"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

setembro 17, 2009

LIBERADO : ELEIÇÃO PARA OS FICHAS SUJAS ATUAIS E NOVOS

Alguém tem alguma dúvida da necessidade das virtudes, e que a maior é a Justiça, se não for, o Congresso Nacional perde toda a razão de sua existência, eu tenho muitas dúvidas disto, sobre a real existência dos efetivos e eficentes trabalhos desta instituição que, após a retomada da Democracia em 1984, não tem agregado valores elevados e de equidades no qual todos esperamos, que se comprometeram de livre e espontânea vontade e são extremamente bem recompensados, não existe outro lugar no mundo, parlamentares que trabalham 36 horas semanais, ganhando salário mensal de um ano, de dezenas de outros trabalhadores, sem contar os escândalos de corrupção. 

E os "camuflados" de deputados se garantiram de que cada partido aumente o efetivo de suas "quadrilhas", não sei como as instituições da sociedade e povo(se é que temos) não se manifestam. 

Estamos definitivamente reféns de "quadrilhas" no Legislativo, estão trabalhando para construir um REINO de CONTRAVENTORES , cujo único objetivo é o saque aos cofres públicos para abastecer partidos e partidários e outras ... Prefeitos eleitos e empossados por efeito de "recursos"(RECURSO = MEIO DE VENCER UMA DIFICULDADE, EMBARAÇO, EXPEDIENTE, AUXÍLIO, AMPARO), um cidadão ilibado não nescessita recorrer à justiça para se garantir de nada.

 
Se não for assim, por quê será que :
 

Deputados dizem que reforma foi apressada para derrubar veto à "ficha suja".
 
A pressa dos deputados em analisar as mudanças feitas pelo Senado na reforma eleitoral foi consequência, principalmente, da emenda aprovada pelos senadores que proíbe a participação de políticos "ficha suja" na disputa eleitoral. 
 
Deputados ouvidos, afirmaram que os parlamentares temiam um novo desgaste para a Casa num debate público sobre a candidatura de políticos que respondem a processos na Justiça --por isso decidiram acelerar a análise da matéria. 
 
Na avaliação de um grupo de deputados, se o tema fosse debatido somente na semana que vem, a Câmara poderia ser pressionada a acatar ou flexibilizar a emenda do senador Pedro Simon (PMDB-RS) que previa "reputação ilibada" para os candidatos. 
 
Pela emenda do Senado, caberia a um juiz de primeira instância decidir se o candidato poderia ou não entrar na disputa, mas a regra não prevaleceu na Câmara.
A resistência teria partido, principalmente, de parlamentares do chamado "baixo clero" (baixo = inferior-ordinário-reles)--filiados a legendas pequenas-- que teriam ameaçado(não se debate ou discute-se, ameaça-se-chantageia-se, enfim, coisa de bandido) impedir a aprovação da reforma a tempo de valer para as eleições de 2010. 
 
Para que entre em vigor no ano que vem, o texto tem que ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva até o dia 2 de outubro. 
As mudanças poderiam ser votadas pela Câmara até o dia 30 de setembro.
O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), negou que a pressa tenha relação com a emenda de Simon. 
Segundo Temer, a pauta da Câmara vai estar trancada por duas medidas provisórias na semana que vem, o que poderia impedir a análise da matéria a tempo de valer em 2010.
 
Temer reconhece, porém, que a emenda de Simon poderia provocar ambiguidades na legislação eleitoral. "Havia muita subjetividade na história da reputação ilibada. 
Essa é questão que depende de critérios objetivos. Não há objeção dos deputados para que haja ficha limpa. 
 
Claro que isso facilita muito as eleições [ficha limpa], mas os critérios não estavam bem definidos", afirmou.
 
O líder do PSDB na Câmara, deputado José Aníbal (SP), criticou a pressa para a análise da reforma eleitoral. "Esse é um tema que o Congresso não pode mais fugir. 
 
Se a emenda era genérica e permitia distorções, nós tínhamos a obrigação de aperfeiçoar e não descartar simplesmente. 
 
