"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

janeiro 21, 2013

Entre palavras e atos, uma estrada esburacada

Srª. Presidente:

Há uma distância enorme entre as palavras e intenções expressas pela presidente da República e suas efetivas realizações. Dilma Rousseff promete eficiência e celeridade, mas produz quase só atrasos e malversações. 
Não adianta traçar metas ambiciosas, se a capacidade de executá-las não existe. 
 Entre as palavras e os atos presidenciais, há uma longa estrada esburacada.

Na sexta-feira, aboletada em cima de um palco convertido em palanque no Piauí, Dilma
prometeu "crescimento sério, sustentável e sistemático" para este ano. Seu discurso não corresponde aos fatos e só com lábia não se movem montanhas nem tampouco se sensibilizam os cofres de quem constrói o futuro do país.

Uma minuciosa análise do Orçamento Geral da União feita neste fim de semana pela
Folha de S.Paulo comprova quão devagar as ações do governo federal têm andado sob o governo de Dilma. Áreas fundamentais para destravar o desenvolvimento do país, como a de infraestrutura, estão à míngua.

Gastos em transportes, saneamento, urbanismo e segurança pública foram mais baixos em 2012 do que no último ano da gestão Lula. Em dois anos, as despesas com transportes caíram 22% em termos reais - ou seja, descontada a inflação do período. As com saneamento e urbanismo diminuíram 19,5% e as com segurança pública, 25,7%.

Entre as razões apontadas, estão os escândalos de corrupção e roubalheira que marcaram os primeiros meses da gestão Dilma em ministérios como o dos Transportes e o das Cidades, paralisando o governo.

"Em contraste com sua imagem pública de gestora de obras, a presidente Dilma Rousseff deixou a infraestrutura minguar em sua primeira metade de mandato", estampou a Folha na sua manchete de domingo. O texto informa que, em contrapartida, cresceram os investimentos federais em educação e saúde, o que é bom.

Os exemplos de incúria em relação aos investimentos federais pipocam pelo país. No setor elétrico, o descasamento entre obras de geração e empreendimentos de transmissão de energia contribui para aumentar o risco de racionamento. Já vem acontecendo com as usinas eólicas e afetará também a operação da hidrelétrica de Santo Antônio.

"A décima das 27 turbinas da usina hidrelétrica Santo Antônio, em Rondônia, acaba de entrar em funcionamento, mas a energia que gera não pode ser levada para a região Sudeste, onde os consumidores enfrentam risco de apagão, porque a linha de transmissão do Madeira - apelidada de "linhão" - está atrasada e sem plano de conexão", mostra hoje o Brasil Econômico.

Ao mau planejamento, soma-se a lentidão. Um e outro tornaram-se marcas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), cada vez mais transformado de filho dileto em parente renegado pelo governo petista.

Em sua edição de ontem,
O Estado de S.Paulo analisou 107 obras rodoviárias do programa e concluiu que elas avançam, em média, 1,3 quilômetro por mês. Numa conta simples, significaria dizer que cada uma delas executa 12 metros a cada 30 dias. 
Como isso é possível, senão com uma caprichada ineficiência?

O país encontra-se às voltas com o dilema de voltar a crescer para sustentar um ciclo duradouro de desenvolvimento e ascensão social. Mas o governo não tem demonstrado capacidade de responder o desafio à altura e, para piorar, resiste a permitir que a iniciativa privada tome a frente dos investimentos. 
Só promessas não serão suficientes para alterar um vistoso histórico de fracassos e frustrações.

Fonte: Instituto Teotônio Vilela

ENQUANTO ISSO...O brasil TÁ maravilha ? ENTONCES, "DECHA ROLÁ" O FORRÓ DA REELEIÇÃO.

A viagem da presidente Dilma Rousseff ao Piauí, na última sexta-feira, confirmou ao país o que muitos desconfiavam e o Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor, adiantou na quarta-feira da semana passada:
o governo já está empenhado - e nem faz questão de disfarçar - na campanha de reeleição da presidente da República.

