"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

setembro 30, 2014

ELEIÇÕES 2014 ! Dilma aumenta vantagem sobre Marina, que vê Aécio se aproximar no Datafolha



A presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, abriu 15 pontos porcentuais de vantagem em relação a sua principal adversária, a ex-ministra Marina Silva (PSB), segundo a nova pesquisa Datafolha, divulgada nesta terça-feira. A petista aparece com 40% das intenções de voto, o mesmo índice do levantamento anterior. 

Marina oscilou 2 pontos para baixo e agora tem 25%. O senador Aécio Neves chegou a 20% - oscilação de dois pontos para cima em relação à pesquisa anterior.

No cálculo apenas com os votos válidos, sem brancos e nulos, Dilma está com 45%, ante 28% de Marina e 22% de Aécio, o que indica definição em duas votações.

Nas simulações de 2º turno, Dilma ampliou a vantagem sobre Marina. A petista foi de 47% para 49% e a candidata do PSB, de 43% a 41%. Com isso, a vantagem da presidente subiu de 4 pontos (o que configurava empate técnico) para 8 pontos. Quando a simulação é com Aécio como adversário, Dilma vence por 50% a 41%.

O Datafolha ouviu 7.520 eleitores nesta segunda-feira, 29, e nesta terça, 30. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. O registro da pesquisa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é BR-00905/2014.


AQUI A 1,99 NUNCA ENGANOU : O ‘RISCO ENGODO DO CACHACEIRO VIGARISTA ASSOMBRA‏

A possibilidade de o atual partido no poder ganhar mais quatro anos à frente do governo está disseminando pânico na economia. É uma das raras vezes em que o conhecido suscita mais desconfiança do que credibilidade. Quem cuida do dinheiro prefere não correr o "risco Dilma".

Ontem, o mercado financeiro brasileiro reagiu bastante negativamente às pesquisas eleitorais dos últimos dias. Preços das ações em queda expressiva - principalmente as das já castigadas estatais - e cotação do dólar em disparada.

A leitura que o mercado faz do cenário eleitoral é exagerada. Nem é provável que se dê o pior dos mundos, ou seja, que Dilma Rousseff liquide a fatura em primeiro turno, nem se pode dizer que a oposição não conseguirá derrotar o petismo no segundo turno. Neste momento, o certo é que não é possível saber quem disputará a rodada de 26 de outubro.

Queiramos ou não, as reações das finanças causam efeitos no bolso de todo mundo. O dólar, por exemplo, subiu 11% em um mês e ontem chegou ao maior patamar desde dezembro de 2008, auge da crise global. O movimento pode ter como consequência a aceleração da inflação e levar problemas às já esfrangalhadas contas externas, cujo rombo quase dobrou desde 2010.

Com o pânico, o mercado também já começou a ajustar as taxas de juros para cima. Os efeitos no dia a dia vêm na forma de encarecimento do custo de crédito, que enforca ainda mais os endividados e sufoca de vez a nossa já combalida economia.

A desconfiança geral deve-se ao fato de o Brasil ter hoje uma das piores combinações do mundo: inflação alta e crescimento baixo. Agora até o Banco Central já trabalha com projeções para o PIB deste ano perto de zero, enquanto o mundo como um todo deve crescer 2,5% e nossos vizinhos latino-americanos, 1,7%.

O “risco Dilma” avulta no horizonte na mesma medida em que o governo da atual presidente se recusa a admitir problemas, inventa bodes expiatórios para justificar seu fracasso e se furta a apontar que rumos poderia tomar caso os eleitores cometam a temeridade de manter o PT no comando do país por mais quatro anos.

Estamos diante de situação insólita: o temor que o conhecido desperta. Em 2002, o país viveu o inverso: o receio quanto à eleição de Lula. Mas, sabiamente, o PT optou por rezar pela cartilha herdada do PSDB e, enquanto assim procedeu, o Brasil foi bem. Anos depois, foi só o PT fazer o que acredita e defende para o caldo entornar.O que pagamos hoje é o preço da desconfiança. Não apenas de investidores.

