"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

agosto 06, 2012

UM ALERTA ? COPA 2014... ACIDENTE NO MANE GARRINCHA


Um acidente no canteiro de obras do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, deixou pelo menos quatro feridos na tarde desta segunda-feira (6). De acordo com informações preliminares do Corpo de Bombeiros, a armação feita para sustentar uma das vigas de concreto do estádio despencou sobre os operários.

O Corpo de Bombeiros não informou o estado de saúde dos feridos, que foram levados para o Hospital de Base. A armação que atingiu as vítimas é feita de ferro e madeira. Os bombeiros continuam no local e procuram uma pessoa que estaria soterrada pelos escombros.

Até às 18h45, o Consórcio Brasília 2014, responsável pela obra, não se pronunciou oficialmente sobre o acidente. De acordo com o consórcio, o turno da noite foi cancelado.

Em junho, um operário morreu no canteiro ao cair de uma altura de cerca de 30 metros.. O caso foi o primeiro acidente com morte nas obras do estádio, que vai sediar jogos da seleção brasileira na Copa das Confederações, em 2013, e na Copa do Mundo de 2014.

O operário tinha 21 anos e trabalhava na construção desde março como ajudante. Os bombeiros disseram que ele estava com parte do equipamento de segurança obrigatório, mas não especificaram o que faltava.

G1

(Atualização, às 19:10h: o consórcio que administra a obra no Mané Garrincha diz que quatro operários já foram resgatados e levados para o hospital e o quinto ainda está sendo resgatado. Não há vítimas.)

Como trucidar um patrimônio dos brasileiros

Os brasileiros foram surpreendidos na noite da última sexta-feira com a informação de que a maior empresa do país produziu um prejuízo histórico. Transformar uma gigante como a Petrobras numa companhia deficitária é mais uma das notáveis realizações do governo petista.

Nos últimos anos, a cada vez que se pensou que a estatal já chegara ao fundo do poço, sua situação sempre piorou um pouco mais.

Qual será o limite?

O prejuízo da Petrobras no segundo trimestre foi de R$ 1,346 bilhão. É a primeira vez que isso acontece em 13 anos e a terceira vez na história da companhia. Diferentemente de agora, nas outras duas ocasiões as condições gerais da economia eram muito mais críticas:
seja pela maxidesvalorização cambial, no primeiro trimestre de 1999, seja pelo desarranjo geral do país no governo Fernando Collor, no quarto trimestre de 1991.

O câmbio é apontado pela companhia como um dos fatores que levaram ao rombo. Mas é apenas o menor dos culpados. O que conduz a Petrobras a um mergulho que não se sabe em quão profundas águas irá parar é uma política equivocada ditada pelo Palácio do Planalto, que obriga a empresa a produzir com prejuízo e de maneira crescentemente ineficiente.

De 2003 até hoje, ou seja, ao longo de todo o período do governo do PT, a Petrobras jamais conseguiu cumprir suas metas de produção. Há três anos a quantidade de petróleo extraído está estagnada - no segundo trimestre, caiu 4% - e são ralas as chances de que se recupere até 2013.

Sem novas refinarias no horizonte, o país também continuará a conviver com escassez de derivados pelos próximos três ou quatro anos.

A principal razão para a derrocada da estatal é a política de preços para os combustíveis praticada no país nos últimos anos. A Petrobras paga pelo diesel e pela gasolina que importa muito mais do que cobra ao revendê-los no mercado interno:
no primeiro semestre, o saldo líquido negativo nestas operações atingiu R$ 9,4 bilhões, segundo o Centro Brasileiro de Infraestrutura.

Trata-se da principal marreta usada pelo governo petista para segurar a inflação no país. Desde 2005, os preços de gasolina e diesel não são reajustados no varejo, embora as cotações internacionais tenham escalado - hoje o barril do tipo Brent supera US$ 108. Com isso, apresentam defasagens de 14% e 17%, respectivamente, em relação ao mercado global.

A equivocada política afeta, de tabela, a produção de etanol. Em decorrência do congelamento dos preços, o país que outrora foi saudado como potência do biocombustível viu sua produção de etanol cair 17% na safra 2011/2012, ao mesmo tempo em que teve que recorrer à importação de 1,45 bilhão de litros para evitar o desabastecimento do mercado.

O que se apresentava como portentosa promessa foi arrasado pela incúria petista.

Sob as garras do PT, a Petrobras tornou-se exemplo de mau negócio no mundo. Só neste ano, já perdeu mais de R$ 26 bilhões em valor de mercado e tornou-se patinho feio no mercado de capitais. Segundo o banco Credit Suisse, a estatal brasileira tem os piores níveis de retorno no refino quando comparada com outras 15 empresas globais.

