"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

abril 28, 2010

FUGINDO COMO O DIABO DA CRUZ...

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MARIA CLARA CABRAL/NANCY DUTRA
da Sucursal de Brasília

Deputados adiaram novamente, desta vez na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, a votação do projeto que prevê a inelegibilidade de políticos com ficha suja.

O acordo inicial era para que a proposta recebesse um relatório de consenso na comissão para ser votado em seguida no plenário.

Os deputados Regis de Oliveira (PSC-SP), Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Ernandes Amorim (PTB-RO), Vicente Arruda (PR-CE) e Maurício Quintella Lessa (PDT-AL), no entanto, pediram vistas do texto, impedindo a sua votação.

"Não há interesse em adiar nada, só quero examinar a constitucionalidade do projeto. Não podemos fazer nada sob pressão", justificou Regis de Oliveira.

O acordo chancelado pelo presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), era o de levar a proposta direto no plenário caso ele não fosse votado na CCJ até amanhã.

Para isso, PT e PMDB precisam assinar um requerimento de urgência.

Nesta quarta-feira, representantes do MCCE (Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral), responsável pelo projeto, entregaram mais 4.000 assinaturas.

A proposta original contava com 1,6 milhão de assinaturas.

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