Apesar do quarto melhor desempenho da poupança em um único mês em 2011, a captação líquida da caderneta em outubro, de R$ 1,07 bilhão, representou apenas 26% do resultado obtido por esse tipo de aplicação em setembro.
 No acumulado do  ano, a comparação ficou ainda pior. O  saldo líquido positivo de R$  10,56 bilhões, verificado no período de  janeiro a outubro, é 62,6% menor  que o ingresso líquido de recursos  obtidos nos 10 meses de 2010. 
Para aquele período, segundo dados do Banco Central, os depósitos superaram os saques em R$ 28,3 bilhões, atingindo R$ 38,6 bilhões no fechamento do ano.
Desde o início de 2011, a caderneta de poupança vem  registrando, mês  a mês, resultados inferiores aos do ano passado. Um dos  motivos pode  ser o rendimento maior no período para os fundos de renda  fixa. 
Outra razão pode estar relacionada à menor disponibilidade de recursos por parte da população, forçada a realizar saques na aplicação para pagar dívidas.
Dados do Banco Central indicam que a inadimplência, depois de subir no primeiro semestre do ano, acabou se estabilizando num patamar elevado.
Nada menos que 6,8% das operações de crédito contratadas nos bancos estão em atraso há mais de 90 dias.
Atratividade
Em  outubro, os depósitos somaram R$ 105,31 bilhões, enquanto os saques   totalizaram R$ 104,23 bilhões. Os rendimentos creditados nas contas dos   poupadores foram de R$ 2,36 bilhões no mês passado. No fim do mês, o   volume total de recursos depositados somava R$ 411,88 bilhões.
Nos  10 meses do ano, a poupança rendeu, aproximadamente, 6,3%. No  mesmo  período, segundo dados da Associação Nacional dos Bancos de  Investimento  (Anbid), os fundos de renda fixa renderam 10,38%.
Ao  contrário dos  investimentos em fundos, na caderneta não há taxa de  administração nem  Imposto de Renda. De acordo com analistas do mercado,  sua atratividade  cresce num ambiente de queda da taxa básica de juros  (Selic) da  economia.
Isso ocorre porque a caderneta tem uma rentabilidade própria (taxa referencial de juros mais 0,5% de juros ao ano), ao passo que os fundos de investimento seguem, com deságio, a taxa Selic.
Vânia Cristino Correio Braziliense
Nenhum comentário:
Postar um comentário