"A depreciação das ações da Petrobras chegou a um ponto tal que a estatal brasileira já está sendo comparada negativamente com a argentina YPF, que recentemente foi reestatizada e que enfrenta vários problemas na Argentina", informou o Valor Econômico na semana passada.

Desde a operação de capitalização da empresa, em 2009, as ações da Petrobras já caíram mais de 40% - percentual que deve se acentuar nos próximos dias, a partir da divulgação do histórico prejuízo.

Vale comparar:
no governo Fernando Henrique, os papéis da empresa subiram 386%, fruto da adoção de práticas de mercado e da melhora da governança.

A Petrobras também se ressente de outras escolhas equivocadas ditadas no governo Lula e ainda não alteradas pela gestão Dilma Rousseff. A política de conteúdo local limita e encarece seus projetos, diante da dificuldade da indústria nacional de atender plenamente as demandas.

Além disso, alguns de seus principais investimentos pecam pelo desmazelo.

Ontem, (O Estado de S.Paulo) mostrou que a refinaria Abreu e Lima, por exemplo, poderia custar quase um décimo do previsto. Seu orçamento, que começou em US$ 2,3 bilhões quando a obra foi lançada em 2005, já ultrapassa US$ 20 bilhões. A negligência também mantém a obra da refinaria Premium II, "lançada" por Lula em 2010 no Ceará, como um imenso
(matagal).

É difícil aceitar que uma empresa que tenha faturado R$ 68 bilhões feche o trimestre no vermelho. Mas o que se verifica na Petrobras é o mesmo descontrole e a mesma ineficiência que grassam na administração do setor público na gestão petista:
as receitas nunca são suficientes para cobrir as despesas.

É a forma mais eficaz de trucidar um patrimônio de todos os brasileiros, que está sendo arruinado pelo PT.

Fonte: Instituto Teotônio Vilela

Como trucidar um patrimônio dos brasileiros

brasil maravilha "GERENCIADO/EXTRAORDINARIAMENTE" : Preço da cesta básica sobe em todas as regiões pesquisadas pelo Dieese


A cesta básica ficou mais cara em julho em todas as 17 capitais do País onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza a coleta. Tanto na comparação com junho como no confronto com julho de 2011, a Pesquisa Nacional da Cesta Básica divulgada nessa segunda-feira, 13, mostrou avanço de preço.

Segundo o levantamento, o valor dos itens alimentícios básicos teve a maior alta em Belo Horizonte (8,41%), Rio de Janeiro (7,50%) e Porto Alegre (7,03%). Já em João Pessoa e em Manaus, o preço da lista de alimentos essenciais para a sobrevivência dos brasileiros subiu um pouco menos e teve aumentos de 1,61% e 1,95%, respectivamente, no sétimo mês do ano.

Porto Alegre e São Paulo foram os lugares onde a cesta básica atingiu o maior valor em julho.
Na cidade gaúcha, o preço ficou, em média, em R$ 299,96, ou seja, R$ 0,57 centavos acima do registrado na capital paulista, de R$ 299,39.

Em Vitória (R$ 290,80) e no Rio de Janeiro (R$ 290,64), os consumidores também pagaram em torno de R$ 290,00 pelo conjunto de itens alimentícios necessários para o sustento.

Já em Aracaju (R$ 208,14), Salvador (R$ 218,78) e João Pessoa (R$ 233,25), o gasto médio dos brasileiros com a cesta básica foi menor em relação às demais capitais pesquisadas pelo Dieese.

Na comparação acumulada entre os meses de janeiro a julho, todas as capitais também mostraram elevação nos preços. Os aumentos mais expressivos, de acordo com a instituição, foram registrados em Natal, onde houve alta de 15,45%, e em João Pessoa e em Aracaju, que apresentaram variações idênticas, de 14,22%.

Em Fortaleza, o preço total de produtos que compõem a cesta avançou 11,89%, alta maior do que a vista em Brasília, de 11,17%. As menores elevações foram registradas em Florianópolis, com 1,50%, Salvador, com 4,77%, e em Goiânia, com 4,85%.

Tomate, pão francês, óleo de soja e arroz são os vilões

O tomate, o pão francês, o óleo de soja e o arroz foram os produtos que mais subiram. O levantamento mostra que o tomate registrou alta em todas as 17 capitais onde a instituição realiza a coleta. O motivo da valorização é o excesso de chuvas e as baixas temperaturas em algumas regiões do País, o que está reduzindo a oferta do produto.