 Mas dos brasileiros em geral, que trabalham, produzem e consomem. Sabemos todos que a economia vive de expectativas e, com Dilma Rousseff mais quatro anos no Planalto, elas são as piores possíveis. Este risco não vale a pena corrermos.

Este e outros textos analíticos sobre a conjuntura política e econômica estão disponíveis na página do Instituto Teotônio Vilela
O ‘RISCO DILMA’ ASSOMBRA‏

MAIS QUATRO ANOS II ? PARA REGISTRO ! A lista dos perigos. O que acontecerá com o Brasil se a GERENTONA DE NADA E COISA NENHUMA for eleita?



Aqui vai a lista:
A catástrofe anunciada vai chegar pelo desejo teimoso de governar um país capitalista com métodos “socialistas”. Os “meios” errados nos levarão a “fins” errados. Como não haverá outra “reeleição”, o PT no governo vai adotar medidas bolivarianas tropicais, na “linha justa” de Venezuela, Argentina e outros.

Dilma já diz que vai controlar a mídia, economicamente, como faz a Cristina na Argentina. Quando o programa do PT diz: “Combater o monopólio dos meios eletrônicos de informação, cultura e entretenimento”, leia-se, como um velho petista deixou escapar: “Eliminar o esterco da cultura internacional e a “irresponsabilidade “da mídia conservadora”. Poderão enfim pôr em prática a velha frase de Stalin: “As ideias são mais poderosas do que as armas. Nós não permitimos que nossos inimigos tenham armas, por que deveríamos permitir que tenham ideias?”

As agências reguladoras serão mais esvaziadas do que já foram para o governo PT ter mais controle sobre a vida do país. Também para “controlar”, serão criados os “conselhos” de consulta direta à população, disfarce de “sovietes” como na Rússia de Stalin.

O inútil Mercosul continuará dominado pela ideologia bolivariana e “cristiniana”. Continuaremos a evitar acordos bilaterais, a não ser com países irrelevantes (do “terceiro mundo”) como tarefa para o emasculado Itamaraty, hoje controlado pelo assessor internacional de Dilma, Marco Aurélio Garcia. Ou seja, continuaremos a ser um “anão diplomático” irrelevante, como muito acertadamente nos apelidou o Ministério do Exterior de Israel.

Continuaremos a “defender” o Estado Islâmico e outros terroristas do “terceiro mundo”, porque afinal eles são contra os Estados Unidos, “inimigo principal” dos bolcheviques que amavam o Bush e tratam o grande Obama como um “neguinho pernóstico”.

Os governos estaduais de oposição serão boicotados sistematicamente, receberão poucas verbas, como aconteceu em São Paulo.

Junto ao “patrimonialismo de Estado”, os velhos caciques do “patrimonialismo privado” ficarão babando de felicidade, como Sarney, Renan “et caterva” voltarão de mãos dadas com Dilma e sua turminha de brizolistas e bolcheviques.

Os gastos públicos jamais serão cortados, e aumentarão muito, como já formulou a presidenta.

O Banco Central vai virar um tamborete usado pela Dilma, como ela também já declarou: “Como deixar independente o BC?”

A inflação vai continuar crescendo, pois eles não ligam para a “inflação neoliberal”.

Quanto aos crimes de corrupção e até a morte de Celso Daniel serão ignorados, pois, como afirma o PT, são “meias verdades e mentiras, sobre supostos crimes sem comprovação...”.

Em vez de necessárias privatizações ou “concessões”, a tendência é de reestatização do que puderem. A sociedade e os empresários que constroem o país continuarão a ser olhados como suspeitos.

Manipularão as contas públicas com o descaro de “revolucionários” — em 2015 as contas vão explodir. Mas ela vai nomear outro “pau-mandado” como o Mantega. Aguardem.