Não só o governo, que cola a agenda da governante com a da candidata, como também o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um mestre na arte de criar e eleger candidatos, como comprovaram eleições recentes. Dilma só não contava com o "apagão" de 30 minutos que antecedeu sua chegada a Teresina.

Não chegou a estragar a festa, mas serviu para advertir o governo do muito que precisa ser feito, efetivamente, antes de 2014.

Dilma chega a 2013, véspera do ano sucessório, sem ter uma grande obra a apresentar. E as obras da "herança bendita" que recebeu do governo Lula, na área de infraestrutura, ainda estão à espera do esforço governamental para serem concluídas. Obras que contribuíram para a reeleição do próprio Lula, em 2006, e a eleição de Dilma, em 2010, como a transposição do rio São Francisco.

Trata-se de uma obra-símbolo da falta de pejo de governantes petistas para transformar projetos de grande anseio popular em produtos de marketing eleitoral. O fim da seca do Nordeste está no imaginário de qualquer nordestino, como também de todos os brasileiros.

As evidências mostram que as férias devolveram uma Dilma Rousseff diferente no modo de governar. Mais solta, buscando a iniciativa em ações de grande visibilidade, como os encontros que manteve nas duas últimas semanas com os maiores empresários do país.

Obviamente, é impossível afirmar que o objetivo da presidente era o de produzir ações de marketing com vistas à campanha. Mas é difícil ignorar as cenas de Dilma com chapéu de vaqueiro e aplaudindo, sorridente, os sanfoneiros que animaram a entrega de retroescavadeiras e apartamentos em Teresina, ao som de Asa Branca e de outros hits da região.

Parecia o forró da reeleição.

Num momento sensível do processo econômico em que a inflação mostra os dentes, ameaça de racionamento de energia elétrica e de dúvidas sobre a capacidade de o país assegurar os encargos que assumiu para sediar a Copa do Mundo de 2014, o que menos se espera de Dilma é a mistura da governança com o processo da sucessão presidencial do próximo ano.

São grandes os desafios que aguardam a presidente em 2013. Antes de pensar na reeleição, Dilma deve pensar em enfrentar e resolver esses desafios. Ou pelo menos deixá-los encaminhados, até porque uma coisa levará à outra.

É quase uma inevitabilidade.
O mesmo não se pode dizer se as coisas acontecerem de modo contrário.

Há muito a ser efeito, projetos que de maneira alguma podem entrar na fila das "obras prioritárias" só em véspera de eleição, como parece ser o caso da transposição do rio São Francisco. Afinal de contas, os problemas do fornecimento de energia elétrica estão mesmo equacionados, sob o controle das autoridades responsáveis, ou continuarão a se repetir "apagões-relâmpagos" como o que recepcionou a presidente na viagem a Teresina?

Os aeroportos, tão necessários para receber eventos como a Copa do Mundo quanto para atender um país em crescimento, ficarão prontos no tempo necessário ou correm o risco de ficar na situação da refinaria Abreu Lima - outra promessa de Lula na campanha da reeleição -, projeto cujo orçamento já aumentou quase sete vezes?

E as obras de mobilidade urbana, essas sim um autêntico legado da Copa?

Para Dilma se eleger presidente da República, as agendas da chefe da Casa Civil com a de Lula foram embaralhadas. Não justifica, mas a ideia era tornar conhecida uma candidata retirada do bolso do colete do então presidente e que nunca antes disputara uma eleição.

A popularidade de Dilma agora ronda os 62%.

O desconhecimento não é argumento para transformar atos de governo em campanha. É natural que o PT esteja no palanque. Mas o PIB de 2012 mostra que o momento atual é delicado e requer a atenção integral da presidente da República.

Valor Econômico
Dilma tem muito a fazer antes do forró da reeleição

BUFÃO + GERENTONA DE NADA E COISA NENHUMA ... Mágicas fiscais e orçamentos da União

O filósofo Marco Túlio Cícero disse, 55 anos antes de Cristo, que "o orçamento nacional deve ser equilibrado e as dívidas públicas devem ser reduzidas...".  