Em Belo Horizonte, o preço subiu 121,34% no sétimo mês do ano frente ao anterior.
No Rio de Janeiro (98,89%) e em Vitória (86,85%), o preço do tomate não chegou a atingir alta de 100%, mas ficou em nível bastante elevado.
No confronto com julho de 2011, o cenário ficou praticamente o mesmo, com altas significativas. Em 14 capitais, houve aumento do tomate.

As maiores variações foram registradas no Rio de Janeiro (124,69%),
Belo Horizonte (102,68%) e Porto Alegre (98,23%).
Já em Florianópolis, os preços tiveram queda de 20,71% no sétimo mês deste ano ante julho de 2011.

Em Salvador e no Recife, o tomate também ficou mais barato no período em análise, com baixas de 10,94% e 4,26%, respectivamente.

Outro produto bastante consumido pelos brasileiros e que encareceu a cesta básica em 13 capitais do País em julho foi o pão francês.
A maior valorização, de 3,03%, foi registrada em Fortaleza.
Em seguida, aparece João Pessoa (1,93%).

Em São Paulo (1,24%) e em Goiânia (1,21%), a alta do pão francês ficou na casa de 1,00% em julho ante junho.

Das 17 cidades pesquisadas, o Dieese apurou que o óleo de soja avançou em 13 delas no sétimo mês do ano em relação a junho, com destaque para Brasília (7,43%),
Aracaju (3,19%)
e São Paulo (1,89%).

O valor do óleo de soja vendido em Natal (-1,91%),
Recife (-1,85%)
e Belém (-0,84%) recuou em julho na comparação com o mês anterior.

Mínimo necessário

O salário mínimo do trabalhador no País deveria ter sido de R$ 2.519,97 em julho, a fim de suprir as necessidades básicas dos brasileiros e de sua família, constata o Dieese.

Com base no maior valor apurado para a cesta no período, de R$ 299,96, em Porto Alegre, e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas familiares com alimentação,
moradia,
saúde,
transportes,
educação,
vestuário,
higiene,
lazer e previdência,
o Dieese calculou que o mínimo deveria ter sido 4,05 vezes maior do que o piso vigente no Brasil, de R$ 622,00.

O Dieese realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica nas cidades de Aracaju, Belém,
Belo Horizonte,
Brasília,
Curitiba,
Florianópolis,
Fortaleza,
Goiânia,
João Pessoa,
Manaus,
Natal,
Porto Alegre,
Recife,
Rio de Janeiro,
Salvador,
São Paulo e Vitória.

Maria Regina Silva/Agência Estado

As 7 carreiras mais promissoras

As profissões ligadas ao varejo, à internet e ao setor bancário estão entre as mais promissoras do mercado de trabalho, segundo pesquisa da consultoria Michael Page feita em cinco países (Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, França e Brasil).

O profissional que faz a ponte entre o setor de Tecnologia de Informação e as demais áreas das empresas, um dos pontos cruciais para as organizações atualmente, é também outro nicho que oferece boas oportunidades.

Por fim, a consultoria lista o posto de gerente de relações governamentais como um dos que deve ampliar a contratação nos próximos anos.

Com atuação em grandes empresas, em especial aquelas que são fiscalizadas por órgãos reguladores, como Anatel e Aneel, o nível de exigência desse cargo é alto:

profissional deve ter boa capacidade de comunicação, ao mesmo tempo que precisa entender os detalhes burocráticos.

Por isso, oferece o maior salário entre as sete carreiras:
R$ 45 mil

"São profissões muito especializadas, que atendem a demandas atuais e futuras. A perspectiva para os próximos anos é de ampliação no campo de trabalho desses cargos", diz, em nota, o presidente da Michael Page no Brasil, Paulo Pontes.

Veja abaixo as 7 carreiras mais promissoras:

Gerente de treinamento do varejo

Função:
treina os funcionários de cada ponto de venda da empresa. A percepção hoje, diz a consultoria, é que é mais eficaz treinar os funcionários de acordo as necessidades do tipo de cliente de cada localidade. Antes, a prática era adotar um treinamento igual para todos os funcionários.

Formação:
administração de empresas, recursos humanos e psicologia.
Onde procurar emprego: empresas do setor de varejo.

Salário médio:
R$ 8 mil a R$ 12 mil.


Gerente de identidade visual

O que faz:
é o responsável por adequar o ponto de venda ao perfil do público que o frequenta. É quem decide que linha de produtos deve ganhar destaque, como os vendedores devem abordar os clientes, entre outros pontos.

Formação:
publicidade e propaganda, marketing e administração, com experiência em varejo.
Onde procurar emprego:
empresas do setor de varejo, em especial no segmento de luxo.


