"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

junho 04, 2010

NO CAIXA DO BAR GOVERNAMENTAL, A CONTA DAS "MESAS".

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Josie Jerônimo/cORREIO

Base aliada e oposição estão indóceis com o governo pelo atraso na liberação de recursos para emendas parlamentares.

A menos de um mês do fim do prazo para empenho e pagamento das emendas, a pressão pela liberação dos recursos aumenta e os líderes das bancadas tentam contornar possível “bomba-relógio” às vésperas da votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias e de propostas de impacto, como a que estabelece piso na remuneração de policiais e bombeiros.

Base aliada

Se nem mesmo a base sente-se contemplada pelo sistema de liberação de emendas do governo Lula, a oposição reclama ainda mais. Levantamento da liderança do DEM na Câmara mostra que PMDB e PSB teriam sido favorecidos por emendas depois de situações decisivas na formação de alianças com o PT.

O PMDB teve R$ 44 milhões em emendas empenhadas depois de anunciar apoio à candidatura de Dilma e indicação de Temer a vice, e o governo pagou quase R$ 9 milhões em restos de 2009 ao PSB depois de o partido desistir de disputar a Presidência, segundo dados do Sistema Integrado de Controle Financeiro (Siafi).

Os partidos de oposição estão sendo desidratados.
Colocam esse dinheiro todo na mão da base, é algo seletivo, uma coisa direcionada”, disse Ronaldo Caiado (DEM-GO).


Na lista dos partidos e parlamentares que tiveram mais emendas empenhadas, o PMDB lidera, com R$ 45,5 milhões,
o PT vem em segundo, com R$ 23,5 milhões,
seguido do PSB, com R$ 11,4 milhões.

Nas emendas individuais, o presidente da comissão de orçamento, deputado Waldermir Moka (PMDB-MS), é o parlamentar mais contemplado, com R$ 9,5 milhões em empenho.

Em segundo lugar, vem o presidente do Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP), com registro de R$ 8,2 milhões em emendas empenhadas.




ENCURRALANDO A FISCALIZAÇÃO, LIBERANDO O SUPERFATURAMENTO É O PT.

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Edna Simão/Estado

Lei de Diretrizes Orçamentárias

O governo ressuscitou a meta de reduzir a fiscalização das obras públicas e voltou a propor, também na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2011, a regra que torna menos transparente o cálculo dos custos dos projetos e facilita ainda mais os superfaturamentos.

"Preço global".

A maior polêmica dentro da Comissão Mista de Orçamento, porém, envolve o interesse do governo em que as fiscalização das obras públicas seja feita com base no "preço global", e não pelo "preço unitário", como é hoje.

A equipe econômica alega que a mudança vai reduzir os custos e dar mais agilidade à fiscalização. Os técnicos do Legislativo, do TCU e da Controladoria-Geral da União (CGU), contudo, são unânimes em dizer que a proposta facilita o superfaturamento das obras.

Responsabilidade.

Para o Tribunal de Contas da União, a fiscalização por "preço global" só faz sentido se o governo exigir que a empresa contratada para executar a obra assuma também a responsabilidade pela execução do projeto.

"Fiscalizar pelo preço global pressupõe projetos de boa qualidade e isso não é o que ocorre na administração pública", argumentou um técnico do TCU.

IMPOSTURÔMETRO : DA CANDIDATURA DO (P) ARTIDO (T) ORPE

Depois de assistir a tantos truques, jogadas de marketing, sonoros discursos demagógicos, gestos de efeitos especiais e tudo o mais que, no campo da política brasileira, se exibe "como se fosse", parecendo um cenário de ópera bufa protagonizada por medíocres histriões, na eleição de daqui a sete meses o eleitorado brasileiro deverá optar por quem se mostrar mais de verdade.

(...)

Se já é deslavada mentira atribuir-se a si mesmo a autoria daquilo que outro fez, tratando-se de adversário político a mentira é dupla. E se quem hoje usurpa o que o adversário fez antes tentara de todo o jeito impedir que o fizesse, então a mentira é tripla.

(...)

Vencerá quem sempre esteve, efetivamente, do lado da democracia, articulando forças políticas e movimentos sociais para forçar o fim da ditadura militar. Vencerá quem lutou, de fato, pela reintrodução de eleições livres no País, sem praticar violência, sem assaltar, sem executar assassinatos de inocentes cidadãos comuns.

(...)

Vencerá quem jamais pretendeu trocar um autoritarismo por outro, coisa tão comum em nuestra Latinoamerica, com todo o revezamento de suas colorações ideológicas.

(...)

Procurar demonstrar ser o que não é, tentar mostrar ter aprendido o que não aprendeu, assumir fingida familiaridade com assuntos técnicos - aqueles que não se aprendem em uma semana - dos quais não se tem noção, é coisa que, hoje em dia, não passa fácil nem para o público telespectador, nem para o eleitor.

É como se a sociedade brasileira, calejada, já tivesse desenvolvido em sua consciência de cidadania uma espécie de imposturômetro, um bafômetro detector de imposturas. Não funcionam mais as máscaras de competência e os currículos falsificados, se o que é exibido como aptidão nunca se comprovou com fatos e feitos concretos, nas trajetórias de vida pública.

Não funcionam mais os fingimentos de liderança, as empostações forçadas de voz para dar impressão de profundidade, o uso de um ou outro pseudotermo técnico para causar a impressão de expertise.

Líderes são apenas os que têm luz própria, descobrem caminhos por conta própria, e não pela unção de terceiros.

E muito menos se será líder pelo controle remoto de alguma eminência parda ressuscitada, um eventual cardeal Dircelieu que, efetivamente, saiba liderar (além de intermediar e com isso muito faturar.) Liderança não se transmite, não contagia, nem se reflete. Nasce espontânea, cresce com o exercício efetivo e se consolida pelo reconhecimento.

A liderança inventada, ou projetada por uma única cabeça, só tem o alcance de um simulacro e se desfaz no primeiro apagão. Os indícios de seu artificialismo são cada vez mais evidentes, para uma sociedade que se cansou de ser manipulada pelo competente marketing político e aprendeu a descamá-lo, para encontrar a pessoa real que está no núcleo central de uma candidatura, o grau verdadeiro de sua competência, de seu espírito público e de seu arraigado respeito à vida das pessoas.

Mauro Chaves é jornalista, advogado, escritor, administrador de empresas e pintor. E-mail:
mauro.chaves@attglobal.net (www.artestudiomaurochaves.wordpress.com)

Íntegra : Vencerá quem não enganar