"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

novembro 03, 2014

QUEM BOM PARA O BRASIL DECENTE: OSSO DURO DE ROER OU Justiça nega à Petrobrás acesso a investigação sobre empreiteiras

O juiz federal Sérgio Moro negou acesso à Petrobrás ao inquérito que corre na fase pré-instrução de futuras ações penais sobre a responsabilidade das empresas e seus representantes e executivos no processo que apurou corrupção, lavagem de dinheiro e propina nas obras da Refinaria Abreu e Lima.

O magistrado determinou ainda que o Ministério Público Federal e a Polícia Federal sejam consultados sobre a solicitação de que o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa – réu da Operação Lava Jato – seja ouvido no âmbito de duas investigações administrativas internas, uma sobre Abreu e Lima, em Pernambuco, e outra sobre as obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

“Embora legítimo o interesse da empresa requerente, uma vez que tais inquéritos destinam-se a apurar a possível prática de crimes ocorridos em seu âmbito de atuação, o acesso prematuro pode prejudicar as investigações, já que compromete o necessário sigilo”, anota o magistrado, em decisão do dia 30.

Nela, Sérgio Moro também informa que só decidirá sobre os questionamentos feitos pela Petrobrás à Costa, depois que os procuradores e a polícia se pronunciarem. “Embora elogiável a atitude da empresa estatal, há investigações criminais em curso e que envolvem os mesmos fatos, com o que a intervenção prematura de uma investigação administrativa pode eventualmente ser prejudicial”, despachou o juiz da Lava Jato Ele deu prazo de cinco dias para as posições dos órgãos de investigação.

Nos questionários feitos pela Petrobrás, Costa é perguntado sobre o ex-presidente José Sérgi Gabrielli, sobre o ex-diretor de Internacional Nestor Cerveró e sobre contratos específicos, empresas, licitações e valores acordados de antecipação de pagamento.

LEMBRAM DO brasil maravilha dos farsantes 200/300% PREPARADO? POIS É: Déficit comercial de outubro é o maior para o mês desde 1998. Resultado negativo de US$ 1,177 bilhão supera a baixa de US$ 939 milhões obtida em setembro; no ano, déficit é de US$ 1,871 bilhão

A balança comercial do Brasil fechou outubro com déficit de US$ 1,177 bilhão - divulgou nesta terça-feira, 3, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Trata-se do pior resultado desde 1998 para o mês, tal qual aconteceu em setembro, quando foi obtido déficit de US$ 939 milhões. O saldo negativo no ano é de US$ 1,871 bilhão.

O resultado, no entanto, ficou melhor do que a mediana do mercado, segundo pesquisa do AE Projeções, serviço da Agência Estado. O levantamento que ouviu 14 instituições previa déficit de US$ 900 milhões a US$ 1,700 bilhão, com mediana negativa em US$ 1,350 bilhão. 

As exportações no mês somaram US$ 18,330 bilhões, com média diária de US$ 797 milhões. As importações totalizaram US$ 19,507 bilhões e tiveram média diária de US$ 848,1 milhões.

A quinta semana de outubro teve superávit de US$ 9 milhões, resultado de vendas externas de US$ 3,872 bilhões e importações de US$ 3,863 bilhões. 

As exportações no ano somam US$ 191,965 bilhões e as importações, US$ 193,836 bilhões. Os analistas do mercado financeiro, consultados pelo Banco Central para o boletim Focus, ainda estimam superávit comercial de US$ 2 bilhões em 2014. 

Ritmo de queda. 
As exportações brasileiras tiveram queda de 19,7% em outubro quando comparadas com a média diária de outubro de 2013. As vendas externas de manufaturados caíram 30,3% no período, principalmente porque no ano passado houve uma plataforma de petróleo que não se repetiu em outubro de 2014. 

Também houve recuo de óleos combustíveis, automóveis de passageiros e aviões. O grupo de básicos teve uma retração de 15,4%, queda puxada por soja em grão, minério de ferro, milho em grão e minério de cobre. Nos semimanufaturados, houve um recuo de 1%, principalmente, por conta de óleo de soja em bruto, ouro em forma semimanufaturada e açúcar em bruto. 

As vendas brasileiras em outubro para União Europeia caíram 40,4%, explicado principalmente pela plataforma de petróleo embarcada no ano passado. As exportações para a Ásia tiveram queda de 25%, sendo que para a China decresceu 43,8%. Para o Mercosul, o recuo foi de 22,2% e, para Argentina, de 35,9%. Os embarques no mês passado para os Estados Unidos caíram 0,3%.

Em alta, café e celulose. 
A exportação brasileira de café em grão no mês de outubro (23 dias úteis) alcançou 3,094 milhões de sacas de 60 kg, o que corresponde a uma elevação de 6,07% em relação a igual mês do ano passado (2,917 milhões de sacas). Em termos de receita cambial, houve crescimento de 51,6% no período, para US$ 643,8 milhões em comparação com os US$ 424,7 milhões registrados em outubro de 2013. 

