"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

maio 12, 2011

ANIMADOR? RSRSRS... AGORA SIM! O INDIVÍDUO ASSUME A SUA CONDIÇÃO DE ÉBRIO PALRADOR ,TRUÃO E FARSANTE .

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dá palestra na manhã desta quinta-feira em evento fechado da cervejaria AmBev no resort Costa do Sauípe, no litoral da Bahia.

A multinacional o contratou para animar uma reunião de executivos brasileiros e de outros países da América Latina. Segundo a assessoria do ex-presidente, a participação não foi divulgada a pedido da empresa, que desejaria “fazer uma surpresa” a seus convidados. O valor do cachê também não foi informado.

No Brasil, estima-se que Lula tem cobrado cifras em torno de R$ 200 mil por cada palestra remunerada, com tempo médio de 40 minutos.

Em geral, ele alterna uma apresentação elogiosa do seu governo com piadas e referências à empresa que o convidou. À noite, Lula é esperado na festa de aniversário do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP), onde iniciou a carreira política.

Bernardo Mello Franco/Folha Online

ILUSIONISMO E MENTIRA


A gestão Dilma Rousseff quer vender a ideia de que é capaz de governar com o gogó. Faz isso tanto no caso dos preços dos combustíveis, quanto na relação ambígua que estabelece com as prefeituras.
Apela ao ilusionismo, em lugar de mostrar transparência, executar ações e cumprir compromissos.


Nesta semana, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, saiu a campo para ser porta-voz de uma mistificação. Cumprindo ordem da presidente da República, disse que jogaria o peso da BR Distribuidora para "forçar" os postos a "derrubar" os preços da gasolina e do etanol cobrados ao consumidor - e, assim, ajudar a segurar a inflação. Queria que acreditássemos que o mercado curva-se a todo-poderosas determinações de Brasília.

Quando Lobão abriu a boca na segunda-feira - depois de meses vendo os custos e a inflação escalarem - os preços dos combustíveis já vinham em queda livre. Obedeciam a uma lei tão simples quanto eficaz: a de oferta e procura.

Com o fim da entressafra de cana-de-açúcar, os valores cobrados pelos usineiros caíram com força nas últimas semanas. Desde o momento de pico, no fim de março, o etanol hidratado já diminuiu 60% nas usinas, enquanto o preço do anidro baixou quase 30%.

No atacado, a queda também já vem acontecendo. Segundo a Fecombustíveis, que reúne os revendedores de combustíveis, desde a semana passada os postos BR em todo o país receberam o litro do etanol com redução média de 12%.
No preço da gasolina - que leva 25% de álcool anidro em sua composição - a queda foi de 5,7%, em média.


Coincidência ou não, Lobão disse ontem que os preços nas bombas cairão - aqui o verbo é no futuro - entre "6% e 10%". Ou seja, praticamente os mesmos percentuais que já caíram - aqui o verbo é no passado - no atacado. O governo petista "anunciou" o que naturalmente já vinha acontecendo.

As declarações de Lobão podem ser inócuas, mas não são, infelizmente, inofensivas. Fragilizam ainda mais a governança de uma instituição pública como a Petrobras, dona da BR, manipulada ao bel-prazer de Brasília.
Jogam mais incerteza no mercado de combustíveis e desincentivam a entrada de novos concorrentes. Quem se aventurará onde o Estado quer se mostrar manda-chuva?


Também na base da empulhação, o governo do PT tratou os prefeitos que marcharam a Brasília nesta semana - o encontro, com mais de 2 mil autoridades municipais, encerra-se hoje. Na terça-feira Dilma foi ao encontro da turma, mas lá só lhes vendeu vento.

Os municípios queriam a ampliação de prazo para usar os restos a pagar de Orçamentos passados; a regulamentação da emenda 29, que disciplina o repasse de verbas para a saúde; e a derrubada do veto do ex-presidente Lula à distribuição equânime dos royalties do petróleo. Não levaram nada disso.

