"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

outubro 16, 2013

NO EMBALO DA "ENGANAÇÃO" 2014 II : Obras de mentirinha


Em mais um ato de sua caravana eleitoral em tempo integral, Dilma Rousseff passou ontem pela Bahia. Lá inaugurou mais um empreendimento carimbado com as marcas típicas do PT: o improviso e a empulhação. A presidente entregou a famílias baianas mais um conjunto habitacional inacabado. Nada muito diferente das obras de mentirinha que seu governo tem feito por aí.

Dilma foi a Vitória da Conquista entregar 1.740 moradias do Minha Casa, Minha Vida. Mas a maior parte delas não tem luz, nem água ou rede de esgoto. "Beneficiários passam as noites a luz de velas, usam baldes com água trazida de outros locais e contam com ajuda de vizinhos que já têm água ou energia em casa", descreve a
Folha de S.Paulo. Será esta a condição de vida que a petista defende para os brasileiros?


O padrão meia-boca é encontrado em quase tudo o que as gestões petistas fazem. Há muita energia e oba-oba dedicados a propagandear e macaquear as supostas realizações, mas pouca dedicação em fazer bem feito as obras, os programas e as ações necessários para melhorar as condições em que os cidadãos brasileiros vivem.

É extenso o rol de obras inacabadas que o governo petista teima em inaugurar, iludindo a população. Só a ferrovia Norte-Sul já teve fita cortada oito vezes, sem ver, porém, nenhum trem cortar toda a sua extensão. Falar das delongas na transposição das águas do rio São Francisco e seus canais de concreto esturricados pelo sol ou na construção da ferrovia Transnordestina já virou até covardia...

A própria agenda de eventos que preenchem o dia a dia de Dilma revela a timidez de suas realizações. Sem ter obras ou projeto de maior vulto para apresentar à população, a presidente fica pulando de estado em estado entregando retroescavadeiras e máquinas para prefeitos ou diplomando alunos de cursos técnicos. Oferece no varejo o que não tem em estoque no atacado.
Em sua edição desta semana, a revista Exame mostra que o padrão meia-boca é 
a norma e não a exceção no governo do PT.

Em 2012, cita a reportagem, o TCU fiscalizou 200 obras federais e, entre elas, identificou apenas nove que não mereceram nenhuma ressalva. Em todas as demais, os técnicos encontraram mais de 700 tipos de irregularidades, sendo as mais comuns o sobrepreço ou superfaturamento e os erros de projetos.


Na mesma cerimônia de ontem no interior da Bahia, Dilma comparou o Minha Casa, Minha Vida ao programa Mais Médicos, outro dos ilusionismos do PT. "A ideia é a mesma do Minha Casa, Minha Vida. (...) O povo precisa de moradia, então tem de ter mora­dia.O povo precisa de médico, então tem de ter médico", disse ela, segundo O Estado de S.Paulo.

Mesmo sem querer, Dilma acabou mostrando que o programa destinado a levar médicos - principalmente estrangeiros - a rincões e periferias dos grandes centros também traz a marca do improviso, com pouca preocupação em resolver, de fato, os problemas de atendimento de saúde deficiente que os brasileiros enfrentam no seu dia a dia.


Da mesma forma que beneficiários do Minha Casa acabam tendo que morar em casas no escuro, sem água e seu ligação a redes de esgotos, pacientes do Mais Médicos têm de se virar com profissionais placebo, que até criam um efeito psicológico positivo e aliviam o desespero de quem precisa da medicina, mas não curam...

Com a viagem de ontem à Bahia, a presidente completou 51 dos 288 dias transcorridos no ano até agora consumidos em deslocamentos pelo país, segundo cálculos da Folha. Somadas as muitas viagens dela ao exterior no período, conclui-se com facilidade que governar não é bem o ponto forte de Dilma. Por que, diabos, ela quer ficar mais quatro anos no Palácio do Planalto? Pelo padrão das obras e realizações que tem entregado aos brasileiros até agora é que não pode ser.

ITV

E NO EMBALO DA "ENGANAÇÃO" 2014 :GERENTONA FARSANTE 1,99 usa tese enganosa sobre queda das maiores despesas federais

A presidente Dilma Rousseff se valeu de uma tese enganosa sobre a redução de despesas federais em seu debate público com a oposicionista Marina Silva, hoje abrigada no PSB. Segundo a argumentação, lançada pelo ministro Guido Mantega (Fazenda), as contas do governo estão sob controle porque os principais gastos Previdência Social, juros da dívida pública e pessoal estão em queda como proporção da economia do país.

Desde que foi inaugurada, no final do ano passado, a tese já foi superada pelos fatos. Das três despesas citadas, apenas a com pessoal permanece em baixa.

O principal gasto da União, com benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), nunca chegou a cair. Havia sido reduzido, isso sim, o deficit do instituto, cujas receitas cresciam ainda mais rapidamente que os gastos.

Não mais: 
de janeiro a agosto deste ano, as despesas da Previdência Social superaram as receitas em R$ 35,8 bilhões (1,15% do Produto Interno Bruto), contra um saldo negativo de R$ 28,1 bilhões no mesmo período do ano passado (0,98% do PIB).

Os gastos continuam em alta, impulsionados pelo envelhecimento da população e pela elevação do salário mínimo; já a arrecadação não cresce tanto quanto antes, com o ritmo lento da economia e as medidas de desoneração tributária adotadas pelo governo.

Os encargos da dívida pública reassumiram a tendência de alta desde que o Banco Central voltou neste ano a elevar juros para conter a inflação. Nos primeiros oito meses do ano, atingiram 4,04% do PIB, acima dos 3,58% do período correspondente de 2012 e até dos 3,40% de 2010.

A inflação ajudou, ao menos, a conter as despesas com o funcionalismo público, cujos reajustes não acompanharam, em geral, a alta dos preços. O gasto com pessoal, que encerrou os anos Lula em 4,42% do PIB, ficou em 4,23% de janeiro a agosto de 2012 e 2013. 


POR Dinheiro Público & Cia  
Dilma usa tese enganosa sobre queda das maiores despesas federais