"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

junho 14, 2013

Minha casa, minha caixa-preta

O Minha Casa, Minha Vida é um excelente programa.

Ficará melhor ainda quando entregar o que promete.
Poderá tornar-se quase perfeito se disser de onde vem o dinheiro que financia suas obras. Será louvado se deixar de ser usado como mera peça de campanha publicitária.

Tal como existe hoje, é uma caixa-preta.

O programa foi lançado há pouco mais de quatro anos.
Inicialmente, tinha como objetivo entregar 1 milhão de moradias.

Com Dilma Rousseff já na presidência, a meta dobrou. O governo afiança que a maior parte (60%) destina-se a famílias com renda de até três salários-mínimos, em que se concentra o grosso do déficit habitacional do país.

A despeito de ainda não ter cumprido o compromisso ao qual se propôs, o governo petista segue inflando suas metas. Os números parecem ganhar vida própria e vão surgindo aos borbotões. Agora, a promessa da presidente é fazer 3,75 milhões de habitações, conforme disse anteontem em Brasília.

Ela só não explicou como fará.

É meritório que intenções nobres como possibilitar a quem não tem teto adquirir sua casa própria cresçam e se multipliquem. O problema é quando tais pretensões se restringem a meros números vazios.

No Minha Casa, Minha Vida, as contas não fecham.
Sobra saliva e falta areia, concreto e brita.

Para inflar seu desempenho, o governo limita-se, na maior parte dos casos, a informar o número de unidades habitacionais "contratadas" e não as efetivamente "construídas". Como entre contratação, construção e ocupação vai muito cimento, a realidade acaba sendo bem distinta, e bem pior, que a expressa no discurso oficial.
São parcos os balanços sobre o programa e opaca a sua contabilidade. A partir da "Mensagem ao Congresso Nacional" enviada pela Presidência da República em fevereiro, fica-se sabendo que 1,05 milhão de unidades foram finalizadas. 

Destas, menos de um terço destinam-se às famílias mais pobres: 
das 1,2 milhão de unidades prometidas para esta faixa de renda, só 291 mil foram entregues. 

Este é apenas um dos problemas. 

Outro, que afeta muito mais gente, é a origem dos recursos que estão sendo usados para bancar as obras. O governo está simplesmente metendo a mão no FGTS dos trabalhadores para financiar as moradias, sem, contudo, ressarcir o fundo como deveria. Desde 2011 tem sido assim - nos dois anos anteriores, o ressarcimento foi apenas parcial. 

As dívidas do Tesouro com o FGTS já ultrapassam R$ 4,8 bilhões, em valores atualizados. Em 2012, do R$ 1,8 bilhão que o Tesouro deveria ressarcir, nada foi pago, mostrou O Globo anteontem. 

Além disso, desde abril do ano passado a União deixou de repassar ao fundo os recursos da contribuição extra de 10% paga pelas empresas em casos de demissões sem justa causa: 
só aí foram tungados mais R$ 2,8 bilhões, utilizados para ajudar a maquiar os resultados fiscais de 2012. 

Agora, o dinheiro do trabalhador também poderá vir a ser usado para financiar a compra de eletrodomésticos e mobiliário a juros camaradas. O governo não explica de onde virá a maior parte dos R$ 18,7 bilhões anunciados anteontem. 

Diz apenas que injetará mais R$ 8 bilhões na Caixa e, "enquanto durarem as operações", abrirá mão da maior parte de seus dividendos no banco - que renderam R$ 7,7 bilhões ao Tesouro no ano passado, segundo o Valor Econômico.

Além de gatunar o FGTS do trabalhador e ajudar o governo petista a inflar artificialmente o superávit fiscal, o Minha Casa, Minha Vida também é útil para anabolizar os resultados do Programa de Aceleração do Crescimento e tornar menos anêmicos os números relativos ao investimento público.

Dos R$ 557 bilhões que a gestão federal diz ter aplicado no PAC até hoje, 32% referem-se a financiamentos habitacionais concedidos no âmbito do programa. A continuar assim, é possível que as prestações que os mutuários pagarão às Casas Bahia para ter um fogão novo e uma TV digital logo, logo estarão engordando a contabilidade oficial da gestão Dilma...