É uma pena que mais uma vez a Casa tenha cedido às pressões", disse o líder.
A Câmara votou a proposta 24 horas depois do texto ter sido aprovado pelo Senado. 
Para garantir a votação da matéria, os deputados Flavio Dino (PC do B-MA) e Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), foram pessoalmente procurar o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), para agilizar o envio, à Câmara, do texto aprovado na véspera pelo Senado.
 
Os deputados conseguiram fazer com que o texto chegasse à Câmara por volta das 19 horas desta quarta-feira, o que viabilizou a votação.
Pelos cálculos iniciais do Senado, a proposta só seria encaminhada aos deputados às 22 horas.
Acordo
A Câmara viabilizou a rápida votação por meio de acordo firmado entre líderes de todos os partidos em torno do texto. 
Os deputados rejeitaram todas as mudanças feitas pelo Senado no texto, com exceção da liberdade total à internet no período da disputa política. 
Os deputados mantiveram, porém, restrições para a realização de debates entre os candidatos na internet. 
 
Os sites, emissoras de rádio e TV terão que convidar para os debates todos os candidatos de partidos que tenham representantes na Câmara Federal.
 
Os parlamentares retiraram a permissão para que candidatos à Presidência da República paguem por anúncios em sites jornalísticos. 
 
O Senado havia autorizado a propaganda, mas a mudança não foi acatada pelos líderes na Câmara.
 
Os deputados mantiveram a permissão para que sites oficiais dos partidos e dos candidatos fiquem ativos, inclusive no dia da votação. 
 
Pela legislação atual, os sites oficiais são obrigados a retirar do ar o seu conteúdo no período que vai de 48 horas antes da disputa até as 24 horas posteriores à votação.
 
O texto também mantém emenda do Senado que isenta os provedores da internet de penalidades em casos de propaganda irregular que não forem do seu conhecimento. 
Outra emenda acatada pelos deputados estabelece que os provedores, depois de notificados pela Justiça por propagandas irregulares, sejam obrigados a retirar os anúncios do ar.

POR QUÊ SARNEY É INTOCÁVEL ?


Arthur Virgílio mira em Renan e ‘acerta’ Marco Maciel

Lula Marques/Folha


Os líderes Arthur Virgílio (PSDB) e Renan Calheiros (PMDB) voltaram a se estranhar no plenário do Senado.

Na origem, Virgílio cobrara de Renan explicações sobre um assessor que ele mandara estudar inglês na Austrália. 

Às expensas da Viúva. Pow!

Como Virgílio insistisse, Renan valeu-se de tática comum no Senado: 
sempre que a Viúva grita “pega ladrão”, aponta-se o dedo para a cadeira ao lado.

Renan dissera que havia no Senado coisa mais grave: preso, o assessor de um senador continuara recebendo salários. 

Cana relativamente longeva: dois anos.
O líder pemedebê contara o milagre, mas não revelava o nome do santo.


Virgílio cobrou de Renan a divulgação do nome do benfeitor do presidiário. Silêncio total.

E Renan: “Não fique preocupado [...]. Meu PMDB já recomendou sua absolvição. 

O Conselho de Ética também. Não vou entrar nessa discussão”. Crash!

Virgílio reagiu. E voltando-se para José Sarney, que presida a sessão, cobrou providências.

Sarney alegou desconhecer o malfeito. 
Disse que, se informado, adotaria “as devidas providências”.

"Aqui a melhor coisa é não saber de nada”, disse Virgílio “Aqui é a República do eu não sei. Isso não leva o Senado a recuperação moral".

No início da noite, já circulava pelos corredores do Senado o nome do suposto chefe do preso: Marco Maciel (DEM-PE). 

Surpresa, espanto, estupefação!

Dono de biografia asseada, Maciel singrara o mar de lama do Senado incólume. 
Mas sua assessoria confirmou que o preso estava mesmo lotado no gabinete dele.

Antecipou-se que, à época do episódio infausto, abrira-se um processo administrativo. 

Os responsáveis pelo inaceitável já estariam ressarcindo a Viúva.

