"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

janeiro 22, 2013

brasil maravilha dos FALSÁRIOS : Balança maquiada e desequilibrada

Está cada vez mais difícil confiar na contabilidade oficial. 
A gestão petista especializou-se em artifícios de toda sorte para maquiar seus maus resultados. 
Agora é a vez de a balança comercial ser manipulada.
Não fosse isso, o país poderia até ter apresentado déficit no seu comércio exterior em 2012.

A maquiagem está ficando explícita aos pouquinhos, na divulgação dos resultados semanais da balança neste primeiro mês do ano. O que começou com um rombo de US$ 100 milhões na primeira semana de janeiro, chegou a US$ 1,7 bilhão na terceira.

Trata-se de comportamento inédito em 18 anos de medições.

Na soma, as transações comerciais com o exterior acumulam até agora US$ 2,7 bilhões no vermelho, de acordo com informações divulgadas ontem pelo Ministério do Desenvolvimento. Mantida a tendência, a balança brasileira terá, neste janeiro, o pior resultado mensal verificado desde o início da série histórica da Secretaria de Comércio Exterior, iniciada em 1995.

Terão as condições piorado tanto, e de maneira tão repentina?
A resposta é não.

A explicação para o que está acontecendo com as transações de comércio exterior neste início de 2013 deve ser buscada no último trimestre de 2012, quando a Petrobras deixou de registrar suas importações de petróleo e derivados no sistema.

São estas operações que estão agora engordando as estatísticas da balança e inflando o déficit.

A postergação dos registros na contabilidade não tem nada de fortuito. Baseia-se numa decisão da Receita Federal, que passou a permitir, desde junho último, que a esta­tal registrasse suas operações de compra e venda de combustíveis até 50 dias após o desembaraço nas alfândegas.

Estima-se que a Petrobras tenha deixado de lançar algo como US$ 10 bilhões na conta das importações do país em 2012. As exportações, porém, foram todas computadas até o fim de dezembro. Com isso, o governo conseguiu manobrar para evitar que o saldo da balança comercial decaísse para terreno negativo no ano passado, como mostra
O Globo em sua edição de hoje.

A maquiagem pode até ter impedido o déficit em 2012, mas não evitou que a balança comercial brasileira exibisse seu pior desempenho em dez anos: o superávit foi de apenas US$ 19,4 bilhões, com queda de 34,8% sobre 2011.

Como se sabe, as ocorrências exotéricas nas estatísticas do comércio exterior brasileiro estão longe de ser caso isolado. As contas públicas foram objeto de manipulação muito mais grave na virada do ano, com objetivo de engordar o superávit fiscal e forjar a consecução da meta fixada para o ano.

Trata-se de lambança com a qual o PT conseguiu superar-se em criatividade e ousadia. O nefasto histórico inclui, ainda, as bilionárias transferências para o BNDES feitas ao longo dos últimos quatro anos e o encontro de contas feito com papéis da Petrobras - sempre ela - por ocasião da capitalização da empresa, em 2009.

As manobras levadas a cabo pela equipe econômica - seja com as bênçãos de Lula, seja agora com as de Dilma Rousseff - comprometem a credibilidade das informações divulgadas pelo governo federal e corrompem a necessária prestação de contas à sociedade. Ilustram, também, o desprezo petista em relação à transparência e a lisura que devem nortear a administração pública.

Se o partido que está no poder é capaz de todo tipo de maquiagem na contabilidade oficial para ludibriar os contribuintes, imagine o que não acontece de ainda pior por debaixo dos panos.

Fonte: Instituto Teotônio Vilela
Balança maquiada e desequilibrada

UM CACHACEIRO PARLAPATÃO PROMÍSCUO E APRENDIZ DE DÉSPOTA FRUSTRADO ACIMA DE QUALQUER SUSPEITA?

Luiz Inácio Lula da Silva se considera um cidadão acima de qualquer suspeita.
Mais ainda:
acha que paira sobre as leis e a Constituição.

Presume que pode fazer qualquer ato, sem ter que responder por suas consequências. Simula ignorar as graves acusações que pesam sobre sua longa passagem pela Presidência da República. Não gosta de perguntas que considera incômodas.

Conhecedor da política brasileira, sabe que os limites do poder são muito elásticos. E espera que logo tudo caia no esquecimento.