Nenhuma reforma será feita no Estado infestado de petistas, que criarão normas e macetes para continuar nas boquinhas para sempre.

A reforma da Previdência não existirá pois, segundo o PT, “ela não é necessária”, pois “exageram muito sobre sua crise”, não havendo nenhum “rombo” no orçamento. Só de R$ 52 bilhões.

A Lei de Responsabilidade Fiscal será desmoralizada por medidas atenuantes — prefeitos e governadores têm direito de gastar mais do que arrecadam, porque a corrupção não pode ficar à mercê de regras da época “neoliberal”. Da reforma política e tributária ninguém cogita.

Nossa maior doença — o Estado canceroso — será ignorada e terá uma recaída talvez fatal; mas, se voltar a inflação, tudo bem, pois, segundo eles, isso não é um grande problema na política de “desenvolvimento”.

Certas leis “chatas” serão ignoradas, como a lei que proíbe reforma agrária em terras invadidas ilegalmente, que já foi esquecida de propósito.

Aliás, a evidente tolerância com os ataques do MST (o Stédile ja declarou que se Dilma não vencer, “vamos fazer uma guerra”) mostra que, além de financiá-los, este governo quer mantê-los unidos e fiéis, como uma espécie de “guarda pretoriana”, como a guarda revolucionária dos “aiatolás “ do Irã.

A arrogância e cobiça do PT aumentarão. As trinta mil boquinhas de “militantes” dentro do Estado vão crescer, pois consideram a vitória uma “tomada de poder.” Se Dilma for eleita, teremos um governo de vingança contra a oposição, que ousou contestá-la. Haverá o triunfo “existencial” dos comunas livres para agir e, como eles não sabem fazer nada, tudo farão para avacalhar o sistema capitalista no país, em nome de uma revolução imaginária. As bestas ficarão inteligentes, os incompetentes ficarão mais autoconfiantes na fabricação de desastres. Os corruptos da Petrobras, do próprio TCU, das inúmeras ONGs falsas vão comemorar. Ninguém será punido — Joaquim Barbosa foi uma nuvem passageira.

Nesta eleição, não se trata apenas de substituir um nome por outro. Não é Fla x Flu. Não. O grave é que tramam uma mutação dentro do Estado democrático. Para isso, topam tudo: calúnias, números mentirosos, alianças com a direita mais maléfica.

E, claro, eles têm seus exércitos de eleitores: os homens e mulheres pobres do país que não puderam estudar, que não leem jornais, que não sabem nada. Parafraseando alguém (Stalin ou Hitler?) — “que sorte para os ditadores (ou populistas) que os homens não pensem”.


Toda sua propaganda até agora acomodou-se à compreensão dos menos inteligentes: “Quanto maior a mentira, maior é a chance de ela ser acreditada” — esta é do velho nazista.

O programa do PT é um plano de guerra. Essa gente não larga o osso. Eles odeiam a democracia e se consideram os “sujeitos”, os agentes heroicos da História. Nós somos, como eles falam, a “massa atrasada”.

É isso aí. 

Tenho vontade de registrar este texto em cartório, para depois mostrar aos eleitores da Dilma. Se ela for eleita.

ARNALDO JABOR
A lista dos perigos


MAIS QUATRO ANOS? BRASIL REAL SEM O MARQUETINGUE DOS CANALHAS : brasil maravilha DOS VELHACOS TEM MAIOR DÉFICT EXTERNO DO MUNDO, DIZ FMI

O Brasil tornou-se, em 2013, a nação emergente com o maior déficit externo do mundo, mostra o Fundo Monetário Internacional (FMI) em capítulo do relatório trimestral “Panorama da Economia Mundial” divulgado hoje na capital americana. Em oito anos, o país deixou de apresentar saldo positivo nas suas transações com o resto do mundo (que envolvem comércio exterior, fluxo de investimentos, gastos de turistas, empréstimos etc) para apresentar rombo de US$ 81 bilhões, o equivalente a 3,6% de seu Produto Interno Bruto (PIB) e 0,11% do PIB global.

