O Movimento dos Sem-Terra (MST) já começou as articulações para a jornada de ações que costuma desenvolver no mês de abril, o chamado "abril vermelho".
A meta é superar os números da jornada do ano passado, quando foram registradas 29 invasões de terra - um número pequeno, em comparação com anos anteriores.
Em 2004, quando o MST pôs em andamento a ofensiva de abril, foram registradas 103 invasões. Em 2007 foram 74.
A decisão de reforçar a jornada deste ano é inusitada. Tradicionalmente o MST pisa no freio em anos eleitorais.
Em 2002, quando as chances de Luiz Inácio Lula da Silva chegar à Presidência se tornaram palpáveis, o MST praticamente hibernou, realizando poucas ações durante todo o ano.
Em 2006, ano de reeleição de Lula, puxou-se o freio de mão novamente.
Os motivos :
O primeiro seria manifestar descontentamento com os rumos da reforma agrária no governo Lula, que teria ficado aquém das expectativas do MST, e ampliar o cacife dos sem-terra nas negociações com o PT.
O segundo seria reagir à chamada criminalização dos movimentos sociais que estaria em curso no País.
Sobre as denúncias do TCU, observou: "O TCU se atribui o direito de legislar, de dizer o que é certo e errado, mas qual é a moral do TCU?
Todo mundo sabe que seus integrantes são escolhidos pelo Parlamento entre aqueles parlamentares que não conseguem se eleger.
É um depósito de parlamentares fracassados, que, sem se eleger, conseguem pelo partido uma boquinha para o tribunal, para se aposentar com R$ 20 mil por mês.
É isso que eles são. Não têm nenhuma moral para exercer essa perseguição ideológica contra os movimentos."
Leia a fala de Stédile..
Nenhum comentário:
Postar um comentário