"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

fevereiro 05, 2010

E AÍ, JOBIM? SOLTA A "FRANGA"!

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Vasconcelo Quadros, Jornal do Brasil
BRASÍLIA - 
O Senado decidiu convocar o ministro da Defesa, Nelson Jobim, para que ele confirme ou não se governo já optou mesmo pela empresa francesa Dassault na compra de 36 caças Rafale, um dos maiores negócios da história da aviação brasileira, estimado em cerca de R$ 11 bilhões, cuja disputa envolve também duas outras gigantes do setor, a americana Boeing e a sueca Saab. 

O aceno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos franceses, em setembro do ano passado, vem alimentando uma crise nos bastidores do projeto FX-2, com crescente insatisfação na Aeronáutica, e a preocupação de parlamentares que terão de dar aval ao pedido de aprovação de recursos que o governo deverá enviar ao Congresso.

– O correto é o presidente Lula seguir o parecer da Aeronáutica. Ele já fez tanto gesto de aproximação com o Sarkozy (Nicolas Sarkozy, presidente da França), comprando submarinos, helicóptero e outros caças, que essa decisão não afetaria as relações estratégicas com a França – analisa o deputado Raul Jungmann (PPS-PE), presidente da Frente Parlamentar de Defesa.

A nota técnica da Força Aérea Brasileira, emitida no início de janeiro, coloca em primeiro lugar na concorrência o Gripen NG, da Saab, e em segundo o F-18 Super Hornet, da Boeing. Em desempenho técnico, o Rafale aparece em último lugar, mas o governo já deu sinais de que pode ter se decidido pela Dassault como mais um passo para reforçar a parceria com a França.

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