De concreto, por ora, tem-se o seguinte: Virgílio socou. 
Renan esquivou-se. E sobrou para Maciel, um sparing tão involutário quanto insuspeitado.


Senado pune com advertência funcionário fantasma da liderança do PMDB

O Senado decidiu punir com uma advertência o consultor legislativo Renato Friedman, servidor concursado da instituição que trabalhava como funcionário fantasma da liderança do PMDB na Casa
O servidor ganhava R$ 15 mil por mês para dar expediente em Brasília no gabinete comandado por Renan Calheiros (PMDB-AL), líder do partido no Senado. 

Mas Friedman trabalhava na loja de móveis da família, em Porto Alegre (RS).

Senado gastou R$ 70 mil em curso de Ideli Salvatti(PT-SC) em três países

O Senado gastou pelo menos R$ 70 mil para a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) e um assessor participarem de um curso voltado para a capacitação de executivos realizado em três etapas, no México, na Argentina e na Espanha, entre abril de 2007 e janeiro de 2008. 
Para os dois participarem do curso, o Senado desembolsou R$ 35.530 com as inscrições. Com diárias, a senadora gastou R$ 11.837,40 nas cidades onde o curso ocorreu:
 Cidade do México, Buenos Aires e Sevilha. O curso é voltado para executivos de empresas privadas, com técnicas e estratégias para capacitá-los a liderar equipes. 
O principal cliente é o gerente da grande empresa privada, em nível nacional e internacional. São os grandes executivos".
TOMÁ...NO CURSO                        
Custou R$ 70 mil porque ela não fala “menas” "cumpadrio" e nem “pobrema”. Agora imagine quanto custará o curso do Lula.
Click na foto e veja mais detalhes "nebulosos deste curso"

Incorruptível? Gabeira usou dinheiro públicopara pagar empresa da mulher.


        
O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) admitiu que usou R$ 20 mil da verba indenizatória em 2004 para contratar a Lavorare Produções, de sua mulher, Neila Tavares, para produzir um site. Segundo Gabeira, na época era sua namorada. 
"Desde que nossa relação mudou de patamar não a contratei mais com verba da Câmara."
 
Primeiro Eduardo Suplicy, que usou dinheiro público para comprar passagens para namorada, e agora Gabeira. 

Será que não sobra um em Brasilia sem crises de consciência? E ai, o que devemos fazer? 
Fechar o congresso para balanço?]

E FINALMENTE :

Gastos "secretos" com Lula chegam a R$8,4 milhões




Nos últimos dezoito meses os gastos “secretos” da Presidência da República já atingiram R$ 8,4 milhões.
A pretexto de “segurança nacional” o governo proíbe o contribuinte de saber como todo esse dinheiro foi gasto pelo presidente e seus familiares. 
Desde a posse de Lula, em 2003, a Presidência realizou gastos “secretos” de R$ 34,4 milhões. 

Grande parte das despesas é feita por meio de cartões corporativos.
A Presidência conseguiu gastar em um ano e seis meses quase tanto quanto as operações sigilosas da Agência Brasileira de Inteligência. 
Os dados sobre os gastos “secretos” são do Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira) .





FUNDAÇÃO SARNEY

Grampo derruba a versão de Sarney sobre fundação

Sérgio Lima/Folha                                               
O Senado camuflou os detritos que se acumularam na porta do seu presidente.

Ninguém se atreve a estragar a festa da família, todos tem passado e rabos "presos". 

Todos os sapos tem de ser engolidos e digeridos. 

Pra salvarem os próprios pescoços.


Mas a sujeira,de tão grande, continua vazando :


- Conversas telefônicas e e-mails interceptados pela Polícia Federal demonstram que Sarney participa da rotina da fundação que leva o nome dele.

- Nos grampos, as vozes do presidente do Senado e de uma de suas netas, Ana Clara, advogada da Fundação José Sarney.


- 27 de fevereiro de 2008: "Olha, vai te ligar o [empresário] Richard Klien que também quer nos ajudar tá..."



“...Diz [a ele] que nós precisamos para a manutenção do convento [sede da fundação]. Que tem que pagar INSS...”