Anteontem, Dilma só anunciou a liberação imediata de R$ 520 milhões para obras em andamento nos municípios e prometeu maior celeridade na liberação de verbas de convênios, além de um plano de saneamento em cidades de menor porte. O pacote que os prefeitos pleiteavam beirava R$ 28 bilhões.

Fica claríssimo que ao governo do PT interessa manter os municípios de joelhos. Ainda mais quando se sabe que as transferências constitucionais ou voluntárias representaram 68% do total das receitas de que as prefeituras dispõem.

Tanto no caso da Petrobras quanto no dos prefeitos, também desponta o velho desejo petista de sujeitar todas as instâncias - sejam econômicas, sejam políticas - à manipulação dos governantes.
Trata-se de estratégias que, expostas à luz do sol, mostram-se tão falsas quanto uma nota de três reais.


Fonte: ITV

ARNO AUGUSTIN,TESOURO NACIONAL DESSERVIÇO PÚBLICO.

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, concedeu uma entrevista publicada no jornal Valor Econômico (clique aqui). Como a conta fiscal do governo federal é um dos temas de maior importância seja para quem está preocupado com inflação ou para aqueles interessados nas medidas de desoneração tributária para aumentar a competitividade da indústria, resolvi ler com cuidado a entrevista.

Infelizmente, não sei se por maldade ou por ingenuidade, o secretário do Tesouro Nacional mais confundiu do que esclareceu o debate.

Os erros de análise são muitos, sendo o maior deles a insinuação de que será possível controlar o crescimento do gasto público no Brasil apenas com maior rigor no crescimento do gasto com pessoal e no gasto que o secretário chama de custeio administrativo, que exclui gastos com educação, saúde, gastos sociais, e acho que previdência.

Se o secretário tivesse razão, posso garantir que vários políticos ficariam felizes, pois nada melhor para o discurso político que falar em “choque de gestão” para controlar o “desperdício da máquina pública”, ao mesmo tempo em que se mantém a política de valorização do salário mínimo e crescimento dos gastos sociais e despesas da previdência.

Acontece que esse diagnóstico do secretário do Tesouro Nacional está equivocado.

(...)

Depois das correções acima, você teria uma estimativa (ainda superestimada) do custeio administrativo. Digo super estimada porque o correto seria também retirar dos demais elementos da despesa (material de consumo, passagens de avião, etc) o gasto com a função saúde e educação e não apenas a conta ”contribuiçoes” como fiz. Mesmo assim, o resultado que se chega mostra de forma clara que o custeio administrativo não é o problema (ver tabela 1 abaixo).

Tabela 1 – Gasto Não Financeiro do Governo Federal – % do PIB de 1999 a 2010

Fonte: SIAFI. Elaboração: Mansueto Almeida.

OBS: 2010 exclui capitalização da Petrobrás.

Essa tabela acaba com o mito que podemos continuar aumentando os gastos sociais, os gastos com educação e saúde, manter a mesma regra da previdência social e a mesma política de reajuste do salário mínimo que ainda assim conseguiremos controlar a expansão do gasto público, controlando apenas as contas de pessoal e de custeio administrativo. Infelizmente, a conta não fecha.

Como se observa na tabela acima, do crescimento de quase 4 pontos percentuais do PIB no gasto público não financeiro do governo federal de 1999 a 2010; 3,4 pontos percentuais do PIB ou 86% do crescimento do gasto decorreu dos gastos de custeio com educação e saúde, gastos sociais e previdência.

Ademais, a única conta que se reduz como proporção do PIB de 1999 a 2010 é justamente o que o secretário do Tesouro Nacional deu a entender que seja custeio administrativo.

O secretário deveria ter esclarecido esse debate ao invés de “vender para a sociedade” a ilusão que podemos ajustar o gasto público sem renegociar o atual pacto social.

