"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

julho 11, 2012

E O brasil SEGUE "MUDANDO" COM A GERENTONA DE NADA E COISA NENHUMA : Vendas no varejo têm a maior queda desde 2008. Medidas do governo não funcionaram. diz IBGE

As vendas no varejo brasileiro caíram 0,8% na passagem de abril para maio, a maior queda a atingir o comércio desde novembro de 2008 (-1,34%), logo após o estouro da crise global.

Segundo pesquisa divulgada pelo IBGE nesta quarta-feira, houve uma alta de 8,2% na comparação com maio de 2011.


Já no varejo ampliado, que considera as vendas do varejo mais as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, houve queda de 0,7% nas vendas ante abril.

O resultado do setor foi bem inferior ao que previam os economistas. Analistas ouvidos pela agência de notícias Reuters estimavam que as vendas cresceriam 0,6% em maio sobre abril e 10,5% em relação ao ano passado.

Segundo o IBGE, três das oito atividades pesquisadas tiveram resultados negativos na comparação mensal. O principal destaque foi o segmento de móveis e eletrodomésticos, com queda de 3,1% em maio, depois de ter expandido 1,5% em abril.

Sobre um ano antes, houve alta de 9,3% em maio e, segundo o IBGE, reflete a política de incentivo do governo ao consumo através da redução de alíquotas de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para a chamada linha branca, além da manutenção do crédito, da estabilidade do emprego e do crescimento da renda.

Medidas do governo não funcionaram, diz IBGE

O resultado negativo do comércio em maio reflete o mau momento da economia. Endividadas, as famílias brasileiras estão colocando o pé no freio e contendo a gastança.

A preocupação hoje é quitar as dívidas e manter o nome limpo. As medidas de incentivo ao consumo lançadas pelo governo, como a redução do IPI e o corte dos juros, não funcionaram analisa Reinaldo Pereira, economista da Coordenação de Comércio e Serviços do IBGE.

A expectativa era de que os estímulos impulsionassem a economia, mas os números mostram que isso ainda não aconteceu.

Vemos o varejo liquidando, para queimar os estoques, o que confirma esse resultado negativo. Mas não significa que seja um ponto de inflexão, nem dá para dizer que a queda das vendas seja uma tendência. É possível que no próximo mês o quadro se reverta.


Avaliamos que este resultado sugere algum limite das medidas de redução de IPI para os produtos da linha branca consoante a limitada oferta de crédito por parte dos bancos, analisaram os economistas da consultoria LCA.

Em maio, também houve retração nas vendas nos segmentos de combustíveis e lubrificantes (-0,8%) e de outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,2%). Na ponta oposta, houve crescimento em maio sobre abril nas atividades de equipamento e material para escritório, informática e comunicação (3,5%), de livros, jornais, revistas e papelaria (1,6%), entre outros.

O segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo registrou alta de 0,1% nas vendas em maio, depois da retração de 0,7% vista em abril. Somente hipermercados e supermercados, no entanto, continuaram mostrando queda nas vendas, apesar de em menor ritmo, passando de -0,7% para -0,2% no período.

Na comparação anual, boa parte das atividades mostraram desaceleração no crescimento em maio, com destaque para equipamentos para escritório e informática, que passaram de 33,2% em abril para 17,3% em maio. Móveis e eletrodomésticos registraram alta nas vendas de 9,3% em maio, ante 12,5% em abril.


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