Como um moderno Pedro Malasartes, vai se desviando dos escândalos. Finge ser vítima dos seus opositores e, como um sujeito safo, nas sábias palavras do ministro Marco Aurélio, ignora as gravíssimas acusações de corrupção que pesam sobre o seu governo e que teriam contado, algumas delas, com seu envolvimento direto.

Exigindo impunidade para seus atos, o ex-presidente ainda ameaça aqueles que apontam seus desvios éticos e as improbidades administrativas. Não faltam acólitos para secundá-lo. Afinal, a burra governamental parece infinita e sem qualquer controle.

Indiferente às turbulências, como numa comédia pastelão, Lula continua representando o papel de guia genial dos povos. Recentemente, teve a desfaçatez de ditar publicamente ordens ao prefeito paulistano Fernando Haddad, que considerou a humilhação, por incrível que pareça, uma homenagem.

Contudo, um espectro passou a rondar os dias e noites de Luiz Inácio Lula da Silva, o espectro da justiça. Quem confundiu impunidade com licença eterna para cometer atos ilícitos está, agora, numa sinuca de bico.
O vazamento do depoimento de Marcos Valério - sentenciado no processo do mensalão a 40 anos de prisão - e as denúncias que pesam sobre a ex-chefe do gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, deixam Lula contra a parede.

O figurino de presidente que nada sabe, o Forrest Gump tupiniquim, está desgastado.

No processo do mensalão Lula representou o papel do traído, que desconhecia tratativas realizadas inclusive no Palácio do Planalto - o relator Joaquim Barbosa chamou de "reuniões clandestinas"; do mesmo modo, nada viu de estranho quando, em 2002, o então Partido Liberal foi comprado por 10 milhões, em uma reunião que contou com sua presença.

Não percebeu a relação entre o favorecimento na concessão para efetuar operações de crédito consignado ao BMG, a posterior venda da carteira para a Caixa Econômica Federal e o lucro milionário obtido pelo banco.

Também pressionou de todas as formas para que, em abril de 2006, não constassem do relatório final da CPMI dos Correios as nebulosas relações do seu filho, Fábio Luiz da Silva, conhecido como Lulinha, e uma empresa de telefonia.

No ano passado, ameaçou o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. Fez chantagem. Foi repelido. Temia o resultado do julgamento do mensalão, pois sabia de tudo. Tinha sido, não custa lembrar, o grande favorecido pelo esquema de assalto ao poder, verdadeira tentativa de golpe de Estado.

A resposta dos ministros do STF foi efetuar um julgamento limpo, transparente, e a condenação do núcleo político do esquema do mensalão, inclusive do chefe da quadrilha - denominação dada pelo procurador-geral da República Roberto Gurgel - sentenciado também por corrupção ativa, o ex-ministro (e todo poderoso) José Dirceu, a 10 anos e 10 meses de prisão.

Para meio entendedor, meia palavra basta.

As últimas denúncias reforçam seu desprezo pelo respeito às leis. Uma delas demonstra como sempre agiu. Nomeou Rosemary Noronha para um cargo de responsabilidade. Como é sabido, não havia nenhum interesse público na designação. Segundo revelações divulgadas na imprensa, desde 1993 tinham um "relacionamento íntimo" (para os simples mortais a denominação é bem distinta).

Levou-a a mais de duas dúzias de viagens internacionais - algumas vezes de forma clandestina -, sem que ela tenha tido qualquer atribuição administrativa. Nem vale a pena revelar os detalhes sórdidos descritos por aqueles que acompanharam estas viagens.

Tudo foi pago pelo contribuinte.

E a decoração stalinista do escritório da Presidência em São Paulo?
Também foi efetuada com recursos públicos.
E, principalmente, as ações criminosas dos nomeados por Lula - para agradar Rosemary - que produziram prejuízos ao Erário, além de outros danos?
Ele não é o principal responsável?
Afinal, ao menos, não perguntou as razões para tais nomeações?

Se isto é motivo de júbilo, ele pode se orgulhar de ter sido o primeiro presidente que, sem nenhum pudor, misturou assuntos pessoais com os negócios de Estado em escala nunca vista no Brasil. E o mais grave é que ele está ofendido com as revelações (parte delas, registre-se: e os 120 telefonemas trocados entre ele e Rosemary?).

Lula sequer veio a público para apresentar alguma justificativa. Como se nós, os cidadãos que pagamos com os impostos todas as mazelas realizadas pelo ex-presidente, fôssemos uns intrusos e ingratos, por estarmos "invadindo a sua vida pessoal".

