Colegio Sion. 10 de fevereiro de 1980. Fundação do PT.
A Lélia Abramo (à esq.). O historiador Sérgio Buarque de Holanda,
Olívio Dutra, Lula e Jaço Bittar.
Foto doArquivo Central da Unicamp.
Eugênia Lopes e Vera Rosa, de O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA -
A oposição criticou ontem a versão preliminar do programa de governo da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência.
Para os adversários do governo, as diretrizes que vão nortear a plataforma de Dilma - antecipadas na edição desta sexta-feira, 5, pelo Estado - são um retrocesso e representam a volta do "velho PT".
No documento intitulado "A grande transformação" - a ser apresentado no 4.º Congresso do PT, de 18 a 20 deste mês, em Brasília - , o partido prega maior presença do Estado na economia e o fortalecimento das estatais e dos bancos públicos para fornecimento de crédito ao setor produtivo.
"O velho PT está tomando fôlego, está se rearticulando com todos os seus ranços e propostas", afirmou o líder do PSDB na Câmara, João Almeida (BA).
"É um programa jurássico, que compromete o Brasil para o futuro.
O que a Dilma propõe no Brasil nem na China existe", provocou o líder do DEM na Câmara, Paulo Bornhausen (SC).
Indiferente a esses comentários, o presidente eleito do PT, José Eduardo Dutra, disse que o programa de Dilma vai jogar por terra a "falácia" de que o mercado resolve tudo.
"É uma proposta da realidade", resumiu ele.
"O Brasil só saiu bem da crise mundial ao fortalecer a Petrobrás, o BNDES e a CEF, mas isso não significa estatização. Não há nada de assustador no que propomos."
Dutra garantiu, ainda, que o PT não mudará a política econômica se Dilma for eleita.
"Quem vai mudar é o PSDB, que quer acabar com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)", devolveu.
Na avaliação de líderes de oposição no Senado, o ideário petista tem ideias semelhantes às defendidas pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez.
"Estão querendo levar o Brasil à ruína.
Do ponto de vista eleitoral, esse programa do PT se parece com o da Venezuela", atacou o líder do PSDB na Câmara, Arthur Virgílio (AM).
"Onde a presença do Estado é muito forte, o capital se inibe. O PT está na contramão do mundo desenvolvido", emendou o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN).
Já os líderes dos partidos aliados, favoráveis à candidatura da petista à sucessão de Lula, consideraram boas as propostas do PT. "Num país como o nosso, com enormes diferenças sociais, o Estado tem um papel importante na economia e na redução das desigualdades. Velho com bons olhos essa sinalização", disse o líder do PSB na Câmara, Rodrigo Rollemberg (DF).
A Lélia Abramo (à esq.). O historiador Sérgio Buarque de Holanda,
Olívio Dutra, Lula e Jaço Bittar.
Foto doArquivo Central da Unicamp.
Eugênia Lopes e Vera Rosa, de O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA -
A oposição criticou ontem a versão preliminar do programa de governo da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência.
Para os adversários do governo, as diretrizes que vão nortear a plataforma de Dilma - antecipadas na edição desta sexta-feira, 5, pelo Estado - são um retrocesso e representam a volta do "velho PT".
No documento intitulado "A grande transformação" - a ser apresentado no 4.º Congresso do PT, de 18 a 20 deste mês, em Brasília - , o partido prega maior presença do Estado na economia e o fortalecimento das estatais e dos bancos públicos para fornecimento de crédito ao setor produtivo.
"O velho PT está tomando fôlego, está se rearticulando com todos os seus ranços e propostas", afirmou o líder do PSDB na Câmara, João Almeida (BA).
"É um programa jurássico, que compromete o Brasil para o futuro.
O que a Dilma propõe no Brasil nem na China existe", provocou o líder do DEM na Câmara, Paulo Bornhausen (SC).
Indiferente a esses comentários, o presidente eleito do PT, José Eduardo Dutra, disse que o programa de Dilma vai jogar por terra a "falácia" de que o mercado resolve tudo.
"É uma proposta da realidade", resumiu ele.
"O Brasil só saiu bem da crise mundial ao fortalecer a Petrobrás, o BNDES e a CEF, mas isso não significa estatização. Não há nada de assustador no que propomos."
Dutra garantiu, ainda, que o PT não mudará a política econômica se Dilma for eleita.
"Quem vai mudar é o PSDB, que quer acabar com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)", devolveu.
Na avaliação de líderes de oposição no Senado, o ideário petista tem ideias semelhantes às defendidas pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez.
"Estão querendo levar o Brasil à ruína.
Do ponto de vista eleitoral, esse programa do PT se parece com o da Venezuela", atacou o líder do PSDB na Câmara, Arthur Virgílio (AM).
"Onde a presença do Estado é muito forte, o capital se inibe. O PT está na contramão do mundo desenvolvido", emendou o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN).
Já os líderes dos partidos aliados, favoráveis à candidatura da petista à sucessão de Lula, consideraram boas as propostas do PT. "Num país como o nosso, com enormes diferenças sociais, o Estado tem um papel importante na economia e na redução das desigualdades. Velho com bons olhos essa sinalização", disse o líder do PSB na Câmara, Rodrigo Rollemberg (DF).
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