"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

dezembro 28, 2009

E X I S T Ê N C I A


 Sinta a presença da exixtência

Esta técnica está baseada na sensibilidade interior. Primeiro cresça em sensibilidade. Apenas feche suas portas, torne o quarto escuro e acenda uma pequena vela. Sente-se perto da vela com uma atitude bem amorosa – melhor ainda, com uma atitude reverente.

Primeiro tome um banho, jogue água fria nos seus olhos, então se sente de um modo piedoso diante da vela. Olhe para ela e esqueça tudo mais. Apenas olhe para a pequena vela – a chama e a vela.

Continue olhando para ela. Após cinco minutos você irá sentir que muitas coisas estão mudando na vela. 
Nada está mudando na vela, lembre-se, seus olhos estão mudando.

Com uma atitude amorosa, com o mundo todo encerrado, com total concentração, com um coração sensível, apenas continue olhando para a vela e para a chama. 
Então você irá descobrir novas cores ao redor da vela, novas tonalidades que você nunca esteve ciente que estavam lá. 

Elas estão lá, todo o arco íris está lá. 
Onde quer que a luz esteja, o arco íris está presente porque luz é todas as cores.

Você precisa de uma sensibilidade sutil. 
Apenas sinta-a e continue olhando-a. Mesmo que lágrimas comecem a escorrer, continue olhando-a. 
Essas lágrimas ajudarão seus olhos a ficarem mais frescos.

Sensibilidade tem que crescer. Todo os seus sentidos têm que ficar mais vivos. Então você pode experimentar essa técnica. 

”Sinta o cosmos como uma presença translúcida sempre viva”. 
A luz está em toda parte  em muitas, muitas tonalidades, formas, a luz está acontecendo em toda parte. 

Olhe para ela! Olhe para uma folha ou para uma flor ou uma pedra, e mais cedo ou mais tarde você irá sentir raios saindo dela.
Basta esperar pacientemente. Não tenha pressa porque nada é revelado quando você está apressado.

Espere silenciosamente por coisa alguma, e você descobrirá um novo fenômeno que sempre esteve lá, mas do qual você não estava alerta  não estava ciente disso. 

Sua mente se tornará completamente silenciosa enquanto você sente a presença da sempre viva existência. 
Você será apenas uma parte dela, só uma nota numa grande sinfonia. 

Nenhum peso, nenhuma tensão... a gota caiu no oceano. 
Mas muita imaginação será necessária no principio, e o treino da sensibilidade será de ajuda.

Todas essas técnicas também alteram a química de seu corpo. 
Se você sentir o mundo inteiro como repleto de vida, de luz, assim você está alterando sua química corporal. E isso é uma reação em cadeia. 

Quando a química de seu corpo muda, você pode olhar para o mundo e ele parecerá mais vivo. 
E se ele parece mais vivo, sua química corporal irá mudar de novo, e então isso se torna uma corrente.

Osho, em "Excerpted from The Book of Secrets"
Imagem por bulinna

" PROFISSÃO" POLÍTICO

 Câmara foi mais complacente este ano com as ausências de deputados do que em 2008: 88,3% das faltas foram abonadas

Tiago Pariz
Publicação: 26/12/2009
Deputado Michel Temer, presidente da Câmara Federal (Foto: Antonio Cruz/ABr)
Deputado Michel Temer, presidente da Câmara Federal (Foto: Antonio Cruz/ABr)

A gestão de Michel Temer (que preside a sessão) está entre as mais benevolentes com colegas
Em 2009, a Câmara tornou-se mais complacente com os deputados ao perdoar 88,3% das faltas do ano.

As ausências aumentam no segundo semestre e nos dias próximos a feriados. 
Os deputados usaram como argumento “missão oficial” ou apresentaram “licença médica” para faltar às votações de terça a quinta-feira. 

Com a benevolência da direção, alguns chegam a confessar sem pudor que, em vez de estar presentes em plenário, preferem antecipar o trabalho nas bases eleitorais para não perder o mandato na eleição do próximo ano.

A prática de perdoar as faltas é comum na Câmara e atingiu o pico entre 2003 e 2006, quando 94% das ausências foram abonadas pela cúpula política e administrativa da Casa. 

Esse percentual caiu para 84% nos dois anos seguintes e voltou a subir neste primeiro ano do mandato do deputado Michel Temer (PMDB-SP) como presidente.

Os números contrastam com a segunda passagem de Temer pelo cargo entre 1999 e 2000, quando a Casa aceitou apenas 79% das justificativas apresentadas pelos deputados para abonar as faltas. 

Criou-se na Câmara uma verdadeira indústria das faltas com a indulgência administrativa. 
E se tornou um mito ou letra morta no Regimento Interno a cassação de mandato por ausência sistemática.

Dos 513 parlamentares, 209 tiveram todas as suas faltas perdoadas pela Câmara. 
Caiu também, seja por missão oficial ou licença médica, a presença nas votações nos três dias em que o plenário da Casa funciona. 

