"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

outubro 05, 2012

INICIO DA REPULSÃO ? BRASIL SEM P artido T orpe : PT diminui influência nas 105 maiores cidades

Na reta final da campanha eleitoral, a influência do PT nos municípios com mais de 150 mil eleitores diminuiu nestas eleições, enquanto o aliado PSB e o oposicionista PSDB apresentaram maior avanço. 

O levantamento foi feito pelo próprio PT, tendo por universo pesquisas eleitorais mais recentes divulgadas em 105 dos 119 municípios com mais de 150 mil eleitores.


O PT tem a prefeitura de 29 dessas prefeituras, mas é lider em 24 delas. 
Se isso for confirmado nas urnas, o partido pode ver seu peso reduzido em 20,8% nessas cidades. 

O PSDB, por outro lado, que tem o comando de 14 dessas cidades, está à frente nas intenções de voto em 23 municípios, um possível aumento de 64,2%. 

O PSB é outro que apresenta bons resultados. 
 Detém 7 cidades e é líder em 12 - crescimento de 71,4%. 
O PMDB mantém uma situação estável: dos 16 prefeitos, perderia, caso as pesquisas seja confirmadas, apenas uma.

A amostragem evidencia que são essas quatro legendas que dominam o cenário político nos maiores colégios eleitorais do país. Fora elas, as demais legendas têm participação secundária.

Chama a atenção a perda de espaço do PDT. Apesar de ter eleito 12 prefeitos nesses locais, hoje é favorito apenas em sete deles.
Outros partidos da base aliada da presidente Dilma Rousseff também demonstram fragilidade. 

O PP tem seis cidades e lidera em cinco. 
O PR mantém o mesmo número de prefeituras: duas. 
O PTB tem 5 para 2, o PCdoB de 2 para 1. 

O neófito em eleições PSD filiou seis prefeitos e pode perder um. Na oposição, o DEM governa um município e lidera as pesquisas em quatro. O PPS pode perder a única que tem. Já o PSOL pode eleger a primeira prefeitura de sua história.

A cúpula do PT, porém, vê o resultado do levantamento com bons olhos. Primeiro porque, a despeito de o partido não liderar em todas as cidades que governa, o intenso noticiário negativo e diário que o julgamento do mensalão propiciou não resultou no desastre completo que se previa. 

Ao menos nas pesquisas.

Outra razão é que o PT tem 27 candidatos nestes 105 municípios que estão em segundo lugar, à frente, de todas as outras legendas. Há ainda 15 candidatos em terceiro lugar, 9 em quarto, 2 em quinto e um em sétimo.

No restrito - e principal - grupo das 26 capitais, a situação do partido pode ser subdividida em três grupos. O dois locais onde as campanhas são consideradas vitoriosas pelo crescimento dos candidatos, como Cuiabá (MT), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Rio Branco (AC) e Salvador (BA). 

Aqueles em que a campanha foi uma tragédia, como Belém (PA), 
Campo Grande (MS), 
Natal (RN), 
Porto Velho (RO), 
Recife (PE), 
São Luís (MA), 
Teresina (PI) e Vitória (ES). 

E outro em que só a passagem ao segundo turno dirá: 
Belo Horizonte (MG) e São Paulo (SP).

Caio Junqueira Valor Econômico 

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