"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

julho 10, 2013

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Ladeira abaixo

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O clamor das ruas desviou um pouco a atenção sobre a péssima situação que atravessa a economia brasileira. Passados os momentos mais feéricos, porém, os desequilíbrios começaram a aflorar e a mostrar-se evidentes, deixando claro que a perspectiva do país é hoje bastante desfavorável.

Diferentemente de outros períodos recentes, o Brasil hoje destoa negativamente do resto do mundo:
por quaisquer ângulos que se observe, estamos nos saindo pior que as demais nações. Ontem, o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou previsões para a economia nas quais figuramos como o patinho feio da turma.

A expectativa para a expansão global caiu de maneira generalizada.
O Brasil foi, contudo, o país que teve a maior reversão: a previsão para este ano baixou de 3% para 2,5% e, para 2014, de 4% para 3,2%.

Ainda assim, o FMI pode estar sendo otimista demais com o Brasil.
As previsões colhidas pelo Banco Central por meio do boletim Focus projetam expansão de apenas 2,34% para o PIB brasileiro em 2013 e de 2,8% em 2014.

Além do crescimento medíocre, o Brasil tem uma salada de problemas a enfrentar: inflação renitentemente alta, juros em elevação na contramão do mundo, câmbio em rápida desvalorização e contas externas em petição de miséria.

Talvez tarde demais, o país está se dando conta de que o modelo que vem sendo exaustivamente aplicado pela gestão petista já deu o que tinha que dar. Estímulos ao consumo e gastos públicos em alta desabrida sem a devida contrapartida de investimentos e de aumento de poupança levaram o Brasil a uma incômoda convivência com a inflação.

"Sem reformas (tributária, no mercado de trabalho, previdenciária) e aumento da taxa de investimento, o país não ampliou, durante a fase de bonança (até 2010), seu potencial de expandir a atividade produtiva sem gerar pressão sobre os preços. A inflação elevada é uma herança da falta de conserto dos defeitos estruturais. Isso inclui uma política fiscal muito expansionista para isolar o Brasil da crise”, sintetiza
 O Globo.


Se confirmadas as piores previsões, a média de crescimento do governo Dilma será de pífios 2,2%, a mais baixa desde Fernando Collor. Considerando o ritmo de aumento da população, a evolução do produto per capita desde 2010 está em 1,2% ao ano.

A esta velocidade, demoraremos seis décadas para alcançar a renda per capita atual da Grécia – um paradigma, convenhamos, nada desejável.

Hoje, o Copom define a nova taxa básica de juros da economia.
Como a inflação não deu folga e, agora, o dólar também passou a pesar para turvar o horizonte, a perspectiva é de alta de 0,5 ponto percentual, o que elevaria a Selic a 8,5% ao ano.

Com isso, o Brasil deve reassumir a vice-liderança no ranking mundial de juros reais, perdendo apenas para a China. Uma das consequências é que o consumo, já em processo de acomodação, vai esfriar ainda mais, freando mais ainda o desempenho do PIB. Parece que estamos mesmo num beco sem saída...


A esta salada indigesta, Dilma Rousseff juntou mais um ingrediente:a instabilidade política, decorrente da erosão da sustentação do seu governo pelos aliados e dos erros cometidos em série por ela.

A presidente da República insiste em iniciativas que não resolvem nenhum dos nossos problemas, como a natimorta constituinte, o recém-sepultado plebiscito e o programa mal-ajambrado que vai botar mais médicos nos nossos hospitais... mas só daqui a oito anos.

Assim não há risco de dar certo.


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Este e outros textos analíticos sobre a conjuntura política e econômica
estão disponíveis na página do
Instituto Teotônio Vilela

E COM A "MAIS PREPARADA 1,99"... Inflação da baixa renda ganha força em junho, diz FGV

O Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), que mede a variação de preços para famílias com renda de até 2,5 salários mínimos mensais, subiu 0,33% em junho, ante 0,18% em maio, informou a Fundação Getulio Vargas nesta quarta-feira (10).

O indicador acumula alta de 3,03% no ano e, 6,43%, nos últimos 12 meses. O teto da meta de inflação do governo federal, que utiliza o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, do IBGE, como base, é de 6,5%.

Em junho e no acumulado em 12 meses, a inflação das famílias de menor renda ficou abaixo da média. Isso porque os preços medidos pelo IPC-BR (das famílias com renda de até 33 salários) subiram 0,35% no período e acumulam alta de 6,22% em 12 meses.

Dos oito grupos de despesa que integram o cálculo do índice, cinco apresentaram acréscimo em suas taxas de variação:
transportes (de -1,02% para 0,88%);
habitação (de 0,29% para 0,67%);
comunicação (de -0,16% para 0,29%);
educação, leitura e recreação (de 0,12% para 0,31%) e
despesas diversas (de 0,17% para 0,29%).

