"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

março 24, 2010

MST - DE NOVO O "ABRIL VERMELHO"

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Roldão Arruda - O Estadao de S.Paulo

O Movimento dos Sem-Terra (MST) já começou as articulações para a jornada de ações que costuma desenvolver no mês de abril, o chamado "abril vermelho".

A meta é superar os números da jornada do ano passado, quando foram registradas 29 invasões de terra - um número pequeno, em comparação com anos anteriores.

Em 2004, quando o MST pôs em andamento a ofensiva de abril, foram registradas 103 invasões. Em 2007 foram 74.

A decisão de reforçar a jornada deste ano é inusitada. Tradicionalmente o MST pisa no freio em anos eleitorais.

Acredita-se que faz isso para não prejudicar os candidatos petistas simpáticos à causa da reforma agrária e à militância dos sem-terra.

Em 2002, quando as chances de Luiz Inácio Lula da Silva chegar à Presidência se tornaram palpáveis, o MST praticamente hibernou, realizando poucas ações durante todo o ano.

Em 2006, ano de reeleição de Lula, puxou-se o freio de mão novamente.

Os motivos :

O primeiro seria manifestar descontentamento com os rumos da reforma agrária no governo Lula, que teria ficado aquém das expectativas do MST, e ampliar o cacife dos sem-terra nas negociações com o PT.

O segundo seria reagir à chamada criminalização dos movimentos sociais que estaria em curso no País.

"Estamos enfrentando muitos problemas de repressão física real em alguns Estados onde a direita tem poder direto, como no Rio Grande do Sul e em São Paulo", disse ele.

Sobre as denúncias do TCU, observou: "O TCU se atribui o direito de legislar, de dizer o que é certo e errado, mas qual é a moral do TCU?

Todo mundo sabe que seus integrantes são escolhidos pelo Parlamento entre aqueles parlamentares que não conseguem se eleger.

É um depósito de parlamentares fracassados, que, sem se eleger, conseguem pelo partido uma boquinha para o tribunal, para se aposentar com R$ 20 mil por mês.

É isso que eles são. Não têm nenhuma moral para exercer essa perseguição ideológica contra os movimentos."
Leia a fala de Stédile..

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