Hoje, são abundantes os indícios que ligam Lula a um conjunto de escândalos. O que está faltando é o passo inicial que tem de ser dado pelo Ministério Público Federal: a investigação das denúncias, cumprindo sua atribuição constitucional.

Ex-presidente, é bom que se registre, não tem prerrogativa de estar acima da lei. Em um Estado Democrático de Direito ninguém tem esse privilégio, obviamente. Portanto, a palavra agora está com o Ministério Público Federal.

Marco Antonio Villa  
Um cidadão acima de qualquer suspeita

E NO brasil maravilha DOS FALSÁRIOS ... Calote e endividamento colocam crédito em xeque. Plano do governo de elevar empréstimo dos bancos está ameaçado


 A inadimplência dos correntistas acima de 7% e o elevado nível de endividamento das famílias devem atrapalhar os planos do governo de acelerar a concessão de crédito nos bancos privados, conforme antecipou O GLOBO na segunda-feira, para dar mais combustível à atividade e aumentar o crescimento da economia. 
Para analistas, o impulso desejado pelo governo nos empréstimos virá apenas com a acomodação do calote e uma expansão maior da economia, que garanta a manutenção do nível de emprego e renda.

Embora tenha recuado de 7,92%, em outubro, para 7,79% em novembro, a taxa de inadimplência atrasos acima de 90 dias para a pessoa física medida pelo Banco Central (BC) ainda está muito alta e longe do seu ponto mais baixo desde a crise, de 5,68%, registrados em dezembro de 2010.

Não adianta dar crédito para pessoa física se você tem a inadimplência em alta. Os bancos ficaram mais receosos de dar crédito diz Luiz Miguel Santacreu, analista da Austin Rating.

Economista-chefe da Serasa Experian, Luiz Rabi, concorda e ressalta que, mesmo que a inadimplência recue nos próximos meses, como sinalizam os indicadores, a demanda por crédito não deve reagir na mesma intensidade verificada em 2009 e 2010, quando o volume de financiamentos crescia a 20%.

Pelo último dado da série do BC, as operações de crédito do sistema financeiro cresceram 13,8% até novembro sobre o mesmo período de 2011. Uma expansão modesta, de pouco mais de 1% no crédito em dezembro, estima Rabi, deve fazer com que o saldo feche o ano de 2012 com alta próxima de 15%.
 
 Este ano, é provável que o crescimento das carteiras fique acima desse patamar, mas não vamos voltar à casa dos 20% de crescimento afirma o economista da Serasa Experian.

Além de aguardar que a inadimplência recue a um patamar mais adequado, o setor bancário deve se pautar pela cautela, até porque vai buscar a taxa de juros adequada de financiamento para diferentes tipos de clientes, observa Ricardo Kovacs, analista sênior do grupo de instituições financeiras da agência de classificação de risco Moodys.

Com as provisões contra o calote ainda muito altas e os juros em queda, lembra Kovacs, os bancos estão trabalhando com margens menores.

Os bancos estão financiando uma parcela menor do valor do bem, como por exemplo os automóveis. Por isso, é de se esperar que nos próximos 12 ou 18 meses se tenha crescimento também menor das carteiras, na comparação com 2011 e 2012 prevê o analista.


Expansão imobiliária não ajuda

Mesmo a forte expansão do crédito imobiliário acima de 30% e que deve passar o crédito ao consumo não será suficiente para retomar o ritmo de dois anos atrás. Nesse segmento de crédito, o endividamento das famílias, que em dezembro comprometia 44,53% da renda obtida nos últimos 12 meses, em média, pesa negativamente.

Não adianta fomentar o financiamento imobiliário se o consumidor já está endividado, e a inflação em alta ainda ajuda a reduzir sua renda disponível. Por isso, os bancos estão olhando com muita acuidade para riscos em empréstimos a partir de R$ 1 mil, para que possam saber como está a saúde do sistema financeiro diz Rabi.

Em seu último relatório, a agência de classificação de risco Fitch também avalia que o cenário de juros em baixa e inadimplência em alta sinaliza expansão mais moderada do crédito no país.

Essa postura mais cautelosa por parte das instituições privadas fica evidente quando se olha a evolução de seus balanços até setembro (último dado disponível), em meio à ofensiva dos bancos públicos e dos juros em queda.