Salário médio:
R$ 8 mil a R$ 12 mil


Gerente de comunidade

O que faz:
atua na comunicação com o consumidor por meio de redes sociais, blogs e fóruns online. É responsável, por exemplo, por impedir que as reclamações sobre um produto ou serviço de sua empresa divulgadas no Twitter ou no Facebook se transformem em virais negativos.

Formação:
marketing e publicidade e propaganda.

Onde procurar emprego:
agências de comunicação e empresas que atuam nas redes sociais.

Salário médio:
R$ 7 mil a R$ 10 mil


Gerente de marketing online

O que faz:
elabora a estratégia de marketing de uma empresa nas redes sociais, como Twitter e Facebook. O trabalho inclui, por exemplo, definir que rede social a empresa deve utilizar para atingir um público específico.

Na Europa e nos Estados Unidos, os profissionais desse ramo já contam com experiência de até dez anos no currículo, afirma a consultoria. No Brasil, só agora o marketing online começa a ganhar destaque, o que explica a alta procura por esses profissionais.


Formação:
publicidade, propaganda e marketing.
Onde procurar emprego:
agências de comunicação e empresas que atuam nas redes sociais


Salário médio:
R$ 8 mil a R$ 15 mil


Gestor de reestruturação

O que faz:
nos bancos, gerencia a carteira de clientes endividados, que abrange as empresas em dificuldades decorrentes, principalmente, da crise econômica de 2008. Há profissionais desse tipo também dentro das companhias, com a missão de equilibrar a situação financeira da empresa.

Formação:
gestão e administração de empresas, economia e engenharia, com pós-graduação em finanças e experiência comprovada em áreas de risco de crédito.
Onde procurar emprego:
instituições financeiras e empresas de grande porte do setor privado.


Salário médio:
R$ 14 mil a R$ 24 mil


Gerente de projetos

O que faz:
é o responsável por manter o diálogo entre o departamento de TI e as demais áreas de uma empresa. Cumpre a função de levar os pedidos dos funcionários aos técnicos de sistemas de informação. Ao mesmo tempo, aponta aos funcionários as limitações dos recursos de TI.

Formação:
engenharia e informática.
Onde procurar emprego:
médias e grandes empresas de todos os segmentos.

Salário médio:
R$ 12 mil a R$ 20 mil


Gerente de relações governamentais

O que faz:
é o interlocutor da empresa junto a órgãos governamentais e agências reguladoras, como Anatel e Aneel. Sua área de atuação inclui desde questões legais até assuntos socioambientais. Por isso, o cargo exige um profissional que tenha grande capacidade de comunicação e, ao mesmo tempo, conhecimento e aptidão para os detalhes burocráticos.

Formação:
comunicação,
direito,
administração de empresas,
relações internacionais
ou ciências sociais, de acordo com a área de atuação da companhia.
Onde procurar emprego:
empresas de grande porte, principalmente aquelas sob a supervisão de órgãos reguladores.


Salário médio:
R$ 12 mil a R$ 45 mil


" PRESIDENTA PORRETA"! brasil CONTINUA MUDANDO COM A GERENTONA/EXTRAORDINÁRIA : Mercado reduz a projeção para o crescimento da economia.

O mercado acordou mais pessimista nesta segunda-feira, 6. Os analistas reduziram a projeção para o crescimento da economia. Ao mesmo tempo, também diminuíram a estimativa para o juro e aumentaram para a inflação.

Os dados são do relatório Focus, do Banco Central.


Após duas semanas sem mudança dos números, o mercado financeiro voltou a reduzir a previsão de crescimento da economia brasileira em 2012. A mediana das estimativas para o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano caiu de 1,90% para 1,85%.

Há quatro semanas, estava em 2,01%.

Para 2013, em igual trajetória, a aposta recuou de 4,05% para exatos 4%, abaixo dos 4,20% verificados há quatro semanas.


A projeção para o desempenho do setor industrial em 2012 também piorou. De acordo com o levantamento, a mediana das estimativas para este ano passou de uma contração da atividade do setor de 0,44% para uma queda ainda maior, de 0,69%.

Essa foi a décima semana seguida de piora das expectativas para a indústria brasileira.


Para 2013, economistas preveem recuperação da atividade e a previsão de crescimento do setor melhorou de 4,30% para 4,40%. Um mês atrás, o número estava em 4,25%

O mercado financeiro ampliou a previsão de cortes de juro nos próximos meses. Pesquisa Focus mostra que a expectativa dos analistas é de que o ciclo de redução da taxa Selic deve levar o juro básico para 7,25% no fim do ano.

Até a semana passada, prevalecia a expectativa de que o movimento terminaria em 7,50%. Atualmente, a taxa está em 8% anuais.


