"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

julho 20, 2010

"TÔ ME LIXANDO PRA A OPINIÃO PÚBLICA" ELE VAI PARA O 8º MANDATO.


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Vídeo Memória : Sérgio Moraes tenta se explicar, mas desperta mais indignação

Eliano Jorge

Para o Brasil inteiro, ele se resumiu ao deputado que se lixava para a opinião pública, nas suas próprias palavras. Ficou rotulado por sua frase aparentemente lapidar, apesar de inúmeras outras menos ou mais sinceras em cerca de 30 anos como vereador, prefeito e parlamentar.

Candidato ao oitavo mandato, Sérgio Moraes, do PTB gaúcho, não retira nada do que já disse, mas garante se importar com a tal opinião pública.

"É evidente que sim".

Quanto às declarações marcantes, acrescenta algumas novas, em entrevista a Terra Magazine, repassando suas recentes polêmicas. Acredita até ter se fortalecido por elas, por mais negativas que sejam.

Como no suposto aumento de popularidade atribuído ao discurso de "se lixar", em que, aliás, ele alega ter sofrido edição televisiva e enxerga uma conspiração.

Entrevista :

Outra declaração sua é que, embora os jornalistas batam no senhor, não impedem sua reeleição. Nunca bateram tanto quanto recentemente. Existe alguma possibilidade de, desta vez, o senhor não se reeleger?

Urna, ninguém conhece dentro. Só conhece depois que abrem os votos. Mas se há alguma coisa de que não tenho medo é de urna. Aliás, eu gosto demais de urna.

Tanto é que fui contra a lista fechada porque, se fosse assim, eu me ficaria eleito o resto da minha vida. E isso, pra mim, não me serviu porque sou sempre o mais votado aqui e isso me daria a preferência, ou seja, a primeira cadeira seria minha.

E, com isso, eu acho que o eleitor ficaria impedido de me substituir ou de se manifestar na urna qual era o seu desejo.

Então eu não aceitei a lista partidária porque eu gosto e quero a urna. Não tenho medo dela.

(...)

Veja bem, fui eleito duas vezes vereador, duas vezes deputado estadual, duas vezes prefeito de uma cidade de polo na minha região, hoje sou deputado federal, a minha mulher foi deputada federal, foi deputada estadual, é a prefeita da cidade, nosso filho é vereador na cidade e será com certeza deputado estadual.

Se fosse verdade isso que a imprensa escreve, e diz, e fala, e insiste, este sujeito não ia conseguir esse espaço e ser aplaudido pelos jovens.

Entro nas universidades e sou aclamado. Então não é possível que todo mundo aqui não perceba e só a imprensa que percebe. É uma pena, né, tchê?

Essa democracia, lutei tanto por ela, está indo por água abaixo. Por exemplo, por estes dias, a gente (os deputados) não queria deixar o CQC entrar na Câmara.

Eu fui um que, mesmo apanhando do CQC injustamente, fui lá fazer a defesa do CQC. Porque lutei tanto pela liberdade de expressão, tanto pela democracia e ela já estava começando a ser cerceada.

Mas quem estava cavando isso? O próprio CQC, que ia lá ironizar, debochar, ridicularizar, e isso começa a cair, a democracia pode começar a complicar.

Entrevista : Íntegra

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