"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

março 24, 2010

TELEBRÁS E A SUA OBSCURIDADE.


A ação preferencial da estatal Telebrás desvalorizou 13,60% ao final do pregão desta quarta-feira na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), em um dia de volume financeiro excepcional, e em meio a mais um capítulo sobre a reativação dessa estatal, "encostada" após as privatizações dos anos 90.

Hoje, a Bolsa fechou em queda de 0,68%.

Somente neste ano, essa ação já valorizou 94,67%. No mesmo período, o índice Ibovespa, que reflete os preços das ações, subiu somente 0,47%.

Os papéis da empresa já sofreram várias oscilações violentas nos últimos meses, em meio a rumores, confirmações e desmentidos sobre a reativação de sua rede para o projeto do governo de banda larga (internet de alta velocidade).

Risco jurídico

Desde que o setor foi privatizado, em 1998, a função da Telebrás é administrar dívidas e pagá-las com receitas que obtém por meio das aplicações de seus recursos no mercado bancário.

Para o Tesouro, a estatal está exposta a muitas ações judiciais (era ré em 1.189 ações até o fim de 2009), e há risco de "contaminar" os ativos que seriam usados no programa de banda larga.


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