O Minha Casa, Minha Vida é uma boa ideia que o governo do PT, infelizmente, tem se mostrado capaz de desvirtuar. O programa habitacional é uma verdadeira caixa-preta, sobre a qual não se sabe ao certo quantas famílias estão sendo beneficiadas, quantas moradias foram efetivamente construídas, de onde estão vindo os recursos, nem em quais condições. 

É mais uma boa intenção das quais o inferno está lotado.

Fonte: Instituto Teotônio Vilela 
Minha casa, minha caixa-preta

E NA LOJINHA 1,99 brasil marvilha DA GERENTONA DE NADA E COISA NENHUMA : O showroom do otimismo

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A fórmula é mais velha do que o Velho do Restelo.

Quando as coisas vão mal e não há intenção efetiva, muito menos competência para endireitá-las, resta o surrado traque de fazer uma bondade para jogar areia nos olhos dos descontentes e fazer uma maldade para jogar nas costas alheias a culpa pelo descontentamento.

Esses foram os movimentos que o preparador político da presidente Dilma Rousseff, o marqueteiro João Santana - o 40º ministro do atual governo, como é chamado por quem sabe de sua importância junto à titular do Planalto - a orientou a seguir para reerguer a popularidade abalada.

Nisso, ela foi rápida.

Três dias depois da publicação da pesquisa do Datafolha segundo a qual o nível de aprovação do governo caiu inéditos 8 pontos porcentuais e o favoritismo de Dilma para 2014 ficou 7 pontos menor, a presidente já estava a postos para lançar o eleitoreiro programa Minha Casa Melhor.

Trata-se da linha de crédito oferecida aos beneficiários do Minha Casa, Minha Vida, à razão de R$ 5 mil por família, para a compra de móveis e eletrodomésticos. Os juros foram fixados em 5% ao ano. O prazo para a quitação do empréstimo será de 48 meses.

Para , atender a cerca de 3,4 milhões de famílias, o Tesouro deverá desembolsar R$ 18,7 bilhões, com impacto óbvio sobre as contas públicas.

Montado em palácio o showroom do otimismo, conforme o roteiro traçado pelo marqueteiro da casa, Dilma deu especial atenção às mulheres - a parcela da população que se revelou, como seria de esperar, a mais insatisfeita com o governo por causa da carestia com que se defronta nas gôndolas do supermercado e nas barracas da feira.

Caprichando no coloquial a presidente celebrou a substituição do tanquinho, "que usa a energia braçal das mulheres", pela "máquina de lavar roupa automática". A troca, vai sem dizer, melhora a qualidade de vida das donas de casa. Mais difícil é explicar como isso pode poupá-las do desgastante encontro cotidiano com os preços remarcados.

A experiência própria é que lhes dirá – e a todos os brasileiros - de que valem as enfáticas juras da presidente sobre os rumos do custo de vida. "Não há a menor hipótese de que o meu governo não tenha uma política de controle e combate à inflação", entoou.

E caso alguém não tenha prestado atenção, repetiu:
"Não há a menor hipótese".
Só que o ponto não é bem. esse.

A realidade - e aí já não se trata de hipóteses - é que aquilo que ela entende por política anti-inflacionária até agora tem sido incapaz de acuar o dragão. O Banco Central aumentou os juros, más o descompasso entre o que deveria sair e o muito mais que sai dos cofres federais é um breve contra a estabilização dos preços.

Mas, evidentemente, Dilma estava ali para levantar o astral dos pessimistas com a evolução de seus rendimentos e as perspectivas do mercado de trabalho - uma coisa e outra captadas pelas recentes sondagens de opinião - e não para falar honestamente dos problemas e temores do povo.

Nessa hora é que entram em cena, no papel de inimigos do País, os críticos do governo, São os que ficam "azarando", como o Velho do Restelo dos Lusíadas, de Camões, que ao ver zarparem os navios de Vasco da Gama, em busca do caminho das índias, meneava a cabeça em desaprovação à "Vã cobiça".