Denro desses grupos, os destaques ficaram com as variações de preços de tarifa de ônibus urbano (de -1,69% para 1,53%),
tarifa de eletricidade residencial (de -1,33% para 0,83%),
tarifa de telefone residencial (de -0,53% para 0,00%),
passeios e férias (de -2,41% para 1,73%)
e serviço religioso e funerário (de 0,07% para 0,88%).

Na contramão, registraram decréscimo em suas taxas de variação os grupos alimentação (de 0,26% para -0,22%);
saúde e cuidados pessoais (de 0,74% para 0,39%);
e vestuário (de 0,87% para 0,51%).

Nestas classes de despesa, as principais influências partiram dos itens: hortaliças e legumes (-1,20% para -6,60%),
medicamentos em geral (1,30% para 0,22%)
e roupas (1,13% para 0,75%), nesta ordem.


G1

Saídas de dólares superam entradas em US$ 780 mi na primeira semana do mês

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O mês de julho começou com saldo negativo das entradas e saídas de dólares do país. De acordo com dados divulgados hoje (10) pelo Banco Central (BC), nos cinco dias úteis da semana passada, o saldo ficou negativo em US$ 780 milhões.

A saída de dólares permanece maior do que a entrada, como registrado em junho (saldo negativo de US$ 2,636 bilhões).

De janeiro até a primeira semana de julho, o saldo do fluxo cambial ficou positivo em US$ 8,754 bilhões, com resultado negativo do segmento financeiro em US$ 8,687 US$ bilhões e positivo do comercial, em US$ 17,441 bilhões.

Na primeira semana de julho, o resultado negativo veio do segmento financeiro (investimentos em títulos, remessas de lucros e dividendos ao exterior e investimentos estrangeiros diretos, entre outras operações), US$ 1,362 bilhão.

O fluxo comercial (operações de câmbio relacionadas a exportações e importações) registrou saldo positivo de US$ 582 milhões, na semana passada. No último dia 3, o BC eliminou as restrições de prazos para que os exportadores financiem pagamentos antecipados.

Antes, os exportadores que quisessem antecipar o recebimento das receitas com as vendas para o exterior poderiam pegar empréstimos de até cinco anos. O BC derrubou esse limite, permitindo que financiamentos de prazos mais longos sejam concedidos. A medida aumenta a oferta de dólares no mercado, empurrando a cotação para baixo.

De acordo com os dados do Banco Central, as operações de pagamento antecipado ficaram em US$ 798 milhões, na primeira semana de julho. As operações de Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC) chegaram a US$ 690 milhões. Esses valores estão incluídos nas exportações, que totalizaram US$ 4,027 bilhões. As importações ficaram em US$ 3,445 bilhões, na primeira semana de julho.

Além dessa medida para estimular a entrada de dólares no país e, com isso, ajudar a reduzir a cotação da moeda, o BC retirou o depósito compulsório sobre a posição vendida de câmbio. Com a medida, os bancos deixaram de recolher à autoridade monetária parte dos valores aplicados em apostas de que o dólar vai cair.

O BC também tem feito operações de swap cambial tradicional, equivalente à venda de dólares no mercado futuro, para tentar suavizar a alta do dólar.

Há mais de um mês, o mercado financeiro global enfrenta turbulências por causa da perspectiva de que o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, reduza os estímulos monetários para a maior economia do planeta.

Se a ajuda diminuir, o volume de moeda norte-americana em circulação cai, aumentando o preço do dólar em todo o mundo.


Agência Brasil

NOVOS TEMPOS ! HORA DE VERDADES : O "HOMI" DE 2015 DO brasil maravilha DOS FARSANTES. DE QUERIDINHO E EXEMPLO, SE TORNA "POBREMA" : Com Eike na mira

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As empresas de Eike Batista, estão sendo escrutinadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM, que já abriu 16 ou 17 apurações contra o grupo EBX nos últimos meses. 


Segundo um executivo com conhecimento do assunto, o órgão regulador quer descobrir se empresas do conglomerado, incluindo a petroleira OGX, divulgaram comunicados com informações corretas ao mercado. As apurações antecedem as investigações, que podem levar à abertura de processos e a punições.

Atualmente, há dois processos em andamento contra Eike na autarquia. Um deles apura possível violação legal nas declarações de Eike e José Olympio Pereira, executivo do Credit Suisse, por ocasião da oferta inicial de ações da OGX, em junho de 2008. O outro se refere à divulgação de informações pelo empresário e executivos das empresas, como o ex-diretor financeiro do grupo EBX, Otavio Lazcano.

A CVM ficou mais alerta à situação do grupo após a renúncia dos três conselheiros independentes da OGX, os ex-ministros Pedro Malan (Fazenda) e Rodolpho Tourinho(Minas e Energia) e a ex-presidente do Supremo Tribunal FederalEllen Gracie. “Isso mostra que a situação é grave”, disse a fonte.

Paralelamente, foi criada na semana passada a União dos Acionistas Minoritários das Empresas X (Unax) para unificar a comunicação com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), a CVM e auditorias externas independentes. Os minoritários não descartam tomar medias judiciais contra Eike.
Correio Braziliense