Ao basear sua recomendação de política em um diagnóstico que é claramente equivocado, começo a ficar preocupado se o governo de fato entende as decisões difíceis que tem pela frente e o peso que a a regra de reajuste atual do salário mínimo vai ocasionar no crescimento do gasto ao longo dos próximos anos.

CURTO-CIRCUÍTO NO BOLSO DO CONTRIBUINTE .

Toda vez que o governo edita uma medida provisória é bom o contribuinte atentar para o bolso:
sempre vem mais uma mordida.

Isso é especialmente verdadeiro quando envolve o setor elétrico e acontecerá mais uma vez se prosperar a
MP 517, que tramita no Congresso e tem votação prevista para os próximos dias.


A cobrança da RGR deveria ter sido extinta em 31 de dezembro passado, depois de 53 anos de vigência. Não foi. Na undécima hora, o governo petista enfiou a prorrogação do encargo numa MP que estava sendo editada naquele dia para tratar de assuntos tão correlatos como internet banda larga, marinha mercante e usinas nucleares, entre outros.

É assim que o PT legisla:

à base de contrabandos.

O governo argumenta que a RGR financia o programa Luz Para Todos. Pelo menos admite agora que é o consumidor quem paga por uma das vedetes da propaganda petista, explorada à exaustão na campanha eleitoral passada como se fosse uma dádiva de Brasília. O problema é que apenas uma parcela do encargo serve para isso.

Boa parte da RGR funciona mesmo é para engordar o caixa do Tesouro e fazer superávit fiscal - como, aliás, acontece com outros fundos setoriais que deveriam cumprir nobres funções sociais, como o Fust, destinado à universalização das telecomunicações.

Há R$ 15,6 bilhões do encargo de energia depositados nestas condições.

Criada em 1957, a RGR deveria permitir o pagamento de indenizações a concessionárias em caso do retorno dos serviços à União. Nunca foi usada para isso. Hoje uma das principais beneficiárias do encargo é a Eletrobrás. A estatal abocanha perto de 70% dos recursos da RGR a custos módicos e joga-os no saco sem fundo de suas subsidiárias deficitárias, mostrou o Valor Econômico em abril. Tudo devidamente arcado pelos consumidores de energia.

A RGR onera em mais 2,7% as contas de luz. É, porém, apenas um dos 11 encargos pendurados nas faturas, além dos 12 tributos embutidos nas tarifas do setor cobradas dos brasileiros. Tudo considerado, 45% do que é pago pelos consumidores de energia fica com o governo, tanto o federal, quanto os estaduais.

Isso faz do Brasil um dos países onde se paga uma das mais altas tarifas no mundo. A energia elétrica fornecida para residências no Brasil é mais cara do que em países como Estados Unidos, França, Suíça, Reino Unido e Japão - todos mais ricos e bem sucedidos que nós; por que será?

No Brasil, o preço médio da energia elétrica residencial gira em torno de US$ 0,25/kWh. É um dos mais elevados do mundo e o dobro, por exemplo, do americano, mostrou o blog Radar Econômico.

Como se não bastasse, a RGR não é o único estorvo elétrico que o governo do PT briga para jogar nas costas do contribuinte. Nesta quarta-feira, o Senado deve apreciar projeto que prevê a ampliação dos pagamentos ao Paraguai pela energia gerada na usina hidrelétrica de Itaipu. A votação guarda proximidade com caprichos petistas: a presidente da República vai a Assunção no fim de semana e quer levar o presentinho ao presidente Fernando Lugo.

O projeto de decreto legislativo nº 2600/10 triplica o que é pago ao governo paraguaio pela energia cedida ao Brasil: o valor passaria de US$ 120 milhões para US$ 360 milhões anuais. O impacto financeiro da proposição atinge R$ 6 bilhões até 2023, prazo remanescente de vigência do tratado. O governo garante que não repassará os custos adicionais para as faturas de energia - o que significa que, se não paga consumidor, paga o contribuinte.

