Vicente Nunes
O mercado financeiro acendeu o sinal de alerta em relação à inflação.
Ainda que a grande maioria dos analistas não veja o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) se distanciando muito do centro da meta de 4,5% perseguidos pelo Banco Central, está se formando o consenso de que a taxa final deste ano ficará mais próxima de 5%.
Há pouco mais de um mês, o quadro era o oposto:
o grosso dos especialistas via o índice oscilando entre 4,2% e 4,3%, ou seja, abaixo do objetivo fixado pelo governo.
A mudança nas projeções ocorreu depois de os economistas recalcularem as estimativas para o IPCA de janeiro, que será divulgado na próxima sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A mudança nas projeções ocorreu depois de os economistas recalcularem as estimativas para o IPCA de janeiro, que será divulgado na próxima sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa esperada praticamente dobrou, atingindo até 0,71%, índice que, quando anualizado, aponta para inflação de quase 9% — o dobro da meta oficial.
E mais:
com o resultado de janeiro, o IPCA acumulado em 12 meses ficará acima de 4,5%, fato que não se via desde junho de 2009, quando cravou 4,80%.
O problema, assinalou o economista-chefe do Banco Schahin, Sílvio Campos Neto, é que os reajustes pontuais estão vindo acompanhados de aumentos em grupos de preços mais dependentes do aumento da renda e do aquecimento da economia.
Por isso, o mercado acompanhará com lupa os núcleos da inflação, medidas que descontam altas atípicas de preços e de algumas tarifas públicas.
“Essa é a inflação mais limpa, que dá um quadro mais claro do que realmente está acontecendo.
Veremos se os reajustes pontuais tenderão a se esgotar até o início de março ou vão persistir”, frisou.
Confira :
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