"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

junho 29, 2012

VERSO /REVERSO SEM "MARQUETINGUE" : AVALIAÇÃO DO "governo" DA NADA E COISA NENHUMA NAS POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO/SAÚDE/IMPOSTOS PIORARAM.

A avaliação positiva das políticas de juros do governo Dilma Rousseff chegou a 49% em junho, 16 pontos percentuais acima do registrado em março, quando setor teve 33% de aprovação, de acordo com pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta sexta-feira.

Segundo o levantamento, o desempenho é decorrente da redução da taxa básica de juros pelo governo. Pela primeira vez desde o início da gestão Dilma, a avaliação positiva do quesito é superior à negativa. A desaprovação nesse quesito caiu de 55%, em março, para 41%, em junho.

Os pesquisados também apontaram a melhora nos segmentos de impostos e combate à inflação. A aprovação da política relacionada à inflação passou de 42%, em março, para 46%, em junho.

Ainda assim, a desaprovação desse quesito ainda é superior à avaliação positiva: 47%.

Já a política de impostos recebeu avaliação negativa de 61% dos entrevistados contra a aprovação de 31%.

Por outro lado, a avaliação das políticas de educação do governo Dilma Rousseff piorou em junho, segundo a pesquisa. Os dados apontam que a desaprovação desse setor passou de 47%, em março, para 54%, em junho um aumento de (7) sete pontos percentuais.

O segmento de saúde continua sendo aquele com maior taxa de desaprovação entre os entrevistados pela pesquisa:
63% desaprovaram a área de saúde em março ante 66% em junho.


(Daniela Martins / Valor)

Pela primeira vez desde a criação, poupança terá rendimento menor que 0,50% ao mês


Pela primeira vez desde que foi criada, em 1861, a caderneta de poupança terá rendimento menor que 0,50% ao mês, em razão da mudança na regra de remuneração. Os depósitos feitos a partir de 4 de maio, quando a nova fórmula passou a valer, vão render 0,48% nas poupanças com vencimento em 1º de julho, enquanto as poupanças antigas terão rentabilidade de 0,50% no mesmo período. Apesar da redução, a aplicação ainda é competitiva frente a fundos de investimento.

Os fundos DI (pós-fixados) renderam 0,55% em junho, segundo dados da Associação Nacional das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) até o dia 26, enquanto os fundos de renda fixa (prefixados) renderam 0,54%. O valor desconta a taxa de administração, mas não a alíquota de Imposto de Renda. No ano, o rendimento foi de 4,67% e 5,45%, respectivamente.

É a primeira vez que as novas poupanças rendem menos que 0,5%, mas mesmo com a remuneração menor a aplicação continua competitiva em relação a fundos de investimento afirma o administrador de investimentos Fabio Colombo.

Com a redução da taxa Selic para 8,5% ao ano em 30 de maio, passou a valer a nova remuneração da poupança, que corresponde a 70% da Selic. Se a taxa básica de juros ficar acima de 8,5%, volta a vigorar a regra antiga (0,5% mais TR).

A nova poupança não provocou nenhuma ruptura no modelo de alocação dos investimentos para a sociedade. Não teve nenhum movimento de fuga de depósitos para outras aplicações financeiras destaca o professor de Finanças do Ibmec Rio Gilberto Braga.

Em junho, a melhor aplicação financeira foi o fundo FGTS-Vale, que rendeu 5,89%. Apesar do bom desempenho no mês, no entanto, o ganho no ano ainda é baixo: de 2,87%. Já os trabalhadores que destinaram parte dos recursos do FGTS para ações da Petrobras amargam perda expressiva no mês (6,37%) e no ano (17,93%), também segundo a Anbima. As ações da estatal continuam sofrendo pela diferença entre o preço do petróleo no mercado internacional e o do combustível no mercado doméstico, apesar do reajuste anunciado na semana passada.

O otimismo do mercado ontem com o anúncio do acordo dos líderes da zona do euro ajudou a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) a praticamente zerar as perdas no mês, fechando com queda de apenas 0,25%. Ainda assim, especialistas são cautelosos com a expectativa para o mercado em julho.

Hoje (ontem) saiu o acordo da Europa e o mercado se animou, mas é preciso ver se isso vai ter fôlego. A gente vem de meses fracos, então qualquer coisa pode animar, mas é necessário ver como será a reação nos próximos dias diz Colombo.

O Globo