“...Veja quanto ele quer nos ajudar. (...) Dá o número da conta [bancária] da fundação".



- No mesmo telefonema, Sarney informa a Ana Clara: "Já falei com o Iphan". Vem a ser o órgão público que custeia a preservação de prédios históricos.


Prédios como o Convento das Mercês, assentado em São Luís, onde funciona a sede da Fundação José Sarney.



- Richard Klien, o empresário com quem Sarney negociava doações à fundação, atua no ramo de transportes portuários.

Numa de suas empresas, a Santos Brasil, Klein é sócio do banqueiro Daniel Dantas, o Investigado-geral da República.

Amigo da família, Klien "contribuí" verbas, em 2006, nos cofres eleitorais de José Sarney (R$ 270 mil) e nos de Roseana Sarney (R$ 240 mil).



- Dois dias depois de conversar com o avô-senador, Ana Clara recebe um telefonema de Klien. "Meu avô disse que você iria ligar", ela diz.



E ele: "Estou analisando como posso ajudar com a fundação e te pergunto: tem Lei Rouanet [que permite descontar patrocínio no Imposto de Renda] nisso?"


Ana Clara responde: 
"Não. A gente tem até um projeto, mas a gente está fazendo com a Petrobras para digitalização do acervo de artes e livros".



- No início de março, Ana Clara avisa ao avô que Klien, como previsto, lhe telefonara.
O celular dela estava sob monitoramento da PF por conta de investigação aberta contra Fernando Sarney, o filho do senador que cuida dos negócios da família.



- Depois de quatro dias, o empresário Klien volta a tocar o telefone para Ana Clara. "Vou viajar semana que vem talvez e tava querendo deixar a primeira remessa pronta...”



“...Vou te mandar entre 70 e 100 mil". Recorre a uma metáfora alimentícia para dizer que a remessa seguiria em parcelas: "Vou cortar a linguiça em pedaços".



- Fora os telefonemas, a PF capturou e-mails de Ana Clara. Um deles, datado de 7 de agosto de 2008, é endereçado a Sarney.



-. Na mensagem, a neta informa ao avô sobre decisões que seriam tomadas em reunião da Fundação José Sarney.

-. Ela fornece detalhes sobre a destituição de membros do conselho curador da fundação.

- "O único receio aqui é que não há prova da efetiva convocação desses membros, e a Promotoria pode alegar que eles não foram convocados e, assim, não poderiam perder os mandatos", Ana Clara anotou.


- A neta sugere a Sarney a obtenção de cartas de renúncia de conselheiros. "O que o sr. acha?". 


A fórmula sugerida seria adotada no dia 19 daquele mesmo mês.


- A troca de telefonemas e o e-mail evidenciam que o presidente do Senado participa do dia a dia da fundação que traz seu nome enganchado na logomarca.



- Evidência de que Sarney mentiu ao Senado: "Nunca tive nenhuma função administrativa na fundação fundada por mim", discursara, o senador, no plenário, em 5 de agosto passado.



- No discurso, Sarney tentara tomar distância de malfeitos pendurados nas manchetes daqueles dias. 

O principal deles envolvia um patrocínio da Petrobras.


- Coisa de R$ 1,34 milhão. Dinheiro provido pela para recuperar o acervo da fundação. 

Um pedaço da verba foi parar na caixa registradora de empresas que ou não explicaram que serviços prestaram ou que são ligadas à família Sarney.



- Procurado, Sarney reiterou que está afastado da gestão da fundação. Sua assessoria repassou à Folha uma tentativa de resposta.



- “Ajudar na captação de recursos e dar opiniões sobre temas de importância da fundação demonstram apenas o apreço do presidente José Sarney pela instituição. 
Mas está longe de caracterizar participação na sua administração".



- Em condições normais, a mentira constituiria quebra de decoro parlamentar. Em 2000, uma inverdade pronunciada pelo então senador Luiz Estevão custara-lhe o mandato.

 
No caso de Sarney, porém, já não parece haver quem tenha moral e isenção para se pronunciar e acabar com a imundície enterrada sob o tapete." Tudo não passa de “campanha da mídia”.