Pressionado pela crescente constatação da sociedade de que paga muito mais do que deveria, o governo começou a falar em baixar os encargos do setor de energia. Demorou.

As regras do setor elétrico estão em vigor há sete anos, gestadas pela então ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff.

É hora de quem pariu Mateus o embalar. O pior é que de onde deveria partir luz pode sair, mais uma vez, apenas curtos-circuitos.

Fonte: ITV

CARRO NOVO E BOLSO VAZIO : FINANCIAMENTO DE VEÍCULO FAZ CALOTE AUMENTAR.

O ímpeto dos brasileiros em gastar mais do que podem tem motivado uma onda de calotes no país.
O indicador de inadimplência do consumidor, divulgado ontem pela Serasa Experian, registrou alta de 1,5% em abril ante o mês anterior, representando o maior avanço para o período desde 2002.

O resultado não foi bem recebido pelos economistas da instituição, que esperavam queda no volume de dívidas.

As despesas com financiamento de veículos geraram grande impacto no índice, mostrando a falta de controle do brasileiro, que não pensa duas vezes antes de parcelar um carro novo e se esquece de que as despesas vão muito além das prestações — incluem combustíveis, seguros e impostos.

Por causa disso, a expectativa é de que haja um aumento ainda maior nos calotes, com os bancos e as montadoras enchendo os pátios de veículos tomados dos inadimplentes.
Também se espera uma desaceleração nos financiamentos de carros, pois a expectativa é de que o governo baixe novas medidas para conter o crédito e, por tabela, o consumo e a inflação.

Ainda há uma procura grande por diversos tipos de financiamento. As regras que o governo adotou no fim do ano passado para tentar diminuir as vendas não surtiram tanto efeito”, disse o economista da Serasa Carlos Henrique de Almeida.

Mas o grande dilema enfrentado pelo governo é conseguir equacionar a diminuição dos índices inflacionários sem que isso afete o desenvolvimento do país. “A grande dúvida é saber com que intensidade as autoridades planejam fazer o desaquecimento da economia. Reduzir a inflação gera impacto no crescimento”, lembrou Almeida.

Dificuldades
Após o crescimento da inadimplência em 3,5% no terceiro mês do ano, a expectativa era de queda no indicador. Mas, com a alta da inflação, que está tirando o poder de compra dos brasileiros, o calote avançou 1,5% em abril, mostrando que o brasileiro não está conseguindo mais encaixar as dívidas no orçamento doméstico.

O custo de vida cresceu bastante, especialmente nos últimos três meses. Isso resulta em uma dificuldade maior para o pagamento das despesas”, explicou Almeida.
O calote só não foi maior por causa dos feriados de semana santa.

Com menos dias úteis em abril, a inadimplência deveria ter caído. E o pior resultado em nove anos mostra que há algo mais profundo do que o simples endividamento da população”, analisou.
Porém a Serasa não acredita que o índice possa bater qualquer recorde ou fugir muito da previsão para o ano, de 8% do crédito total.

Na comparação com abril do ano passado, o calote do consumidor teve alta de 17,3%, registrando a décima segunda elevação consecutiva. No acumulado dos primeiros quatro meses, o avanço foi de 20,3%.
Dívidas bancárias e não bancárias (contas de água, luz, faturas do cartão de crédito e outras despesas) representaram 87% dos atrasos de pagamento no período.

Cheque sem fundo de R$ 1.287
No acumulado dos primeiros quatro meses do ano, o brasileiro deixou de pagar, em média R$ 312,44 com as despesas gerais. Já o calote nos bancos atingiu valor médio de R$ 1.284,76.
Os cheques sem fundos continuam sendo o principal motivo para dores de cabeça. De acordo com a Serasa Experian, em média, o brasileiro não honrou em ia R$ 1.286,89 nesta forma de pagamento.

Fábio Monteiro Correio Braziliense