"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

outubro 05, 2012

Estelionato eleitoral ! FIM PARA OS CRÁUPULAS DA REPUBLICA CACHACEIRA


O histórico voto de Celso de Mello, o mais antigo ministro do Supremo Tirbunal Federal, no processo do mensalão, na segunda-feira, pode marcar o início de uma nova era no país. 

Um tempo em que o assalto aos cofres públicos por políticos corruptos e por corruptores passa a ser tratado como o que de fato é: 
um crime abjeto, digno de repúdio e punido com a devida gravidade pela Justiça. 

"O cidadão tem o direito de exigir que o Estado seja dirigido por administradores íntegros e por juízes incorruptíveis", advertiu o magistrado.

Chega de Justiça cega. 
No exterior, defensores de mensaleiros são motivos de chacota. 

São comparados ao marido que vê a mulher com outro e segue os dois até o motel. Ele consegue ver os dois se abraçando, se beijando e tirando a roupa. 
 É quando uma peça íntima dela é atirada para o ar e cai justamente sobre a maçaneta da porta, bloqueando o buraco da fechadura. Nesse momento, o companheiro respira aliviado. Como não a viu praticando o ato sexual (seria o tal ato de ofício?), não se sente traído. 

Já os brasileiros de bem têm a certeza de que foram traídos. 
 Por isso, aplaudem o julgamento. 

Mas por que o Supremo tinha de fazer justiça só agora, na vez do PT? Porque o estelionato eleitoral cometido por setores do partido é ímpar na história brasileira. Muitos bandidos podem ter roubado mil vezes mais do que os quadrilheiros do mensalão. 

Mas nem um deles chegou ao poder prometendo moralizar a administração pública. Nunca antes na história deste país, o eleitor tinha sofrido um golpe tão grande, tão desonesto, tão desconcertante.

Que o julgamento impiedoso do STF sirva de lição. 
Nunca mais o país deve se deixar enganar pelo discurso à UDN dos falsos moralistas. Ser honesto é obrigação de todos nós, apesar de uns se considerarem acima das leis e até chegarem ao cúmulo de fazer a apologia da corrupção. 

Sim, Joaquim: 
seja justo como deve ser um verdadeiro juiz. 
Nem mais, nem menos. 

Pois, como bem disse Celso de Mello, "ninguém pode viver com dignidade em uma República corrompida". 

Que não seja uma voz perdida no deserto.

Plácido Fernandes Vieira Correio Braziliense
Estelionato eleitoral

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