"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

janeiro 30, 2013

Puxado por Petrobras, Bovespa cai ao menor nível em 7 semanas

A frustração do mercado com o reajuste dos combustíveis para a Petrobras, dados desanimadores dos EUA e o mau desempenho das gigantes Vale e OGX empurraram o principal índice da Bovespa para o mínima em sete semanas.

O Ibovespa fechou em baixa de 1,77 por cento, a 59.336 pontos, no fechamento desde 13 de dezembro. O giro financeiro do pregão foi de 9,2 bilhões de reais.

Segundo João Pedro Brugger, analista de renda variável da Leme Investimentos, em Florianópolis, o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA abaixo das expectativas e a queda em ações de peso no Ibovespa foram as principais fatores de pressão.

"O PIB dos EUA veio bem abaixo das expectativas. A Petrobras veio com um reajuste, mas as declarações do governo de que a médio prazo não vai ter reajuste pesou e o mercado entrou forte (na venda), em uma reação um pouco exagerada", disse.

A Petrobras anunciou na véspera alta do preço da gasolina de 6,6 por cento e do diesel em 5,4 por cento nas refinarias a partir desta quarta-feira.

A ação preferencial da estatal petrolífera caiu 4,76 por cento, a 18,20 reais, enquanto a ordinária recuou 5,12 por cento, a 18,35 reais.

Em Brasília, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, evitou dizer se o aumento será o único do ano, afirmando que novos reajustes vão depender do preço internacional do petróleo. "No ano passado demos mais de um aumento, não significa que este ano faremos o mesmo", disse.

Também entre as blue chips, a preferencial da Vale cedeu 2,2 por cento, a 37,29 reais, enquanto OGX, petrolífera de Eike Batista, recuou 7,81 por cento, no pior desempenho do índice, a 4,37 reais.

Outras companhias do empresário caíram forte. A mineradora MMX caiu 4,9 por cento, enquanto a empresa de logística LLX recuou 4,66 por cento.

Outro destaque de queda ficou com a Gol. A empresa disse que não foi informada sobre mudanças operacionais no aeroporto de Congonhas, após a coluna Radar, do site da revista Veja, afirmar mais cedo que o governo estuda mudar regras no aeroporto, reduzindo slots das empresas em 30 por cento.

A Agência Nacional de Aviação (Anac) negou que esteja planejando um teto para tarifas em Congonhas. Mas isso não evitou um recuo de 4 por cento da ação da Gol, a 14,40 reais.

Na outra ponta, a ação ordinária da Oi fechou em alta de 6,97 por cento, a maior alta do índice, seguida pela elétrica Cteep, com ganhos de 4,27 por cento.

No plano internacional, a economia dos Estados Unidos se contraiu em 0,1 por cento no quarto trimestre, no primeiro declínio desde a recessão de 2007/09, com empresas reduzindo o nível de estoques e os gastos do governo caíram.

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