Em 2006, base de comparação escolhida pelo Fundo por ser o último período integralmente livre de abalos que culminariam na grande crise de 2008, o Brasil não integrava as listas de maiores déficits externos nem de maiores déficits. Ou seja, apresentava contas mais equilibradas. Estados Unidos e Reino Unido ocupam os primeiros lugares no ranking, respectivamente. 

O Brasil também subiu, em 2013, na lista de países com o maior nível de endividamento no exterior, pulando da sexta para a terceira posição, atrás apenas dos EUA e da Espanha, respectivamente. A dívida externa total atingiu US$ 750 bilhões, ou 33,4% do PIB (1,01% do PIB global). 

“Na maioria dos casos (emergentes), as posições de maior endividamento não foram acompanhadas de ampliação dos investimentos fixos (como infraestrutura) e crescimento maior”, observa o FMI..

Déficits externos não são necessariamente sintomas de crise e desequilíbrios graves. 
Mas, nota o FMI, “déficits grandes, e os compromissos externos (endividamento) líquidos associados a eles, no entanto, expõem o país a riscos de interrupção abrupta de financiamento ou da rolagem desses compromissos”.

A observação é genérica. O relatório do FMI não faz análise detalhada da situação
 brasileira, mas sugere que, apesar do avanço, não é grave no curto prazo o caso de vulnerabilidade externa do país. Ainda assim, nota que o Brasil faz parte de um grupo de países na contramão do quadro geral internacional.

De forma geral, no período entre 2006 e 2013, os principais desequilíbrios externos no mundo foram reduzidos. Os dez maiores déficits, que somavam 2,3% do PIB global, passaram a representar 1,2%. Também houve desconcentração. Se os cinco maiores rombos somavam 80% do rombo, em 2013 eram menos de 65%. Os Estados Unidos reduziram à metade seu déficit externo, de carona na desaceleração provocada pela Grande Recessão.

Já a China, que preocupava analistas pelo efeito distorcivo do superávit que acumulava para a economia mundial, reduziu seu saldo positivo e cedeu o topo do ranking superavitário à Alemanha. A economia chinesa ampliou no período investimentos domésticos, utilizou política fiscal expansionista e enfrentou desaceleração da demanda externa. No lado do superávit, o grupo dos 10 maiores, que acumulava 2,1% do PIB global, hoje amealha 1,5%.

Apesar dos movimentos, o FMI diz que é cedo para saber se a redução do desequilíbrio externo global é permanente. Em outro capítulo do Panorama, o Fundo advoga que chegou a hora de o setor público dos países, independentemente do porte e do grau de desenvolvimento de suas economias, investirem pesadamente em infraestrutura. Segundo o organismo multilateral, o estoque de capital fixo público como proporção do PIB, uma medida de infraestrutura, caiu de forma significante em 30 anos.

Países emergentes, segundo o FMI, estão ficando para trás. O organismo tem recomendado ao Brasil sistematicamente que retome este tipo de investimento para melhorar a capacidade de oferta e religar os motores da economia brasileira. No relatório, aponta novamente para esta fragilidade, alertando que os efeitos deste tipo de entrave já estão sendo sentidos.

“Embora muitos fatores possivelmente estejam contribuindo, uma preocupação frequentemente expressa (sobre os emergentes) é infraestrutura inadequada. Em muitos mercados emergentes, incluindo Brasil, Índia, Rússia e África do Sul, gargalos de infraestrutura não são apenas preocupações de médio prazo, mas têm sido impedimentos ao crescimento mesmo no curto prazo”.

POR FLÁVIA BARBOSA (CORRESPONDENTE)
O Globo