Josie Jerônimo/cORREIO
Base aliada e oposição estão indóceis com o governo pelo atraso na liberação de recursos para emendas parlamentares.
A menos de um mês do fim do prazo para empenho e pagamento das emendas, a pressão pela liberação dos recursos aumenta e os líderes das bancadas tentam contornar possível “bomba-relógio” às vésperas da votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias e de propostas de impacto, como a que estabelece piso na remuneração de policiais e bombeiros.
Base aliada
Se nem mesmo a base sente-se contemplada pelo sistema de liberação de emendas do governo Lula, a oposição reclama ainda mais. Levantamento da liderança do DEM na Câmara mostra que PMDB e PSB teriam sido favorecidos por emendas depois de situações decisivas na formação de alianças com o PT.
O PMDB teve R$ 44 milhões em emendas empenhadas depois de anunciar apoio à candidatura de Dilma e indicação de Temer a vice, e o governo pagou quase R$ 9 milhões em restos de 2009 ao PSB depois de o partido desistir de disputar a Presidência, segundo dados do Sistema Integrado de Controle Financeiro (Siafi).
Os partidos de oposição estão sendo desidratados.
Colocam esse dinheiro todo na mão da base, é algo seletivo, uma coisa direcionada”, disse Ronaldo Caiado (DEM-GO).
Na lista dos partidos e parlamentares que tiveram mais emendas empenhadas, o PMDB lidera, com R$ 45,5 milhões,
o PT vem em segundo, com R$ 23,5 milhões,
seguido do PSB, com R$ 11,4 milhões.
Nas emendas individuais, o presidente da comissão de orçamento, deputado Waldermir Moka (PMDB-MS), é o parlamentar mais contemplado, com R$ 9,5 milhões em empenho.
Em segundo lugar, vem o presidente do Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP), com registro de R$ 8,2 milhões em emendas empenhadas.
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