"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

abril 24, 2010

MAIS UM ZUMBI REINCORPORADO NAS "VERBAS INDENIZATÓRIAS"

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Josie Jeronimo /CorreioBrazliense
Em busca do tempo perdido em que ficou sem verba indenizatória, o deputado federal Edmar Moreira (PR-MG) já utilizou nos três primeiros meses deste ano mais da metade do que gastou no ano passado.

Depois do escândalo do castelo e de responder a processo no Conselho de Ética da Câmara por apresentar notas de sua própria empresa de segurança para receber a verba indenizatória, o deputado passou sete meses de 2009 em regime de austeridade em relação ao benefício.

Em alguns meses, não gastou nada. Em outros, não superou os R$ 6 mil em notas.
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O ano mudou, o deputado trocou de partido e voltou a gastar. Só em 2010 foram R$ 94,2 mil para exercício da atividade parlamentar — contra R$ 168 mil em todo o ano passado.

Dos R$ 94,2 mil, a Câmara ressarciu R$ 69.806 para pagar gráficas, consultoria de advogados e aluguel de jatinhos no primeiro trimestre.

Para não perder tempo em viagens de carro por Minas Gerais, Edmar Moreira pagou R$ 28.608 pelo uso de quatro jatinhos, em três meses.

Ele percorreu as cidades de Goianá, São Lourenço, Pouso Alegre, Vazante, Passos e Belo Horizonte.
Procurada pelo Correio, na quinta-feira e ontem, a assessoria do deputado não apresentou explicações sobre os gastos.

A "absolvição :
Verba indenizatória: Edmar Moreira é absolvido pelo TCU

BRASIL DO LULA -DÍVIDA PUBLICA FERMENTANTE E MALDITA?

jangadeiroonline.com.br/imagem

Lula / Foto: Wilson Dias - Abr

Estudo do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) mostrou que a expansão de crédito estrangeiro para o setor produtivo brasileiro, de US$ 22,9 bilhões, foi a maior do mundo em 2009.

A última divulgação do Banco Central indica que a dívida externa do setor público de médio e longo prazos era de R$ 79 bilhões ou algo como US$ 45,9 bilhões em março, enquanto, segundo o relatório da dívida pública federal, no mesmo mês, a dívida externa pública federal somava US$ 53,18 bilhões.

A política do governo para sustentar o crescimento baseia-se no aumento do endividamento externo e interno.

De fato, o governo precisa capitalizar a Petrobrás, o BNDES, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, sem falar da necessidade de captar recursos para os investimentos previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), numa fase em que a opção estratégica do governo é por "mais Estado".

Existe, porém, uma dificuldade séria que é a incapacidade do governo de seguir uma política fiscal que lhe permita, pelo menos, pagar os juros sobre a sua dívida.

Em virtude disso, o caminho escolhido dificilmente pode ser entendido no exterior: o governo emite títulos da dívida para pagar os juros dessa dívida e, assim, quanto mais aumenta a dívida, mais aumenta o que chamamos de apropriação positiva de juros.

Na dívida interna houve, em março, um resgate de R$ 11,97 bilhões, mas uma emissão de R$ 14,69 bilhões em títulos para pagamento de juros, situação que se reproduz a cada mês.

Caberia ter um superávit primário suficiente para pagar pelo menos o serviço da dívida, porém, sabe-se que esse superávit, com as deduções dos investimentos, está se reduzindo a cada ano.

O novo governo terá que enfrentar com coragem o problema da dívida que a evolução cambial pode agravar.

Matéria completa : Uma dívida pública condenada a crescer

GOVERNO R$7,7bi GASTO EM PROPAGANDA.

maquinadodinheiro.com/imagem

Advertising Spot

A propaganda do governo Luiz Inácio Lula da Silva chegou, no ano passado, a 7.047 veículos de comunicação de todo o País. O número é 1.312% superior ao de 2003, primeiro ano do governo Lula, quando 499 veículos receberam verba para divulgar a publicidade oficial.

