"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

março 17, 2010

BC : POLÍTICO E OBEDIENTE !

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ao presidente do BC, Henrique Meirelles, que tente evitar uma alta de 0,25 ponto percentual da taxa básica de juros na reunião de hoje e amanhã do Copom (Comitê de Política Monetária).

Política em primeiro lugar :

Ao que tudo indica, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, não quer se candidatar para um cargo público sob a pecha de freio do crescimento econômico.

Em uma decisão conturbada tanto no mercado quanto no próprio Comitê de Política Econômica (Copom), o BC manteve a taxa básica de juros da economia em 8,75% ao ano.
Foi a quinta reunião consecutiva de manutenção da taxa.

Segundo a nota divulgada pelo Banco Central, o Copom ainda está atento as perspectivas para a inflação. "O Comitê irá monitorar atentamente a evolução do cenário macroeconômico até sua próxima reunião, para então definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária", afirma a nota.

O placar da reunião, no entanto, aponta que a próxima reunião do Copom, marcada para os dias 27 e 28 de abril, deverá decidir por um aumento na Selic.

Os três votos contrários à manutenção foram de diretores que preferiam ver a taxa de juros ser aumentada em 0,5 ponto percentual - bem acima do comum em momentos tranqüilos, quando a definição é pelo 0,25 ponto percentual.

Análise

Para o economista Roberto Padovani, do WestLB, a decisão do Copom foi acertada. Em primeiro lugar, o adiamento no aumento da Selic serve para pôr fim aos exageros do mercado sobre os rumos da inflação.

Além disso, a espera permitirá ao BC ver o real ritmo da atividade econômica e identificar o que realmente é inflação ou apenas reajustes sazonais de preços, como nas tarifas públicas e em produtos agrícolas cujas safras foram prejudicadas pelo clima.

Dos três votos pela alta na Selic, ao menos dois são claramente identificados pelo mercado.
São de Mário Mesquita, atual diretor de Política Econômica e possivelmente demissionário, e de Carlos Hamilton, diretor de Assuntos Internacionais.


Segundo analistas, são votos já combinados que deverão mostrar ao mercado que, em abril, o aumento dos juros será líquido e certo.

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