Nos nove primeiros meses de 2012, enquanto as carteiras de crédito do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal ostentavam taxas de crescimento de 18,4% e 44%, respectivamente, ante igual período de 2011, no Itaú Unibanco os empréstimos cresciam 7,3%, e no Bradesco, de 9,2%. 
No mesmo período, tomando uma amostra de 24 instituições públicas e privadas, as receitas com crédito avançaram 7,1%, para R$ 221 bilhões, sobre os nove primeiros meses do ano anterior, enquanto as despesas com provisões cresceram 31,7%, atingindo R$ 61,7 bilhões.

Procurada, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) não quis se pronunciar sobre a nova cobrança do governo para que as instituições acelerem a concessão de crédito.


Paulo Justus  /O Globo

SEM "MARQUETINGUE" ! "É NA MARÉ BAIXA QUE VEMOS QUEM NADA PELADO" : Importação represada da Petrobras eleva déficit comercial a US$ 2,7 bi. Compras da estatal podem levar balança a pior resultado em 19 anos.


Influenciada pelo registro tardio das importações de petróleo e derivados realizadas pela Petrobras, a balança comercial brasileira já registra um déficit de US$ 2,7 bilhões nas três primeiras semanas de janeiro, informou ontem o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. 

Se não houver um superávit nas próximas duas semanas, o saldo negativo será o maior para o mês de janeiro nos últimos 19 anos, ou seja, desde o início da série histórica, em 1995. Só na semana passada, a balança ficou deficitária em US$ 1,723 bilhão, o pior resultado semanal desde janeiro de 1998.

Os dados divulgados nesta segunda-feira mostram que, no acumulado em 12 meses, , as exportações caíram 26% e as importações subiram 7,2% em janeiro, frente a igual período até dezembro de 2012. No acumulado do mês, os embarques somaram US$ 9,493 bilhões, queda de 0,5% em comparação com janeiro de 2012. As compras externas, de US$ 12,194 bilhões, cresceram 18,3%.

Analistas privados preveem uma contabilização na balança comercial, de forma diluída, de entre US$ 6 bilhões e US$ 10 bilhões em importações de combustíveis e lubrificantes ao longo dos primeiros meses do ano. As compras ocorreram em outubro, novembro e dezembro, mas não entraram integralmente no Sistema Integrado de Comércio Exterior. Pelo números atualizados até semana passada, a aquisição desses produtos no exterior teve acréscimo de 51,9%. Outros itens que se destacam nas importações são insumos para a indústria química, farmacêuticos, químicos e plásticos.

A defasagem no registro de importações da Petrobras foi possível graças a uma instrução normativa da Receita Federal, que deu mais tempo para a estatal contabilizar as operações. O governo nega manipulação dos números da balança, mas a medida ajudou o comércio exterior brasileiro a fechar 2012 com superávit de US$ 19,4 bilhões. Segundo especialistas, se não fosse isso, o saldo seria negativo.

Petróleo é 'ponto fora da curva', segundo Funcex

O fraco desempenho das exportações em janeiro deveu-se, principalmente, à redução dos embarques de soja em grãos, petróleo em bruto, óleos combustíveis, motores para veículos, aviões, bombas e compressores, calçados e autopeças. Em relação a dezembro, a queda foi de 26%.

De acordo com o economista-chefe da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), Rodrigo Branco, normalmente janeiro é um mês abaixo da média, em termos de comércio exterior. No entanto, a questão do petróleo é um ponto fora da curva que chama a atenção do mercado:

Todos aguardam o volume e o valor importados de combustíveis e lubrificantes, e se o registro será diluído ou de uma só vez nas últimas semanas.

O economista disse já ter ouvido que o valor de petróleo e derivados a ser registrado é da ordem de US$ 6 bilhões. Acrescentou que, do lado das exportações, pesou o fato de a safra de grãos ainda não ter sido colhida e, portanto, os embarques de produtos agrícolas e do complexo soja ainda não começaram este ano.

O presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil, José Augusto de Castro, acredita que o que precisa ser registrado pode chegar a US$ 10 bilhões. E alertou para o fato de que as importações de combustíveis e lubrificantes feitas nas três primeiras semanas do mês, em torno de US$ 2,8 bilhões, estão no mesmo patamar do que foi registrado em todo janeiro de 2012.

Procurada, a Petrobras não quis comentar os números das importações de petróleo e derivados este mês.