Que a minha solidão me sirva de companhia,
que eu tenha coragem de me enfrentar,
que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir, como se
estivesse plena de tudo".
Clarice Lispector
Existe uma parábola de Kafka:
No começo você encontrará baratas, rinocerontes, répteis e todo tipo de coisas horríveis – porque estas são as coisas que você esteve reprimindo em si mesmo, estas são as coisas que você não permitiu.
Você reprimiu a raiva, o ciúme, a possessividade, o ódio.
Você reprimiu a violência e o assassinato. Todas estas coisas estão ali.
Esta é a barata que está dentro de você.
A violência tornou-se uma perna, a possessividade tornou-se outra e o ciúme uma outra mais...
Quando mergulhar dentro de si, você terá que encarar tudo isto. Naturalmente, esta não é a história toda.
Se você puder encarar a barata, se você puder ir cada vez mais fundo, sem qualquer medo, e observar tudo o que estiver acontecendo, e lembrando-se que ‘eu sou apenas um observador, uma testemunha a tudo isto.
Eu não posso ser a barata porque eu posso ver...’ o que você consegue ver não é você.
Certa manhã ele acordou e descobriu que era uma barata.
Deve ser um sonho, ele deve ter acordado dentro de um sonho.
E não era apenas isto, a barata estava de pernas para o ar, e ele conseguia ver aquelas pernas se movendo no ar, e ele não conseguia se virar para posição certa, ele estava de costas.
E você pode imaginar... a miséria do homem, a agonia e a náusea.
E ele tentava arduamente, mas parece que não havia jeito de se virar.
Uma grande barata ocupando toda a cama.
O homem moderno tem ainda mais medo.
Quem sabe no que você vai tropeçar quando mergulhar em si?
Pesadelos, monstros... Quem sabe o que está lá dentro? Por que abrir a caixa de Pandora?
Mantenha-a firmemente fechada e sente-se em cima. Isto é o que todo mundo está fazendo.
E, sob certo sentido, o medo está certo – mas somente sob certo sentido.
E ele tentava arduamente, mas parece que não havia jeito de se virar.
Uma grande barata ocupando toda a cama.
O homem moderno tem ainda mais medo.
Quem sabe no que você vai tropeçar quando mergulhar em si?
Pesadelos, monstros... Quem sabe o que está lá dentro? Por que abrir a caixa de Pandora?
Mantenha-a firmemente fechada e sente-se em cima. Isto é o que todo mundo está fazendo.
E, sob certo sentido, o medo está certo – mas somente sob certo sentido.
No começo você encontrará baratas, rinocerontes, répteis e todo tipo de coisas horríveis – porque estas são as coisas que você esteve reprimindo em si mesmo, estas são as coisas que você não permitiu.
Você reprimiu a raiva, o ciúme, a possessividade, o ódio.
Você reprimiu a violência e o assassinato. Todas estas coisas estão ali.
Esta é a barata que está dentro de você.
A violência tornou-se uma perna, a possessividade tornou-se outra e o ciúme uma outra mais...
Quando mergulhar dentro de si, você terá que encarar tudo isto. Naturalmente, esta não é a história toda.
Se você puder encarar a barata, se você puder ir cada vez mais fundo, sem qualquer medo, e observar tudo o que estiver acontecendo, e lembrando-se que ‘eu sou apenas um observador, uma testemunha a tudo isto.
Eu não posso ser a barata porque eu posso ver...’ o que você consegue ver não é você.
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