brasília.

Um auxiliar da própria Dilma lembra que, depois de um primeiro ano de mandato praticamente perdido, ela fez saber, na primeira reunião ministerial de 2012, que governaria "como uma prefeita" e anunciou o monitoramento de todos os programas do Executivo.

Ela "questiona, pede correções, reorienta", descreve a chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Faltou dizer que isso faz os dias durarem 48 horas.

Parece uma forma perversa, de compensar a falta de um atributo que muda de figura o exercício do poder: 
a aptidão para liderar. 
 
Cada qual a seu modo, Fernando Henrique e Lula da Silva lideraram os seus governos.

No ano que vem, se o legado do petista for pouco para dar a Dilma o segundo mandato, sobrará para ele, em pessoa, a missão de reeleger o "poste".
 
Editorial do Estadão
 Vai sobrar para Lula
(VULGO CACHACEIRO PARLAPATÃO)
(camuflados)