O pensamento volta à tona por ocasião do fechamento, meio Mandrake, das contas públicas de 2012. Para quem não se recorda, Mandrake, o mágico, é um personagem de história em quadrinhos que ostentava uma capa vermelha e se valia de uma técnica de hipnose instantânea. Quando preciso, transformava ameaças em flores.

No caso da política fiscal brasileira, o truque é outro.

Quando conveniente, o governo faz dinheiro aparecer. De forma simplificada, o Tesouro se endivida, envia o dinheiro para os bancos públicos e, depois, extrai deles recursos antecipados, justificando serem dividendos de balanços que nem sequer foram fechados.

Os recursos são registrados como arrecadação e o governo passa a ilusão de que "cumpriu a meta" que havia estabelecido para o superávit primário. Algo como uma "corrente da felicidade" em que a dívida é empurrada para terceiros.

De fato, acompanhar a execução fiscal e orçamentária da União está se tornando mais difícil a cada dia. Em 2013, por exemplo, são, no mínimo, "três orçamentos".

O primeiro é o Orçamento-Geral da União (OGU), que ninguém sabe exatamente quando será aprovado no Congresso Nacional. O segundo é proveniente dos R$ 42,5 bilhões de uma medida provisória editada no apagar das luzes do ano passado. E o terceiro resulta de aproximadamente R$ 175 bilhões de restos a pagar.

Quanto ao OGU, é otimista a expectativa de que seja aprovado nos primeiros dias de fevereiro. Afinal, assim que o Legislativo reiniciar suas atividades, haverá eleições internas. Além disso, serão retomadas as discussões sobre os 3 mil vetos, a distribuição dos royalties e a cassação, pelo Supremo Tribunal Federal, dos mandatos dos três deputados condenados no mensalão.

Independentemente da data de aprovação, a verdade é que houve grande retrocesso na transparência do Orçamento de 2013, pela redução do detalhamento das informações e o "esvaziamento do significado das ações orçamentárias", já que os títulos perderam "conteúdo e força descritiva", como concluiu nota técnica conjunta das consultorias de orçamento da Câmara e do Senado.

Também é notório que diversas iniciativas governamentais, como Brasil sem Miséria, Brasil Carinhoso, Mais Educação, Saúde da Família, Rede Cegonha, Brasil Sorridente, entre outros "nomes fantasia", não estão discriminadas no Orçamento, o que impede o seu acompanhamento pela sociedade.

O "segundo orçamento" decorre da Medida Provisória 598, publicada no Diário Oficial da União em 27/12/2012, que abriu créditos extraordinários de R$ 42,5 bilhões. Na prática, remanejou recursos, anulando e criando dotações, principalmente nas estatais, atropelando as prerrogativas do Legislativo - a quem compete aprovar o Orçamento.

O curioso é que o artigo 167 da Constituição Federal restringe

a abertura de crédito extraordinário a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade. Convenhamos, não é o caso.
 
 O terceiro orçamento a ser monitorado é o dos R$ 175 bilhões de "restos a pagar". A situação chega a ser esdrúxula. Em 2012, considerados os investimentos da administração direta da União (excluídas as estatais), os valores pagos com o Orçamento do exercício somaram R$ 21,6 bilhões, enquanto os restos a pagar pagos totalizaram R$ 25,3 bilhões.

Assim, o total desembolsado em 2012 (Orçamento do ano + restos a pagar pagos) foi de R$ 46,9 bilhões. Paradoxalmente, teremos cerca de R$ 71,8 bilhões de restos a pagar de investimentos inscritos/reinscritos para 2013.

A estimativa é de que sejam também transferidos para 2013 cerca de R$ 77 bilhões de restos a pagar de "outras despesas correntes" e aproximadamente R$ 23 bilhões de "inversões financeiras". O "estoque" global de restos a pagar só não chegará aos R$ 200 bilhões porque o governo, nos primeiros dias deste ano, anulou empenhos, sobretudo de "outras despesas correntes", reduzindo a bolada de anos anteriores transferida para 2013.