Quando comparada com setembro passado, a exportação de café em outubro apresenta elevação de 12% em termos de volume - em setembro os embarques somaram 2,763 milhões de sacas. A receita cambial foi 16,02% maior, considerando faturamento de US$ 554,9 milhões em setembro passado.

No acumulado dos dez primeiros meses do ano, houve elevação de 25,7% na receita, que saiu de US$ 3,861 bilhões em 2013 para US$ 4,854 bilhões no mesmo período deste ano. O volume embarcado avançou 17,8%, de 23,917 milhões de sacas para 27,199 milhões de sacas nos primeiros dez meses deste ano.

As exportações de celulose alcançaram 1,095 milhão de toneladas em outubro, crescimento de 19,41% na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando os embarques somaram 917 mil toneladas. Houve um aumento de 20,1% no volume exportado em relação a agosto, quando foram embarcados 911,7 mil toneladas.

Em receita, a celulose exportada chegou a US$ 511,9 milhões no mês passado, uma alta de 6,2% na comparação anual. Em outubro de 2013, o Brasil vendeu o equivalente a US$ 482,2 milhões em celulose. Com relação ao mês anterior, houve um avanço de 16,6%.

Já o preço médio das exportações caiu 11,08%, de US$ 525,8 por tonelada em outubro de 2013 para US$ 467,5 no mês passado. Na comparação mensal, houve um recuo de 2,9% no preço praticado.

Estadão

TUDO SOB "CONTROLE" NO brasil maravilha DA VIGARISTA E O VELHACO ÉBRIO : Após aumento surpresa de juros pelo BC, analistas elevam projeção para Selic a 12% em 2015. Já a previsão para o crescimento da economia neste ano caiu de 0,27% para 0,24%

Economistas de instituições financeiras elevaram a estimativa para a Selic no fim de 2015 a 12%, sobre 11,5% previstos antes. Entre os analistas Top 5 — os que mais acertam a previsões — a mediana de médio prazo subiu de 12% para 12,25%, mostrou nesta segunda-feira a primeira pesquisa Focus do Banco Central com projeções coletadas após a reeleição da presidente Dilma Rousseff.


Na quarta-feira passada, O BC surpreendeu ao elevar a Selic em 0,25 ponto percentual, para 11,25%, numa decisão dividida e sob a justificativa de que os riscos para a inflação aumentaram. A alta foi bem recebida por agentes econômicos, que viram como sinal de mudança na política econômica no segundo mandato de Dilma. A pesquisa Focus levantou projeções até a última sexta-feira e, por isso, ainda deve mostrar mudanças nas contas.

O mercado em geral não mudou a estimativa mediana para a Selic em 2014, de 11%. Mas tomando-se a média das previsões, houve elevação, de 10,91% para 10,94%, o que mostra que ao menos parte dos analistas mudou sua expectativa para cima. No sistema do Focus, os agentes de mercado inserem suas estimativas a cada semana e há a possibilidade de parte deles não ter atualizado as projeções após a decisão do Copom. Entre os Top 5, a mediana de médio prazo saiu de 11% para 11,50%. Assim, esses analistas esperam mais um aumento de 0,25 ponto percentual na Selic este ano.

MAIS INFLAÇÃO EM 2015
O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC tem ainda mais uma reunião neste ano, em 2 e 3 de dezembro, para definir o futuro da Selic. Apesar da elevação do juro, não se espera um alívio na inflação. Enquanto as estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2014 permaneceram em 6,45% na estimativa do mercado em geral e em 6,49% entre os Top 5, a mediana para 12 meses à frente subiu de 6,37% para 6,38% e a de 2015 avançou de 6,30% para 6,32%. Os Top 5 também esperam inflação de 6,38% em 2015.

Alguns analistas consideraram que ao elevar o juro, o Copom respondeu a uma desvalorização cambial e seu possível impacto sobre uma inflação que beira o teto da meta de 6,5% no fim do ano. No Focus, a mediana das estimativas para o dólar subiu de R$ 2,40 para R$ 2,45 no fim de 2014 e de R$ 2,50 para R$ 2,55 no fim de 2015.

Enquanto esperam um juro maior, os analistas também veem uma atividade mais fraca. A estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano caiu de 0,27% para 0,24%. Para 2015, a previsão seguiu em 1%. Se confirmada a taxa, será a pior desde 2009, quando a economia do país encolheu 0,3%.

Já a estimativa para a produção industrial deste ano melhorou um pouco, embora ainda siga bastante negativa: 
saiu de queda de 2,24% para recuo de 2,17%. A previsão para 2015 seguiu em crescimento de 1,42%.

O Globo