"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

fevereiro 05, 2010

AIII! O COTURNO É DURO E GROSSO !


O general-de-Exército Raymundo Nonato de Cerqueira Filho causou polêmica ontem, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, ao afirmar que há incompatibilidade entre homossexualidade e a atividade militar.

De acordo com Cerqueira Filho, "a vida militar reveste-se de determinadas características, inclusive em combate, que pode não se ajusta ao comportamento desse indivíduo".

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) repudiou as declarações. A CCJ aprovou, por unanimidade, as indicações de Cerqueira Filho e do almirante Álvaro Luiz Pinto para o cargo de ministro do Superior Tribunal Militar (STM), feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As mensagens com as indicações serão apreciadas ainda pelo plenário.

— A maior parte dos exércitos do mundo não admite (homossexuais) — afirmou o general-de-Exército, segundo a Agência Senado.

— Não é que o indivíduo seja um criminoso. Não sou contra o indivíduo ser (gay), cada um toma sua decisão. Se ele é assim, talvez haja outro ramo de atividade que ele possa desempenhar — disse.

Para o general, os homossexuais não conseguem comandar a tropa. A questão da homossexualidade foi provocada pelo presidente da CCJ, Demóstenes Torres (DEM-GO).

Já Luiz Pinto citou a afirmação de um teólogo da França que não se opunha à entrada de homossexuais nos quadros da Igreja desde que fizessem o voto de castidade. Ele declarou que nada tem nada contra a admissão de gays nas Forças Armadas, "desde que ele mantenha a dignidade da farda, do cargo, do trabalho que executa":

— Se ele mantiver sua dignidade, sem problema nenhum. Se for indigno, ferindo a ética, não seria a favor. 

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