Se já não bastasse a "contabilidade criativa", há, ainda, a "contabilidade retroativa".

Desta forma, o Orçamento é administrado pelo retrovisor. O Legislativo aprovará o de 2013, mas o Executivo tocará, prioritariamente, as pendências de anos anteriores. Como não há dinheiro suficiente para ambos, os gestores continuarão a viver a "escolha de Sofia". Se for muito urgente, quitam os restos a pagar.

Se for politicamente interessante, tocam as novas iniciativas.

Com essas práticas o governo fere diversos princípios orçamentários clássicos, como os da prévia autorização, anualidade, clareza, especificação e publicidade. Esse conjunto de proposições orientadoras deve balizar os processos orçamentários com o objetivo de dar-lhes estabilidade e consistência, sobretudo no que se refere à sua transparência e ao seu controle pelo Legislativo e pelas demais instituições da sociedade.

Diante desta "babel orçamentária" e de tantas maquiagens, o governo corre o risco de transformar em pó a credibilidade da execução orçamentária e da política fiscal. Como aconselhava Cícero há 2 mil anos, as contas públicas precisam ser equilibradas e o endividamento, contido.

De preferência, sem mágicas e abracadabras.

Gil Castello Branco
*Economista e fundador da organização não governamental Associação Contas Abertas (gil@contasabertas.org.br)

COM "ELA" O brasil SEGUE "MUDANDO" : Balança comercial brasileira tem déficit de US$ 2,7 bi em janeiro. É o pior janeiro em 19 anos Exportações recuaram 26% na comparação com dezembro

A balança comercial brasileira registrou déficit de US$ 1,723 bilhão na terceira semana de janeiro, informou nesta segunda-feira o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Entre os dias 14 e 20 de janeiro, as exportações somaram US$ 3,216 bilhões e as importações, US$ 4,939 bilhões. 

No mês, o saldo da balança comercial está negativo em US$ 2,701 bilhões, com exportações somando US$ 9,493 bilhões e as importações, US$ 12,194 bilhões, o pior janeiro em 19 anos.

Nas três primeiras semanas deste mês, as exportações recuaram 26% pela média diária na comparação com dezembro devido à retração nos embarques das três categorias de produtos:
básicos, semimanufaturados e básicos. 

Já em relação a janeiro do ano passado, as exportações diminuíram 0,5% em função do recuo nas vendas de produtos básicos e manufaturados.
As importações, também entre os dias 14 e 20 de janeiro, subiram 7,2% pela média diária na comparação com dezembro e aumentaram 18,3% frente a janeiro de 2012. 

Na comparação com janeiro de 2012, aumentaram as compras no exterior de aeronaves e peças, 
produtos da indústria química, 
combustíveis e lubrificantes,
produtos farmacêuticos. 

Em relação a dezembro, houve acréscimo, sobretudo, nas compras de equipamentos elétricos/eletrônicos, 
aeronaves e peças, 
combustíveis e lubrificantes, 
borracha e produtos siderúrgicos.

PREVISÃO DE 2013 PARA O brasil maravilha dos FALSÁRIOS : "mais inflação e menos crescimento"

 
 Os economistas do mercado financeiro subiram, na semana passada, sua previsão para a inflação deste ano, ao mesmo tempo em que baixaram sua estimativa para o crescimento da economia brasileira em 2013, segundo o relatório de mercado, também conhecido como Focus, que é fruto de pesquisa do Banco Central com mais de 100 instituições financeiras. 
O levantamento foi divulgado nesta segunda-feira (21).

A expectativa dos economistas dos bancos para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2013 subiu de 5,53% para 5,65%. Foi a terceira elevação consecutiva deste indicador. Para 2014, a estimativa do mercado para a inflação permaneceu inalterada em 5,50%.