Em 2009, o índice de comparecimento às sessões foi de 83,5%, abaixo dos 86% de presença média registrada em 2007, quando a Casa era comandada por Arlindo Chinaglia (PT-SP). 
Isso significa que este ano 428 deputados estiveram nas sessões deliberativas (quando há votações).

A falta de penalidade ao deputado é que alimenta a queda na participação em plenário e o aumento das justificativas.
Está previsto que a cada dia sem trabalhar, R$ 850 saem do salário de R$ 16,5 mil. 

Diante disso, amontoam-se explicações, licenças, atestados médicos e motivos para ficar fora de Brasília representando oficialmente o Congresso Nacional.

Percebe-se o clima de liberalidade na Casa quando se leva em conta o número de deputados que faltaram a pelo menos 25% das sessões. 
Esse é o percentual previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional para um aluno repetir de ano. 

Se o número fosse levado em conta, 93 deputados estariam sujeitos a essa penalidade. 
Mas, com uma máquina de perdões a favor, não há nenhum custo a quem não participa do dia a dia da Câmara. 

Entre os faltosos contumazes, 18 apresentaram 100% de justificativas para seguidas faltas.

Veja matéria com quadro e relação :

O Homem De R$ 1 Bilhão
Poucos entendem como o ex-corretor de imóveis e hoje senador Gim Argello conseguiu ampliar seu patrimônio em 10 mil vezes em pouco mais de 25 anos
Sérgio Pardellas e Hugo Marques chamada.jpg

“Deus queira que um dia aconteça de eu ter R$ 1 bilhão”
Gim Argello, senador (PTB-DF)


 Na primeira semana deste mês, o senador Gim Argello (PTB-DF) desembarcou na antessala da Presidência do Senado exibindo um indisfarçável sorriso no rosto.
Diante dos olhares de expectativa de parlamentares do PMDB, entre os quais os senadores Renan Calheiros (AL) e Wellington Salgado (MG), Argello justificou tamanha felicidade:

“Alcancei meu primeiro bilhão de reais”, disparou, para a surpresa dos colegas.
Aos 47 anos, Argello personifica o milagre de Brasília.
A capital federal não possui indústrias, grandes multinacionais nem de longe é o coração econômico do País.
Mas é uma cidade onde as pessoas usam a proximidade com o poder como trampolim para o mundo dos grandes negócios.
Esse é o caso do senador do PTB, que, depois do escândalo do mensalão do DEM, desponta entre os prováveis candidatos ao governo do Distrito Federal em 2010.
À ISTOÉ, em entrevista rápida, Argello nega o que vem afirmando aos colegas senadores.
Argello iniciou a carreira empresarial há 25 anos, como corretor de imóveis.

Tinha um patrimônio que não chegava aos R$ 100 mil, ou seja, 10 mil vezes inferior ao que ele anda alardeando pelos corredores do Senado.
Graças à bem-sucedida atividade de corretagem, ele conseguiu multiplicar seus bens por três em menos de uma década.
Mas foi com a política que viu seu patrimônio crescer de forma meteórica. Desde que foi eleito deputado distrital pela primeira vez em 1998, Argello não parou de acumular bens.
Em 2006, o parlamentar declarou à Justiça Eleitoral patrimônio que somava R$ 805.625,09.
Mas só a sua casa de 872 metros quadrados, na Península dos Ministros, área mais nobre de Brasília, localizada próxima à residência do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), está avaliada em R$ 5 milhões.
Segundo apurou ISTOÉ, o senador do PTB também é proprietário de rádios, jornais e uma franquia da Empresa dos Correios e Telégrafos Setor Comercial Sul (SCS).
Dona de uma extensa carteira de clientes, a agência dos Correios, de acordo com especialistas do setor, ostenta um faturamento anual de cerca de R$ 100 milhões, o mais alto entre as 27 franquias da ECT no Distrito Federal.

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MAIS CANDIDATOS AOS "MENSALÕES"


Brasil pode chegar a 58 legendas se nanicos obtiverem registro .
Maior dificuldade, entretanto, é obter 468 mil assinaturas de apoio por todo o País
Moacir Assunção

Nada de somente PT, PSDB ou PMDB.
No futuro, eleitores mais à direita poderão votar no Movimento Integralista Brasileiro (MIB), os que preferem a esquerda terão a possibilidade de optar pela Liga Bolchevique Internacionalista (LBI) ou pelo Partido Comunista Revolucionário (PCR). 
Os de espírito mais alternativo poderão depositar suas esperanças no Partido Pirata. 

Se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovar a fundação das novas legendas, o Brasil pode chegar a 58 partidos ante os 27 que existem atualmente. 
Trinta e uma novas agremiações aguardam a oportunidade de se tornar partidos.

A questão, para o eleitor, será descobrir quem, dentro dessa sopa de letrinhas, tem propósitos de realmente representar setores da sociedade. 


