Cerca de 380 mil unidades consumidoras ficaram sem energia elétrica no Paraná por até 45 minutos, das 20h55m às 21h40m de quarta-feira, segundo a Companhia Paranaense de Energia (Copel). 
Isso equivale a cerca de 10% do total de 3,9 milhões de consumidores no Estado. A ajudante de cozinha Maria de Fátima da Silva, moradora do bairro Sítio Cercado, em Curitiba, foi pega de surpresa quando estava no banho. 
- Estava no chuveiro quando começou a sair faísca e depois  apagou 
tudo - disse. - Saí do banheiro toda ensaboada, enrolada na  toalha, 
para desligar os eletrodomésticos da tomada, pois no ano passado  perdi 
uma TV depois que a luz faltou e voltou muito forte.
Maria  acabou o dia sem terminar o banho, pois estava muito cansada e
 preferiu  não esperar a energia voltar antes de ir se deitar. 
Ela conta
 que a  filha chegou mais cedo do que de costume em casa, pois faltou 
luz também  na faculdade em que estuda à noite:
- Ficamos um pouco à luz de velas e acabei indo dormir.
O  publicitário Wagner Abreu, de 29 anos, residente no bairro Jardim 
das  Américas, é outro morador de Curitiba que se irritou com o 
"apagão". Ele  estava em casa quando a luz caiu, por volta das 21h.
- Fiquei  cerca de meia hora sem ter o que fazer, pois não tinha TV 
nem internet. É  triste, no horário de descanso, ter que ficar 
procurando vela no escuro  - afirmou.
Sem contrapartida
Abreu afirmou que teme novos apagões:
-  Percebemos que há problema na infraestrutura. É um freio na 
economia.  Pagamos tudo certinho, mas não há contrapartida do poder 
público.
Já  a falta de energia ocorrida ontem à tarde em Brasília causou 
prejuízos  ao servidor público Adão Gomes Guimarães, 69 anos. 
Ao cruzar 
um sinal  que estava apagado, ele bateu o carro, um Siena, em frente ao 
Ministério  da Justiça. Sem seguro, ele vai esperar que o outro 
motorista envolvido  no acidente acione a sua seguradora:
- Se não for possível, vou  ter de arcar com o prejuízo. Mas é um 
absurdo. Estamos em frente ao  Congresso, perto do Palácio do Planalto; o
 mínimo que o governo poderia  fazer seria colocar um policial para 
controlar o trânsito - disse.
Luiz Lomba/Globo  


 
 
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