Pelo sistema de metas que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas, tendo por base o IPCA. Para 2013 e 2014, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.


Juros

Após a manutenção dos juros na semana passada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC em 7,25% ao ano, o mercado financeiro segue acreditando que a taxa permanecerá neste patamar, pelo menos, até o fim de 2013. Para o fechamento de 2014, a previsão do mercado para a taxa básica de juros foi mantida inalterada em 8,25% ao ano.

Produto Interno Bruto

Para 2013, a previsão de crescimento do PIB dos analistas dos bancos recuou de 3,20% para 3,19%. Foi a terceira semana seguida que este indicador tem queda. Com isso, o mercado dá sinais, novamente, de que não acredita na estimativa do Ministério da Fazenda, de que o PIB vá crescer mais de 4% em 2013. Para o próximo ano, a previsão dos analistas do mercado financeiro para o crescimento econômico permaneceu estável em 3,60%.

Câmbio, balança comercial e investimentos estrangeiros

Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2013 subiu de R$ 2,07 para R$ 2,08 por dólar. Para o fechamento de 2014, a estimativa dos analistas dos bancos para o dólar avançou de R$ 2,05 para R$ 2,09.

A projeção dos economistas do mercado financeiro para o superávit da balança comercial (exportações menos importações) em 2013 permaneceu inalterada US$ 15,43 bilhões na semana passada. Para 2014, a previsão de superávit comercial ficou inalterada em US$ 15 bilhões na última semana.

Para 2013, a projeção de entrada de investimentos no Brasil ficou inalterada em US$ 60 bilhões. Para 2014, a estimativa dos analistas para o aporte de investimentos estrangeiros continuou em US$ 60 bilhões na última semana.

E NA REPÚBLICA TORPE E ANTRO DAS NULIDADES ... A INDEPÊNDENCIA DA IMPUDÊNCIA


Começar um artigo com citação é para alguns falta de imaginação e para
outros, conhecimentos. Vamos pela segunda hipótese, pois às vezes é muito
difícil colocar a palavra certa no lugar certo.

O grande general Douglas McArthur deixou para a posteridade o seguinte:
“E se algum dia, qualquer que seja tua idade, teu coração se deixar invadir
pelo pessimismo, torturar pelo egoísmo e correr pelo cinismo que DEUS tenha
piedade de tua velha alma”.

Parece que escreveu para o BRASIL ATUAL. 
HÁ UMA MENSAGEM DO INFERNO PEDINDO QUE OS BANDIDOS DO GOVERNO BRASILEIRO NÃO MORRAM, POIS, IRÁ ENCHÊ-LO.

Muitos dos homens públicos brasileiros perderam todo o sentido do PUDOR e
da FALTA DE VERGONHA. O incrível é que se apresentam no Congresso Nacional,
falando para CÍNICOS, que são tão despudorados como ele e a MENTIRA fica
aceita, como verdadeira.

Todo tipo de desculpas são apresentadas. Todas as verbas foram para o
estado tal, pois foi o único que soube apresentar projetos, mas, todas as
verbas estão ligadas aos parentes do Ministro.


O mais interessante do CINISMO E DO DESCARAMENTO é que as denúncias não são feitas pela oposição e sim por um tal “fogo amigo”. 

São partidos que se dizem amigos, mas brigam como cachorro vira-lata. 
Tudo comendo farelo da pior espécie, no mesmo cocho.

Não sei quantos ministros demitidos, nenhum processado, pois nem as
polícias municipal, estadual ou federal abriram processos.
Pedimos desculpas. Não foram demitidos e sim pediram para sair, em nome da honra e tudo, no melhor dos mundos.

Voltaire afirmou:
“Os infinitamente pequenos têm um orgulho infinitamente
grande”. Já repararam como estes descarados apresentam-se?
- Roupas impecáveis, cabelos, muito bem penteados e uma gravata nova com o laço inventado pelo príncipe de Windsor.
 