Com a mudança, o mercado financeiro passa a trabalhar com a expectativa de que o Banco Central deve reduzir a taxa mais duas vezes: agosto e outubro. Para a reunião que ocorre no dia 29 deste mês, segue a previsão de que o juro deve ser cortado em 0,50 ponto porcentual, para 7,50%.

Agora, porém, a pesquisa mostra a aposta de um novo corte, dessa vez menor, de 0,25 ponto, em 10 de outubro, o que levaria o juro brasileiro para 7,25%, novo piso histórico.

Para 2013, a previsão do juro no fim do ano seguiu em 8,50% pela quarta pesquisa seguida, o que revela expectativa de volta das altas de juro.


Inflação


O mercado financeiro elevou pela quarta semana consecutiva a projeção de inflação medida pelo IPCA em 2012, de 4,98% para exatos 5%, de acordo com a pesquisa Focus. Há quatro semanas, a mediana das estimativas estava em 4,85%. Para 2013, a projeção se manteve em 5,50% pela sexta semana.

Nas estimativas do grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções, o chamado Top 5 da pesquisa Focus, a previsão para o IPCA em 2012 no cenário de médio prazo também subiu e passou de 4,99% para 5,05%.

Para 2013, a previsão dos cinco analistas manteve-se em 5,50% pela oitava semana. Há um mês, o grupo apostava em altas de 4,86% e de 5,50% para cada ano, respectivamente.


Analistas também reduziram ainda a previsão para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2012, de 35,50% para 35,40%. Para 2013, a projeção recuou de 34,06% para 34%.

Há quatro semanas, as projeções estavam em, respectivamente, 35,55% e 34% do PIB para cada um dos dois anos.


Câmbio

O mercado financeiro mudou as previsões e passou a prever que a moeda norte-americana deve terminar 2012 e 2013 no patamar dos R$ 2. A mediana das projeções para o preço do dólar no fim deste ano subiu de R$ 1,96 para exatos R$ 2,00.

Para o fim de 2013, avançou de R$ 1,95 também para R$ 2,00.
Há um mês, analistas previam dólar a R$ 1,95 no fim de 2012 e R$ 1,94 no fim de 2013.


No mesmo levantamento, o mercado financeiro elevou as previsões para a taxa média de câmbio. Para 2012, o número avançou de R$ 1,93 para R$ 1,94. Para 2013, a estimativa subiu de R$ 1,95 para R$ 1,97.

Há um mês, a pesquisa apontava que a expectativa de dólar médio estava em R$ 1,92 neste ano e em R$ 1,91 no próximo ano.


As estimativas para agosto se mantiveram na casa dos R$ 2. Para o fim do mês, a previsão para o dólar subiu de R$ 2,01 para R$ 2,03. Há quatro semanas, estava em R$ 2,00.

Fernando Nakagawa, da Agência Estado

MENSALÃO : O ESCÂNDALO QUE REVELOU A VERDADEIRA "FUÇA" DO (P) artido (T) orpe

Já com sete anos completos, vivendo dias de glória na austera sala de sessões do Supremo Tribunal Federal, o mensalão tem papel garantido na história:
ele marcou em definitivo a vida de um dos maiores partidos do País, o PT, dividindo-a em um "antes" – os tempos da bandeira ética, quando todos os outros partidos eram "farinha do mesmo saco" – e um "depois", em que o exercício do poder matou o sonho e levou aos conchavos e ao antes desprezado "é dando que se recebe".


Essa é, com pequenas diferenças, a impressão de muitos estudiosos da vida partidária do País. Por exemplo, o historiador Lincoln Secco, autor do livro A História do PT:
"O episódio dividiu, sim, a história petista em duas partes, porque derrubou o discurso pela ética na política e retirou de cena os principais quadros históricos do partido", diz o historiador da USP.

Como ele, o professor de Ética e Filosofia da Unicamp Roberto Romano considera o episódio crucial na vida do partido, mas não o vê como um acidente:
"Ele é o coroamento de um longo processo interno que se desenhava muito antes".


E, do ponto de vista ideológico, um terceiro estudioso do assunto, o psicanalista Tales Ab"Sáber, define o episódio como "a instalação do PT na política de direita brasileira".

Ab"Sáber pondera, no entanto, que "os demais partidos, inclusive partícipes do próprio mensalão, não têm nada de melhor a oferecer no manejo da política do País".


A turbulência em que mergulhou o partido, naqueles meados de 2005, justifica tais reações. Mal o deputado Roberto Jefferson fez a denúncia, o então poderoso chefe da Casa Civil, José Dirceu, "saiu rapidinho" do governo, como ele sugeriu.

