"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

junho 17, 2010

ISTO NÃO É NORMAL.É DESTRAMBELHO MENTAL.




BELO MONTE EM ÁGUAS TURVAS - CARDEAL/PALOCCI CONTRATOS DE R$ 6 bilhões

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Renée Pereira e David Friedlander O Estado de S. Paulo
Às vésperas de firmar os últimos contratos para a hidrelétrica de Belo Monte, o governo assumiu o controle total do empreendimento

O comando da operação está com Valter Cardeal, diretor da Eletrobrás e homem de confiança da presidenciável Dilma Rousseff (PT), e Adhemar Palocci, diretor da Eletronorte e irmão do ex-ministro Antônio Palocci.
Eles articulam a formação final da empresa que vai explorar a hidrelétrica.


Desde o leilão, em abril, eles articulam a formação final da empresa que vai explorar a hidrelétrica por 35 anos. Nas mãos deles, está a escolha dos fornecedores de equipamentos, que envolve contratos de R$ 6 bilhões, e a contratação das empreiteiras para construir a usina, orçada pelo governo em algo como R$ 16 bilhões.
Ao todo, Belo Monte custará perto de R$ 25 bilhões.


A usina foi apresentada pelo Planalto como um projeto privado, ficando fora das regras de licitações de obras públicas. Na prática, porém, o governo entregou a concessão para si mesmo. Hoje, o único papel das oito empresas privadas, que ao lado da estatal Chesf formaram o consórcio Norte Energia e venceram o leilão, é participar de encontros semanais para tomar conhecimento das decisões do governo.

Comandados por Cardeal e Palocci, os encontros ocorrem todas as quintas-feiras, sempre à tarde.
O lugar não é fixo:
às vezes, ocorrem nos escritórios da Eletrobrás em Brasília ou no Rio de Janeiro e, de vez em quando, em um prédio da Vila Olímpia, em São Paulo.
José Aílton Lima, diretor da Chesf e presidente do consórcio, também participa, mas é o que menos interfere.


Do outro lado da mesa, os representantes da Queiroz Galvão, JMalucelli, Serveng, Contern, Galvão Engenharia, Mendes Júnior, Cetenco e Gaia apenas ouvem o resumo da semana. Antes do leilão, todos eles tinham pré-acordos com fornecedores.

Após a disputa, foram avisados que deveriam esquecer os arranjos e deixar tudo por conta da Eletrobrás.

"Quem lidera o processo são Eletrobrás, Eletronorte e Chesf, sócias das empresas privadas", diz Cardeal.

Essa submissão, que até agora fazia parte do jogo, começou a incomodar. Nos últimos dias, segundo fontes ligadas ao processo, representantes das empresas têm se queixado de que Cardeal e Palocci escondem deles informações estratégicas e suspeitam estar sendo passados para trás.

O ponto de discórdia está na definição de quem vai construir Belo Monte, terceira maior hidrelétrica do mundo. Como investidoras no empreendimento, as empresas do consórcio Norte Energia - quase todas da área de engenharia e construção - esperavam repartir entre elas as imensas obras civis da usina.
Por contrato, elas têm preferência para trabalhar na obra, desde que ofereçam o melhor preço.


Elas pensaram que já estava tudo certo quando, semanas atrás, Cardeal e Palocci começaram a falar da necessidade de ter ao menos uma grande empreiteira na obra.

De acordo com ele, algumas grandes construtoras já o procuraram, mas ainda não apresentaram propostas. Executivos ligados à Camargo Corrêa e à Odebrecht, no entanto, contam uma história diferente. Afirmam que eles é que foram procurados pela Eletrobrás e que já apresentaram uma proposta.

Camargo e Odebrecht diziam que a obra custaria R$ 30 bilhões e era inviável. A desistência provocou dúvidas sobre a realização do leilão.

Agora, para eles, a obra pode se tornar viável. Procuradas, Camargo, Odebrecht e Andrade preferiram não se manifestar oficialmente.

ELEIÇÕES :TEMPORADA DE AUMENTOS SALARIAIS.

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Ivan Iunes Correio Braziliense

Além do aumento para aposentados, a pressão provocada pelas eleições também levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a sancionar ontem projeto de reajuste de até 40% para funcionários da Câmara.

Alguns servidores receberão o teto constitucional, que é de R$ 27,7 mil. A sanção deve aumentar o lobby, feito pelos servidores do Senado, para que também seja aprovado o plano de cargos e salários da categoria.

A proposta ainda não foi a plenário, mas deve provocar um impacto de 8,5% na folha de pagamento da Casa, que é de R$ 2,2 bilhões. As duas propostas devem custar R$ 670 milhões por ano aos cofres públicos.
Na Câmara

Servidores terão reajuste médio de 15%, para concursados, e 33%, para comissionados, com impacto de R$ 500 milhões anuais nas contas da casa.

Alguns terão aumento de até 40%.


Funcionários terão direito a um adicional por especialização, que pode chegar a 30%, de acordo com o número de capacitações.
O acréscimo será feito de acordo com a carga horária dos cursos, feitos na própria Câmara.
O salário de um consultor, considerada a carreira mais elevada do Legislativo, saltará para R$ 22 mil.
O projeto já foi sancionado pelo Presidente da República.

No Senado

Em números, o impacto para as contas do Senado seria de 170 milhões.
A maior parte viria dos aumentos dirigidos aos concursados (R$ 130,4 milhões).
No caso dos consultores, a remuneração iria de R$ 14,9 mil para R$ 22,7 mil.
A proposta foi apresentada à Mesa Diretora e está pronta para ir à votação no plenário.