O sapato brilha e as meias pretas, de seda.
Falam com uma entonação de voz como se fossem um RUI, CATÃO OU
CÍCERO e a plateia de pequenos prepara-se para as perguntas pré-fabricadas.
“Ao me dirigir ao nobre amigo o faço com orgulho.

Vejo que sua exposição indica que seu coração palpita de perdão aos difamadores da honra alheia”.

A minha pergunta é simples:
estas falsas aleivosias não serão produtos da inveja de seus inimigos locais, que não tendo a capacidade de Vossa Excelência inventam mentiras, as mais torpes possíveis”?
 

A resposta é brilhante:
Vossa Excelência foi de uma clareza fantástica. São falsas acusações próprias da pequenez humana. São adversários medíocres, que não compreendem a grandeza de GANDHI que soube expressar o que nós aqui pensamos e realizamos:
“Eu vivo humildemente buscando a verdade. A verdade é portanto, o meu único fim”.


Ao fechar os olhos e levantando os braços grita:
“A verdade é, hoje, exposta neste santo ambiente de homens grandes e
as mentiras sacadas contra mim lá fora ficaram.” Palmas e Palmas.

A sessão é terminada e todos rindo se abraçam. 


É a glorificação da falsidade tão bem posta por GOETHE:
“O QUE FALSO - ERRO – é, o mais das vezes, cômodo ao homem fraco”.

 

É A VITÓRIA DA MEDIOCRIDADE. É EMBASSADA NO DESCARAMENTO!
NO BRASIL O MENSALÃO E ROSEMARY SÃO SÍMBOLOS DE DESCARMENTO?

E A ELEIÇÃO DAS MESAS DO SENADO E CÂMARA COMO PODEMOS CLASSIFICAR?


 ELIO GASPARI CLASSIFOU-A COMO UMA NORMA DO GRANDE E TEMIDO GÂNGSTER DOM VITO CORLEONE:
“PARA MIM, NÃO TEM IMPORTÂNCIA O QUE UM PESSOA FAZ PARA GANHAR AVIDA”.

ESTAMOS VIVOS! GRUPO GUARARAPES! 
PERSONALIDADE JURÍDICA sob reg. Nº12 58
93. Cartório do 1º Registro de Títulos e Documentos, em Fortaleza. 
Somos 1.837 civis – 49 da Marinha - 479 do Exército 
– 51 da Aeronáutica; 2.416 
RP: batistapinheiro30@yahoo.com.br 21 – JAN - 2013
• Doc. 21– 2013‏
DESCARAMENTO doc. 21 - 2013
www.fortalweb.com.br/grupoguararapes 
 

Apartidários são maioria no País pela primeira vez desde a redemocratização - 56% dos brasileiros afirmaram no final de 2012 não possuir preferência por nenhuma legenda política - eram 38% em 1988

Pela primeira vez desde 1988, o número de brasileiros que se declara apartidário superou o de pessoas que afirmam ter preferência por alguma legenda política. 
Levantamento feito pelo Ibope, a pedido do Estado, mostra que, no final de 2012, 56% das pessoas diziam não ter nenhuma preferência partidária, contra 44% que apontavam preferência por alguma legenda. Vinte e quatro anos antes, na esteira da redemocratização, apenas 38% das pessoas declaravam não ter um partido da sua preferência - 61% apontavam um favorito.

A perda de simpatizantes ocorreu em todas as legendas. Há menos petistas, tucanos, peemedebistas, democratas e pedetistas hoje do que há cinco anos.

Os dados do Ibope mostram uma queda na popularidade do PT entre os brasileiros desde março de 2010, último ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Naquele momento, antes de a campanha eleitoral esquentar, o partido atingiu o auge na preferência dos eleitores: 
33% dos entrevistados. 
Em outubro de 2012, o porcentual caíra para 24%.

O momento de maior desencanto com os partidos, em 2012, coincide com o julgamento do mensalão, quando 13 políticos do PT, PP, PR, PMDB e PTB foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal. Também naquele ano houve eleição municipal, quando aumentaram ataques e acusações entre legendas.