E quem pretende apenas vender seu espaço na TV e no rádio para partidos maiores ou se tornar "língua de aluguel", encarregando-se de atacar rivais na defesa de interesses de terceiros, em troca de cargos ou dinheiro.

Os cientistas políticos demonstram inconformismo diante da ideia de fundar novos partidos. "Isso confunde mais ainda o eleitor. 


Hoje, já temos um número exagerado de legendas, o que distorce o debate eleitoral e dá margem para todo tipo de negociações espúrias", argumenta o professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Marco Antonio Teixeira.

O conselheiro político do Movimento Voto Consciente, Humberto Dantas, concorda com Teixeira. 

"Do ponto de vista puro, parece lógico que a sociedade seja representada nos partidos, na prática não é isso que ocorre. 

Muitos surgem para reforçar o fisiologismo e a partilha de recursos do Fundo Partidário", critica.

Carlos Melo, do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), é ainda mais incisivo. "Mesmo os atuais partidos, que já são muitos, não representam mais ninguém. Na prática, como na maior parte dos países democráticos, no Brasil há duas ou três grandes legendas, em torno das quais gravitam todas as demais", diz.

Os novos partidos que venham a conseguir registro terão direito a dividir uma média anual de R$ 140 milhões do Fundo Partidário dinheiro que é repassado às legendas e dispor de cerca de 5 minutos de TV e rádio por semestre para explicar suas propostas.

 Veja Mais : AQU   

Mais concorrência para os já participantes das corrupções(mensalões), cujo número de siglas  já chegam a 12, ou seja, 44% de todos os partidos polícos registrados no TSE.
Nos três esquemas (até agora)

“mensalão da base aliada ou petista”, 
“mensalão mineiro ou tucano”, e “mensalão de Brasília ou do DEM” 

Já tiveram os nomes citados nos inquéritos dos mensalões, por aparente envolvimento de integrantes das siglas, os partidos dos Trabalhadores (PT), 
Social Democracia Brasileira (PSDB), 
Democratas (DEM), 
Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), 
Popular Socialista (PPS), 
Trabalhista Brasileiro (PTB), 
República (PR),
Socialista Brasileiro (PSB), 
Trabalhista Cristão (PTC), 
Republicano Progressista (PRP), 
Social Cristão (PSC) e Progressista (PP).


INTUIÇÃO

Mude do intelecto para a intuição
Abandone a mente que pensa em prosa;
reviva outro tipo de mente, que pensa em poesia.

Ponha de lado toda a sua perícia em silogismos;
deixe as canções serem seu estilo de vida.

Mude do intelecto para a intuição,
da cabeça para o coração,
porque o coração está mais próximo dos mistérios.
 
Osho, em "Intuição": 
O Saber Além da Lógica
Imagem por alicepopkorn

COVIL NACIONAL




1 -

Documentos sigilosos a que a Folha teve acesso revelam que a Câmara bancou viagens de deputados a lugares turísticos com acompanhantes, em fins de semana, feriados e períodos de recesso. 

É o que revela reportagem de Alan GrippRanier Bragon, publicada na edição deste domingo do jornal (íntegra disponível para assinantes do UOL e da Folha). e

A documentação com os gastos foi entregue à reportagem após determinação do STF (Supremo Tribunal Federal). 

São mais de 70 mil notas fiscais apresentadas pelos congressistas para obter reembolso da verba indenizatória, destinada exclusivamente à atividade legislativa.
O caso ocorre menos de um ano após o escândalo conhecido como a "farra das passagens". 

Os dados se referem ao período entre setembro e outubro de 2008. 
Em uma sala no Congresso, há notas fiscais de resorts, hotéis-fazenda, pousadas à beira-mar e restaurantes sofisticados.

Com base em outras reportagens recentes da Folha que revelaram cinco exemplos de desvio de finalidade de verba, a Corregedoria da Câmara abriu investigação preliminar, mas não decidiu quais casos seguirão para o Conselho de 

Ética e quais serão arquivados. 


Os deputados federais procurados pela Folha ou não se manifestaram ou disseram que as viagens tiveram motivação legislativa. 

 2 -

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha entre os dias 14 e 18 de dezembro revela que o Congresso Nacional chega ao final do ano de 2009 com 40% de avaliação negativa, informa Cátia Seabra para a Folha deste sábado (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).

O percentual indica que, a menos de um ano das eleições, o índice de reprovação é quatro pontos mais baixo que em agosto, auge da crise do Senado. 
Outros 39% consideram regular o desempenho de deputados e senadores da atual legislatura; trabalho do Congresso é ótimo ou bom para apenas 15%.

Segundo a pesquisa, 39% dos brasileiros consideram regular o desempenho de deputados e senadores da atual legislatura.
O trabalho do Congresso é ótimo ou bom para apenas 15% dos entrevistados.

Palco de sucessivas crises, o Congresso tem o maior índice de reprovação entre a população de maior renda e maior escolaridade.