Ou, na paráfrase da presidente, profetizava que "não vai dar certo", À parte a invocação do Velho do Restelo, ela nem sequer íbi original Lula já acusava os adversários de lançar "urucubacas" contra o Brasil.

O que desanima é constatar que esse palavrório desafiador ("O Velho do Restelo não pode, não deve e, eu asseguro para vocês, não terá a ultima palavra no Brasil") e a estudada estridência do seu enunciado parecem tudo o que Dilma tem a dizer seja aos eleitores que dela se distanciaram, seja aos que não se deixam levar pela retórica poliana do Planalto.

Entre esses se inclui pelo menos um dos interlocutores habituais da presidente. Ela não há de achar, por exemplo, que, aos 85 anos, o economista Delfim Netto seja um Velho do Restelo quando destoa publicamente da linha oficial

Mas que importa?
Bem que ela avisou que, "na eleição, podemos fazer o diabo".
E, para Dilma, a eleição está em pleno curso

O Estado de S. Paulo

SEM "MARQUETINGUE" ! ENQUANTO ISSO NO brasil maravilha dos farsantes ...BRASIL REAL : Comércio tem o pior abril em dez anos


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As vendas do comércio que ampararam a economia em 2012, já não avançam no mesmo ritmo. Em abril o crescimento foi de 1,6%, na comparação com igual mês do ano anterior. 

O indicador foi o pior para o mês de abril registrado na última década, revelou a Pesquisa Mensal do Comércio (PMG), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em março, o faturamento crescia ainda em patamar elevado, de 4,5%, em relação ao mesmo mês de 2012. Em abril de 2012 o comércio cresceu 6%. Mas, neste ano, o retorno da inflação não está permitindo que as vendas atinjam o mesmo ritmo de crescimento.

Comparado com março, o varejo cresceu 0,5% em abril, descontadas as influências sazonais. No primeiro quadrimestre, a alta acumulada foi de 3%, um resultado considerado "fraco", segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC).

Diante do desempenho dos quatro primeiros meses deste ano, a entidade reduziu de 5% para 43% a sua previsão de crescimento do setor em 2013. No ano passado, o comércio cresceu 8,4%, segundo cálculos do IBGE, inflação.

O aumento da inflação é apontado como o principal fator para o fraco desempenho do comércio varejista. A inflação atingiu especialmente o segmento de hipermercados e supermercados, em queda desde fevereiro, na comparação com o mês imediatamente anterior, segundo o IBGE. Em abril, para a mesma base de comparação, a retração foi de 0,5%.

"O preço está inibindo a compra nos supermercados. Como a população não pode deixar de comer, o que há é substituição de marcas caras pelas mais em conta. Isso pode estar afetando a receita dos supermercados", disse o gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Reinaldo Pereira.

Aliment0s.


As vendas de alimentos e bebidas surpreenderam Paulo Neves, economista da consultoria LCA Ele esperava um resultado melhor, por causa dos números da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e da Serasa Experian, que indicavam uma melhora de cenário.

Já a economista-chefe da Rosenberg & Associados, Thaís Zara, aposta que a inflação irá perder força e que as vendas de alimentos serão retomadas nos próximos meses. "No atacado, já teve desaceleração forte nos alimentos, que deve aparecer nos índices de inflação do consumidor neste mês", afirmou Thaís Zara. Nas contas da economista, o comércio irá crescer em torno de 6% em 2013.

"A expectativa é de que os dados relativos a maio revelem melhoria frente aos de abril, principalmente em virtude da desaceleração dos preços ao consumidor", previu o economista da Confederação Nacional do Comércio, Fabio Bentes.


Câmbio.

Embora a perspectiva dos economistas seja otimista para a inflação, outro fantasma começa a rondar o varejo câmbio, Para Reinaldo Pereira, do IBGE "caso a valorização do dólar permaneça, o quadro inflacionário no País irá piorar e terá repercussão no comércio".

Entre os segmentos que tendem a ser afetados pelo câmbio, estão os de hipermercados e supermercados, eletrodomésticos, informática e comunicação, tecidos, vestuário e calçados, segundo o IBGE. Os preços de vários alimentos, como o da soja, seguem as cotações em dólar no mercado internacional.