O PT, no entanto, ainda se mantém na liderança como o preferido do eleitorado, na frente do PMDB e do PSDB, apontados como favoritos por 6% e 5% dos entrevistados, respectivamente.


Os porcentuais apurados pelo Ibope refletem o momento histórico e a conjuntura política e econômica, não só brasileira como mundial. Também apontam para questões estruturais, como a crise da representatividade dos partidos políticos tradicionais.

"De 1988 para cá, a democracia se ‘rotinizou’. Então é claro que essa paixão tende a arrefecer. Junto com essa rotinização tivemos uma série de escândalos. Alguns cristais se quebraram", declarou o cientista político Carlos Melo, professor do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper). 
"Há fatores históricos (como a queda do Muro de Berlim e o fim da União Soviética, que diminuíram a polarização ideológica entre os partidos), fatores específicos do Brasil e problemas estruturais da política: os partidos não dão mais conta de uma grande explicação do mundo", disse.

No ano passado, por exemplo, pesquisa Ibope mediu a confiança do brasileiro nas instituições do País. Os partidos políticos foram os menos confiáveis, entre 22 instituições avaliadas - a família aparecia em primeiro lugar.


"Era do MDB nos anos 70. Votei no Lula em 2002, fui super petista nos anos 80. Mas aí veio o mensalão. Fiquei muito decepcionada. Desde 2005, só voto nulo", afirmou a escritora e socióloga Ivana Arruda Leite, 61 anos. "Não acredito em nenhum partido, apesar de existirem pessoas que eu respeito na política."

Para o publicitário Daniel Palma, 36 anos, o PT se aproximou dos partidos tradicionais e perdeu parte do discurso ético ao fazer alianças pragmáticas, como as com Paulo Maluf (PP-SP). Ele também citou o acordão na CPI do Cachoeira, que não permitiu não aprofundar investigações. 
"É o velho discurso de que, para se governar, precisa fazer alianças. Hoje é tudo pelo poder. Tenho um pouco de medo desse discurso", disse Palma, que afirmou ainda votar em quadros do PT.
Se 2012 foi o ano em que mais pessoas se disseram apartidárias, em maio de 2007 o número de brasileiros que diziam ter uma preferência por alguma legenda atingiu o auge na série histórica: 
66% contra 33% que não indicavam nenhuma sigla.

"Esse é um período em que o País estava bem. Havia a crise do mensalão que poderia derrubar o PT. Mas, aí, pode se pensar numa transferência do prestígio de lideranças como Lula, que mantinha um governo bem sucedido", disse Marco Antonio Teixeira, da Fundação Getúlio Vargas. Naquele ano, a economia cresceu 6,1%.

Lulismo. 
Os anos de maior aprovação do PT - 2003 e 2010, quando 33% das pessoas apontam o partido como o da sua preferência - coincidem com períodos de avaliação positiva do governo Lula, o que levou teóricos a criarem a expressão "lulismo", entre os quais, o sociólogo André Singer, ex-porta-voz do governo petista. O fenômeno mostra que o apoio dado por eleitores à gestão Lula migrou para o PT.

No texto As Bases do Petismo, de 2004, o brasilianista David Samuels, da Universidade de Minnesota, afirma que avaliações afetivas feitas pelos cidadãos estão relacionadas com o fato de serem ou não petistas. "Os cenários revelam que a opinião sobre Lula tem muito mais influência sobre o petismo de um brasileiro do que sua identificação como esquerdista ou não. O personalismo tem um impacto maior do que a ideologia em termos das bases do petismo", diz Samuels.

Fundado em 1980, o PT tinha a simpatia de 12% do eleitorado em 1988. Perdia para o PMDB, com 25%. "O PMDB canalizou para si o processo de democratização e de transição. Nos anos 90, tem a crise de imagem do governo Sarney, espelhada a partir do próprio PMDB, que não conseguiu se constituir mais como um partido nacional. Virou uma espécie de federação de partidos estaduais", afirma Teixeira.