O presidente do PT, José Genoino, foi afastado em seguida.
O próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi duas vezes à TV pedir desculpas ao País e dizer-se traído.


Resistência.

A oposição, feliz, achava que o petismo estava acabado e que sua volta ao Planalto, no ano seguinte, era inevitável – tanto que nem se arriscou a pedir o impeachment de Lula, achando melhor "vê-lo sangrar".


Essa visão se desmanchou em poucos meses.
O tal "muro divisório" do petismo não alterou os humores do eleitorado como se imaginava. A militância encolheu, mas não entregou os pontos.

O partido baqueou, mas, à sombra do prestígio de Lula – que conseguiu manter-se acima da crise – reagiu. Não só faturou as eleições presidenciais de 2006 e 2010 como continuou a dividir com o PMDB as grandes bancadas na Câmara. Em 2006 elegeu 83 deputados.

Em 2010, saltou para 88.
Mais que as denúncias da oposição e da mídia, o que valia eram reações como a do ator Paulo Betti que, em agosto de 2006, sentenciou:
"Não dá pra fazer política sem botar a mão na merda".


O Ibope deu números a esses tempos sombrios do partido. Em março de 2003, antes do estrago aprontado por Jefferson, 33% dos eleitores do País diziam ter simpatia pelo PT. O índice foi caindo devagar, bateu no fundo em fevereiro de 2006, com 21% – mas a sigla ainda liderava esse ranking.

Em março de 2010 já emplacava de novo os 33%, que mantém até hoje.
"O maior custo eleitoral foi a perda da característica ética. Hoje o PT se iguala aos demais. Mas continua sendo o que tem a maior preferência", conclui a diretora executiva do Ibope, Marcia Cavallari.


O sonho e o poder.

O que salvou o partido, avisa Secco, "foi o capital social, que lhe deu forças para se recuperar". Mas é uma recuperação apenas como ocupação de poder – pois, do antigo sonho, da pureza ética, poucos se arriscam a falar.

"Esse sonho desapareceu muito antes", alerta Roberto Romano. "Nas eleições de 1989, contra Fernando Collor, era fácil ver nas ruas gente paga para agitar bandeiras do PT. A burocracia já pesava mais que a militância."


Para Romano, as origens do mensalão vêm da primeira infância do PT. Dos três grupos que o formaram ainda nos anos 1970, os "realistas", com Lula e José Dirceu à frente, venceram os católicos e os trotskistas. E Lula, ironiza ele, "aprendeu a fazer política e concessões com o patronato".

Em 2002, a Carta aos Brasileiros – garantia dada "ao mercado" de que, se eleito, respeitaria as regras e contratos – "foi a capitulação" dos idealistas ante a lógica da conquista do poder.

Naquela ocasião, diz o professor, "deviam ter convocado um congresso e mudado o programa do PT. Aquele não servia mais".


Na sua "fase 2", em que tenta – ainda hoje –reduzir o mensalão a uma campanha da imprensa e das oposições, Ab"Sáber vê o petismo empenhado em produzir "uma alucinação negativa de que (o mensalão) não existiu".

O partido, segundo ele, continuará usufruindo os privilégios típicos dos poderosos. "Mas no dia em que o PT perder o poder, eu temo pelo seu destino. Até lá ele tenta desesperadamente se enraizar nos municípios e no Estado enquanto perde relevância histórica – ou seja, tenta tornar-se um PMDB qualquer."

Gabriel Manzano O Estado de S. Paulo

"limpando o balanço" ! ARIDEZ NO "MARQUETINGUE" DA PETEBRAS : Poços secos levam Petrobras ao vermelho

O prejuízo de R$ 1,34 bilhão da Petrobras no segundo trimestre deste ano foi empurrado por despesas de R$ 2,73 bilhões decorrentes de poços secos, R$ 2,1 bilhões maiores que as contabilizados no trimestre anterior.

Assim, somente no primeiro semestre foram registrados R$ 3,28 bilhões como custos exploratórios.


Essas despesas não afetam o lucro bruto da empresa, mas têm impacto direto no resultado operacional, incluindo o lucro antes de impostos, depreciação e amortização (ebitda, na sigla em inglês).

O valor tão alto levou a companhia a ter seu primeiro prejuízo em 13 anos - desde a maxidesvalorização do real, no primeiro trimestre de 1999. Naquela ocasião a companhia registrou perda de R$ 3,57 bilhões em valores atualizados pela inflação. Antes disso o único prejuízo desse vulto, equivalente a R$ 3,93 bilhões ajustados, aconteceu no quarto trimestre de 1991, em meio a um período conturbado do governo de Fernando Collor de Mello (1990-1992).