Além disso, Pereira ressalta que a alta da taxa básica de juros (Selic) tem influência direta nas vendas, como de automóveis, "Tudo que tem reflexo no crédito vai influenciar o comércio", afirmou.


Freio
"O preço está inibindo a compra nos supermercados. Como a população não pode deixar de comer o que há é substituição de marcas mais caras pelas mais em conta. Isso pode estar afetando a receita dos hipermercados e dos supermercados".

Reinaldo Pereira
Gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBG


Fernanda Nunes / Renan Carreira O Estado de S. Paulo

E O "QUERIDINHO" DA CANALHA AQUELE QUE LÊ HOJE OS JORNAIS DE 2015(retrato do brasil maravilha dos farsantes)... Império de dívidas. Grupo X já deve mais do que vale

O império de negócios criado ao longo de mais de uma década pelo empresário Eike Batista, de 56 anos, que abrange desde o ramo de petróleo e mineração até o mercado de entretenimento, está ameaçado por uma crise de credibilidade que vem contaminando os resultados das companhias do grupo com ações negociadas na Bolsa (OGX, OSX, LLX, MPX, MMX e CCX).

Além de perderem R$ 86 bilhões em valor de mercado desde outubro de 2010, quando viveram seu apogeu na Bolsa, o patrimônio líquido dessas seis empresas X - letra com a qual Eike batiza seus negócios - é insuficiente para cobrir o que as mesmas empresas devem "na praça".

Ou seja, numa situação extrema de falta de crédito no mercado, mesmo se o empresário vendesse por completo suas seis companhias pelo valor do patrimônio, que hoje soma R$ 18 bilhões, o dinheiro recebido seria insuficiente para cobrir as dívidas de R$ 18,8 bilhões com investidores, bancos privados e públicos.

Somente o BNDES concedeu R$ 10 bilhões ao empresário, sendo que, neste caso, uma parte já foi paga.

- Em empresas pré-operacionais, como as do Eike, endividamento alto é comum. Não quer dizer, no entanto, que esteja tudo bem. Ter dívidas altas não é um problema para empresas que têm uma geração de caixa e lucro constantes. Como não é o caso (das empresas do grupo de Eike), acho que elas não poderiam se dar a esse luxo - explica Hersz Ferman, economista da Elite Corretora.

Entre 2006 - quando a MMX lançou ações, a primeira empresa do grupo a abrir capital - e o fim do primeiro trimestre deste ano - e o primeiro trimestre deste ano, as seis companhias acumulam prejuízo de R$ 6 bilhões.

Ontem, numa tentativa de aliviar as preocupações do mercado com o endividamento de suas empresas, Eike anunciou a conclusão da reestruturação da dívida do grupo EBX, holding que controla todas as companhias. Num comunicado assinado pelo próprio Eike, o que não é comum no mercado financeiro, o empresário garantiu que restaram "somente dívidas com vencimento de longo prazo".

Em nota, disse ainda que não pretende mais vender ações da OGX, como ocorreu no mês passado para ajudar a reestruturar a dívida.

De bom vendedor a imagem de risco

Segundo Rogério Freitas, da Teórica Investimentos, a única maneira do grupo retomar a confiança do mercado é fazer com o que Eike saia da frente dos negócios.
- É uma pessoa só à frente de vários projetos grandes demais, que exigem investimentos grandes demais. O próprio Eike, no passado, guiou o mercado para uma visão superestimada do grupo. Ele soube vender bem os próprios negócios, como muitos bons empresários. Mas, agora, chegou-se a um ponto em que as ações das empresas são contaminadas por ele próprio. Ele tem que sair - afirma Freitas.

A recente parceria com André Esteves, fundador do BTG Pactual chamado para ajudar na gestão dos negócios, foi vista como uma tentativa de recuperar a credibilidade. Ontem, após o fechamento dos mercados, a MPX informou ainda que fechou um contrato financeiro de R$ 100 milhões com o BTG Pactual. Um analista identificou a operação como um empréstimo do banco à empresa.
Segundo informações no mercado, o empresário começa agora a se desfazer de parte de projetos, como o Hotel Glória, o restaurante Mr. Lam, além de ter já perdido o projeto de revitalização da Marina da Glória. O grupo nega que o Mr. Lam esteja à venda.