Em março de 1994, no ano da segunda corrida presidencial de Lula, o PT passa o PMDB. Durante a era Lula, o partido enfrenta seu pior desempenho em fevereiro de 2006, na esteira das denúncias envolvendo o mensalão, quando 21% das pessoas afirmam ter simpatia pelo partido.

"Ê, ô ô, vida de gado, povo marcado, ê, povo feliz" : Nova ofensiva por crédito

Desde que alberguemos uma única vez o mal, este não volta a dar-se ao trabalho de pedir que lhe concedamos a nossa confiança.
Franz Kafka
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O fraco desempenho de economia em 2012 levou o governo a procurar o setor bancário para pedir mais ousadia na oferta de crédito no país. Na avaliação da equipe econômica, embora tenham feito reduções em suas taxas de juros ao longo do ano passado, os bancos foram muito conservadores na concessão de financiamentos tanto para pessoas físicas quanto para empresas e acabaram contribuindo para o baixo crescimento.

Por isso, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem conversado frequentemente com presidentes de bancos privados como Itaú e Bradesco. No plano para turbinar a atividade, Caixa e Banco do Brasil também já se preparam para novas reduções de taxas e ampliação de linhas de crédito.

A equipe econômica considera ainda que todo o movimento de corte de juros não foi feito e que tanto empresários quanto consumidores podem se beneficiar de uma nova rodada de redução das taxas.

O ministro defende que a inadimplência - um dos principais argumentos das instituições privadas para manter a postura conservadora no crédito - se estabilizou no país. Segundo dados do Banco Central (BC), esse indicador encerrou novembro em 5,84%, sendo que ele estava em 5,93% em outubro e 5,88% em setembro. No caso das pessoas jurídicas, o percentual está em 4,08%; e das pessoas físicas, em 7,8%. Mantega também tem pedido que instituições públicas, como Caixa e Banco do Brasil, continuem na estratégia de baixar taxas e ampliar o crédito.

Dilma se reúne com banqueiros

A presidente Dilma Rousseff também entrou diretamente na conversa. Tanto que recentemente recebeu o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, no Palácio do Planalto para uma longa conversa. Dias após o encontro, o Bradesco anunciou uma ampliação em 20% do volume total de recursos de crédito pré-aprovado para pessoas físicas, que passou de R$ 68 bilhões para R$ 81 bilhões. Dilma tem recebido outros banqueiros ultimamente.

O ministro da Fazenda também tem dito às instituições financeiras que se eles tivessem sido mais generosas na oferta de crédito, especialmente para financiar os investimentos do setor privado em infraestrutura, o desempenho da economia poderia ter sido melhor no ano passado.

A previsão inicial do governo para 2012 era que o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos pelo país) poderia crescer 4,5%, mas a taxa chegará a 1% na melhor das hipóteses. Dados do Banco Central mostram que o crédito para a indústria ficou praticamente estável em 2012, começando o ano em 9,9% do PIB e terminando pouco acima de 10%.

Mantega também tem dito aos executivos que os balanços dos bancos públicos vão mostrar bons resultados, mesmo com a redução feita no spread (diferença entre a taxa que o banco paga para captar o dinheiro e a que cobra para emprestá-lo ao consumidor), graças ao aumento de participação dessas instituições no mercado brasileiro.

Além de contar com o aumento do crédito, o governo já age em outras frentes para fazer a economia deslanchar. Nos planos está a ampliação da desoneração da folha de pagamentos para todos os setores da economia.

Para garantir que os gastos públicos em investimentos aumentem sem riscos para o equilíbrio fiscal, a equipe econômica já discute fazer alterações na meta de superávit primário, fixada em 3,1% do PIB. Entre as alternativas, está reduzir oficialmente a meta para um percentual próximo a 2% ou ampliar o volume de gastos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que o governo pode abater do superávit primário.

Martha Beck O Globo