Em julho de 2009 o Valor mostrou que dos 28 poços perfurados pela estatal no pré-sal das bacias de Campos e Santos até então, 32% estavam secos ou poderiam ser classificados como produtores subcomerciais de petróleo ou gás segundo dados da Agência Nacional do Petróleo disponíveis na época.

Ao explicar a baixa de poços no segundo trimestre, a Petrobras não deu detalhes. Disse apenas que o aumento dos gastos nessa linha se explicam principalmente "pelas maiores baixas de poços secos ou subcomerciais, perfurados principalmente no período 2009-2012, a custos mais elevados, com destaque para áreas de novas fronteiras exploratórias".

Pela contabilidade, quando ela realiza exploração de poços as despesas entram como investimento, sem afetar o resultado do período. Mas no momento em que se verifica que o poço é seco ou subcomercial é preciso reconhecer aquele gasto como despesa, e aí sim ela afeta o lucro.

Ao apresentar o resultado, Graça Foster identificou todos os ítens que prejudicaram o balanço, dizendo que a companhia está trabalhando para recuperar a rentabilidade.

Apesar de esperarem um péssimo resultado, nenhum analista previu um prejuízo da magnitude anunciada pela Petrobras. Os mais pessimistas esperavam um lucro de R$ 1,9 bilhão a R$ 2 bilhões, o que já seria um péssimo resultado comparado aos R$ 10,94 bilhões do mesmo período de 2011, ou com o lucro de R$ 9,21 bilhões entregues no primeiro trimestre deste ano.

"Estou anestesiado", brincou o analista de um grande banco na sexta-feira, logo depois da divulgação do resultado. Esse analista observou que nunca imaginou que a empresa apresentasse prejuízo em um trimestre em que o preço médio do petróleo "brent" no mercado internacional foi de US$ 108,47 por barril.
A impressão que ficou do primeiro balanço da gestão de Graça Foster na presidência da Petrobras é de que ela está "limpando o balanço" para, a partir daí, registrar resultados mais aderentes, o que no longo prazo é bom para a companhia.

Outro item que ajudou a afundar o resultado da estatal, já esperado, foi o prejuízo de R$ 7,03 bilhões da área de abastecimento e refino, onde são lançados os custos com importação de combustíveis vendidos no país mais barato que o preço de aquisição.

Segundo cálculos do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE), no primeiro semestre de 2012 a Petrobras acumulou saldo líquido negativo de R$ 9,4 bilhões em função da diferença entre as despesas com a importação de gasolina e diesel e a receita obtida com as vendas no país.

Outra causa foi a variação cambial no período (o dólar se valorizou 11% em relação ao real), que trouxe impacto de R$ 7,17 bilhões sobre a dívida líquida em dólares. Mesmo assim, na avaliação de outro experiente analista o câmbio, sozinho, não seria capaz de fazer um estrago tão grande.

"O resultado é uma lástima. É o que dá quando não se pratica paridade de preços. O câmbio andou afetando o balanço mas os preços continuam aquém [do mercado internacional], o que impacta o resultado operacional. Uma coisa não compensa a outra", observou.

Como as perdas com importação devem cair por causa do aumento dos preços do diesel e da gasolina, e a variação cambial e as estrondosas despesas com poços secos não recorrentes, em tese esses itens não devem se repetir no terceiro trimestre.

"O reajuste nos preços da gasolina e do diesel ocorrido no final de junho ainda não teve muito efeito nos números, mas deve contribuir para minimizar os impactos causados pelos altos custos de derivados importados nos próximos resultados", observaram analistas do BB Investimentos.

Cláudia Schüffner e Fernando Torres | Do Rio e São Paulo Valor Econômico

"DESPERTADA" A NOSSA PÁTRIA MÃE TÃO DISTRAÍDA : Gurgel rebate alegações da defesa dos réus

Ao fazer a acusação do mensalão, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, rebateu uma a uma as possíveis "balas de prata" da defesa - as alegações feitas pelos réus para, numa tacada única, desconsiderar provas e obter a absolvição de seus clientes.

Uma das principais alegações rebatidas por Gurgel envolve o crime de lavagem de dinheiro. O procurador afirmou que, caso a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) conclua que os réus não podem ser condenados por lavagem porque a lei penal não prevê a figura da organização criminosa, há outros dispositivos legais que permitem punições.

Um deles é o crime contra a administração pública e o outro é o crime contra o sistema financeiro.