O tsunami que varreu as empresas de Eike, por muito tempo considerado queridinho do mercado, começou há um ano. No dia 27 de junho, a OGX, empresa de petróleo do grupo, divulgou ao mercado que a capacidade de produção de dois de seus poços no campo de Tubarão Azul, na Bacia de Campos, seria de apenas 5 mil barris diários cada, e não mais 20 mil como se previa anteriormente.

Mais do que uma simples revisão de cenário, a notícia foi recebida como uma quebra de confiança pelo mercado. Muitos dos investidores que aplicaram nas ações das empresas de Eike, em oferta públicas badaladas na Bolsa, começaram a se perguntar se o empresário realmente seria capaz de transformar seus projetos em resultados de fato.

- A confiança por parte dos investidores está abalada. A empresa (OGX) tem problema de caixa e precisa rever sua estratégia. A produção ainda está muito abaixo do esperado, e com isso acaba abalando as outras empresas do grupo EBX - destacou Luis Gustavo Pereira, estrategista da Futura Corretora.
De lá para cá, as seis empresas X negociadas na Bolsa viram seu valor de mercado cair de quase R$ 100 bilhões, em novembro de 2010, para R$ 12 bilhões, ontem. O próprio Eike Bastista, que se tornou uma celebridade do mundo dos negócios ao ser apontado como o oitavo homem mais rico do mundo pela revista Forbes, viu o sua fortuna pessoal encolher de US$ 34,5 bilhões para US$ 5,8 bilhões, segundo a agência Bloomberg News.

Para tentar conter o derretimento de seus negócios, Eike demitiu seus principais executivos ao longo dos últimos anos. E buscou até estratégias menos ortodoxas, como a de uma consultora esotérica, que recomendou inverter o sentido em que o sol rodava na logomarca da EBX, o que foi feito mês passado.

Ainda sim, a produção de petróleo da OGX vem caindo mês a mes desde janeiro. Em maio, foi de 6,8 mil barris por dia. Um analista, que prefere não se identificar, diz que com os resultados exploratórios da OGX ruins e caixa baixo, "está ficando difícil Eike encontrar um parceiro estratégico, um investidor para o grupo".


Na OSX, de construção naval, houve uma onda de demissões após a redução nas encomendas da OGX. Entre março e maio deste ano, foram dispensados 1.480 funcionários da Acciona, empresa contratada pelo estaleiro, segundo José Carlos Eulálio, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil e do Mobiliário no Estado do Rio de Janeiro (Sticoncimo-RJ). A OSX faz parte do porto do Açu, da LLX, que conta com 5,8 mil funcionários.

Ação da ogx foi negociada por menos de R$ 1

Com menos encomendas, a OSX vem passando por uma redução a ponto de sido obrigada a cancelar a construção de 11 navios-tanque da britânica Kingfish, em contrato conquistado em março do ano passado. A companhia ainda pediu a suspensão, em abril deste ano, do contrato com o Senai para a formação de 3.100 pessoas para trabalhar no Açu. "O cronograma dos novos cursos está sendo adequado às atuais circunstâncias".

Ontem, a MPX, de energia, informou que a sua sócia a alemã E.ON, que tem 24,5% das ações, indicou Frank Possmeier como novo vice-presidente da empresa. Além disso, a companhia afirmou que quatro dos sete diretores foram destituídos.

A holding EBX, por sua vez, já havia extinguido a sua diretoria de Sustentabilidade.


Ontem, as ações OGX ON foram negociadas abaixo de R$ 1 pela primeira vez na história, mas fecharam cotadas acima disso, a R$ 1,05, em leve alta de R$ 1%. Neste ano, essas ações registram baixa de 76%.

Já os papéis da CCX ON subiram 16,74%, a R$ 2,86, recuperando-se do tombo do dia anterior, com rumores de que adiaria seu fechamento de capital. LLX teve leve alta de 0,80%, MPX de 2,17% e MMX de 6,80%


O Globo