De 2003 a 2009, a Presidência da República, ministérios e estatais gastaram R$ 7,7 bilhões com propaganda. Os gastos do ano passado, de R$ 1,17 bilhão, superaram em 48% os R$ 796,2 milhões investidos no primeiro ano de governo.


O aumento expressivo do número de órgãos em que a publicidade oficial é veiculada se deve a uma mudança de estratégia da comunicação do Palácio do Planalto: desde que Lula chegou ao governo, a ordem é regionalizar a propaganda e diversificar as maneiras de fazer o marketing governamental chegar à população.

Os veículos que divulgaram publicidade federal em 2009 estão espalhados por 2.184 municípios, contra 182 em 2003.

Valor triplicado. Só com a publicidade institucional da Presidência da República, destinada a difundir a marca e os feitos do governo, foram gastos R$ 124 milhões no ano passado.

O volume é três vezes superior ao de 2003, mas não acompanha, proporcionalmente, a ampliação do número de veículos escolhidos para divulgar a propaganda federal.

Isso significa que veículos de comunicação de abrangência nacional tiveram de dividir a verba que recebiam antes com órgãos regionais - alguns deles de pequeno porte, o que inclui rádios e jornais de interior sob controle de políticos de partidos aliados.

Televisão, jornal, rádio e revistas, nesta ordem, foram os meios que mais receberam recursos em 2009. Para emissoras de TV, foram destinados R$ 759,5 milhões, 64% do total. Jornais receberam R$ 115,4 milhões e rádios, R$ 104 milhões.

Maior crescimento.

A internet aparece em quarto lugar em valores absolutos, mas é o veículo que registrou o maior crescimento no volume de verbas sob Lula: os gastos do governo com publicidade na rede mundial de computadores saltaram de R$ 11,4 milhões em 2003 para R$ 36, 3 milhões em 2009.

As despesas com propaganda em outdoor são as mais inconstantes nas planilhas da Secom. Curiosamente, de 2003 para cá, os picos de investimento nesse tipo de mídia se deram em 2004 e 2006, anos eleitorais.

Em 2006, quando o presidente Lula concorreu à reeleição, o governo gastou R$ 19,9 milhões com publicidade em outdoors - no ano anterior, 2005, a despesa fora de R$ 7,7 milhões e no ano seguinte, 2007, de R$ 3,4 milhões.

Sete anos.

Em 2004, ano em que houve eleições municipais, há outro ponto fora da curva: as despesas chegaram a R$ 21 milhões. Somados, os gastos com publicidade oficial em outdoors nos anos eleitorais de 2004, 2006 e 2008 chegam a 60% da despesa total com esse tipo de mídia ao longo dos sete anos de governo Lula.


COPA/14 - INCONSEQUÊNCIAS ?


Jamil Chade - O Estado de S.Paulo

As obras dos estádios no Brasil e a preparação em geral do País para a Copa de 2014 estão atrasadas em dois anos. Essa é a avaliação feita pela cúpula da Fifa. Publicamente, a ordem é manter o tom diplomático.

Mas, longe das câmeras, as críticas são duras. A entidade vai pressionar as autoridades de forma mais contundente depois do Mundial da África do Sul, mas as cobranças já começaram.

Os dirigentes não entendem como o Brasil concorreu sozinho para organizar o evento, recebeu a concessão em 2007 e, até agora, as obras ainda estão em sua fase inicial ou nem isso.

A publicação do edital de licitação das obras do Maracanã foi adiada e São Paulo não sabe onde mandará os jogos. No restante do País, obras estão praticamente paradas.

Ao Estado, o secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, confirmou ontem que "nenhum estádio está hoje pronto no Brasil para o Mundial". Criticou algumas vezes o Morumbi e, agora, se mostra insatisfeito com o projeto de reforma do Maracanã, que terá de ser revisto.

"Estamos de fato agora focados no Maracanã para ver como faremos."