"Eu ressalto que todos os crimes [previstos na Lei de Combate à Lavagem de Dinheiro] estão atrelados a três incisos da Lei de Lavagem de Dinheiro, de modo que o afastamento de um deles não invalida a acusação", afirmou o procurador-geral. A fala do procurador foi importante porque, em julgamento realizado em junho pela 1ª Turma do STF, cinco ministros decidiram que os bispos da Igreja Renascer não poderiam ser condenados por lavagem porque a legislação penal não prevê a figura da organização criminosa.

A antiga Lei de Lavagem, que se aplicou ao caso da Renascer e valerá para o mensalão, listava sete crimes "antecedentes", que precisariam ser verificados previamente em uma condenação por lavagem. Um deles é o "crime praticado por organização criminosa", que o plenário do Supremo terá agora que avaliar.

Como 35 dos 38 réus do mensalão são acusados de lavagem, Gurgel adiantou-se a esse argumento para deixar claro que, nesse caso, os réus podem ser punidos por lavagem tendo como antecedentes crimes contra o sistema financeiro, como gestão fraudulenta, ou contra a administração pública, como peculato.


O procurador-geral também usou provas colhidas na CPI dos Correios para fundamentar a existência do mensalão. Gurgel citou depoimentos reveladores, como o do publicitário Duda Mendonça, que admitiu ter recebido dinheiro no exterior como forma de pagamento pela campanha do PT à Presidência da República, em 2002.

Ao fazê-lo, Gurgel se antecipou a pelo menos dois advogados. Marcelo Leonardo, que defende o publicitário Marcos Valério, pretende alegar na defesa que fará hoje que as provas produzidas fora dos autos não têm validade.


Ele tentará desqualificar tanto as provas recolhidas no inquérito da Polícia Federal quanto as obtidas na CPI. Alberto Toron, advogado do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), é outro que deve argumentar que as provas da CPI não são fortes o suficiente para embasar uma condenação.
"São provas colhidas sem contraditório", sustentou.


Maíra Magro, Caio Junqueira e Juliano Basile | De Brasília Valor Econômico

DESPOLITIZAÇÃO : "Vivam os deuses marqueteiros. Morte à mobilização política."

As eleições municipais demoram mais e mais para fisgar o eleitor. A dois meses de irem às urnas, só 27% dos paulistanos têm o nome de um candidato a prefeito de São Paulo na ponta da língua, segundo o Ibope. Os últimos três meses de campanha não somaram nem 10 pontos a esse mínimo grau de interesse.

Ficou tudo para os 45 dias da propaganda de TV.
Salvem os santos marqueteiros.
Fim à mobilização política e partidária.

O repórter Daniel Bramatti publicou uma descoberta assombrosa no Estado de ontem: os candidatos a prefeito de capital com mais de 100 inserções semanais de 30 segundos na TV em 2008 tiveram 69 vezes mais sucesso - se elegeram de cara ou chegaram ao segundo turno - do que um adversário com menos de 50 inserções por semana.

Repare:
69 vezes.
Vivam os deuses marqueteiros.
Morte à mobilização política.
A eleição não se resume a uma simples correlação estatística, mas o palanque eletrônico é uma variável cada vez mais importante. A despolitização se espalha a cada pleito, e nada é capaz de promover tanta desigualdade entre candidatos quanto a propaganda eleitoral compulsória no rádio e na TV.

Nem a militância partidária, nem a internet (por ora), muito menos recursos paleozoicos como comícios e corpo a corpo com o eleitor.

É um processo que, além de não ter volta, tende a se agravar.
Que fazer?
Criar ainda mais regras, juízos e arbítrios?
Ressuscitar a Lei Falcão e seus enfadonhos currículos lidos pela voz monocórdia de um narrador oficial?
Vade retro Censurabrás.

Os EUA esticaram o tempo de campanha e liberaram quase tudo, até tiro ao candidato. O ciclo eleitoral da gringolândia dura quase dois anos. Desde as prévias, os candidatos debatem dezenas de vezes, por meses. E vão caindo pelo caminho, porque a maioria dos bonecos de ventríloquo não resiste ao excesso de uso.

Só perduram os mais resistentes e caros.

O sistema norte-americano - com suas máquinas mecânicas de votar e regras diferentes em cada um dos 50 Estados - está longe da perfeição. Criou a indústria eleitoral mais perdulária do mundo. Um presidenciável precisa de dólares aos bilhões para ter chances.

É o preço superfaturado de a eleição e o debate político fazerem parte do noticiário cotidiano, dos programas de variedades, da vida.


Lá como cá, sempre haverá eleitor confundindo Russomanno com Muçulmano. A diferença é que, no Brasil, ele é obrigado a votar.
(...)

José Roberto de Toledo O Estado de S. Paulo