SOFIA FERNANDES
Colaboração para a Folha Online, em Brasília
O TCU (Tribunal de Contas da União) aprovou nesta quarta-feira em votação simbólica o preço máximo para a energia gerada pela usina de Belo Monte, de R$ 83 o megawatt/hora.
O valor foi resultado de uma revisão feita pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética) sobre estimativa anterior de R$ 68 o MW/h.
O tribunal aprovou também a revisão dos custos do empreendimento, agora estimados em R$ 19 bilhões, em contraponto aos R$ 16 bilhões calculados anteriormente.
As exigências contidas no licenciamento ambiental do Ibama, com 40 condicionantes, foram o fator preponderante para a revisão. A grande quantidade de acampamentos que terão de ser construídos para os funcionários da obra também afetou o orçamento, segundo o estudo da EPE.
O ministro do TCU José Jorge afirmou que o preço aprovado hoje está mais próximo da realidade de outras usinas, como Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira. No primeiro caso, o preço-teto era de R$ 122 por MW/h, e o valor final ficou de R$ 78,37. No leilão de Jirau, o teto era de R$ 91, e o final ficou de R$ 71,40.
No entanto, Jorge criticou o relatório da EPE, afirmando que os cálculos da entidade são vagas estimativas sem detalhamento, feitas "na base do chute", segundo suas palavras. "Vamos rezar para que quando chegar na licitação, esse seja mesmo o preço-máximo", disse.
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