Depois de nosso esquecido futebol-arte não dar as caras na África da Sul, o Brasil também está fazendo feio nos preparativos para a Copa de 2014.
Decorridos três anos desde a escolha do país como sede do torneio, "falta tudo" para a realização dos jogos, na definição de cartolas da Fifa.
Onde estão os orgulhosos "planejadores" petistas para pôr ordem no gramado?
Hoje o panorama é desolador. Aeroportos estrangulados, obras atrasadas nos estádios, vias de acesso caquéticas e, para completar, um governo incapaz de articular boas parcerias e atrair recursos.
Não se vê no horizonte nada sendo feito para que a Copa gere bons frutos para os cidadãos em termos de melhoria da infraestrutura do país.
O tempo urge, o governo vai tomando atitudes atabalhoadas para vencer o improviso, e cresce o risco de uma gigantesca conta ser espetada nos contribuintes.
Diante do quadro, o velho bravateiro Lula bateu no peito, xingou a Fifa e prometeu atravessar o Oceano Atlântico a nado, caso o país não consiga organizar bem a competição.
Melhor rezar.
Estima-se que a Copa envolva investimentos de R$ 22,4 bilhões em infraestrutura. Outros R$ 112,7 bilhões podem vir a ser injetados no país em decorrência dos preparativos, segundo a FGV.
É fácil ver que se trata de uma oportunidade de ouro para dinamizar ainda mais a economia, gerar emprego e renda para os brasileiros.
Infelizmente, ao contrário de locais onde grandes eventos esportivos deixaram inestimáveis dividendos para a população, aqui a premissa básica foi esquecida.
(...)
Já com o desespero batendo no queixo, Lula assina hoje uma medida provisória para flexibilizar o endividamento de municípios-sede da Copa. Também haverá linhas especiais de financiamento do BNDES.
Nesta altura do campeonato, não custa lembrar que, nos últimos quatro anos, Dilma Rousseff foi a responsável geral pelas obras públicas no país.
Cadê nossa gerentona de almanaque?
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Pelo menos logomarca já temos, o que prova que nosso marketing é imbatível. Mas está na hora de deixar a propaganda de lado e trabalhar. A festa a ser feita no Brasil será formidável.
O desafio é fazer a competição aumentar a qualidade de vida da população, como ocorreu após as Olimpíadas de 1992, em Barcelona, e não levar-nos à bancarrota, caso da Grécia pós-2004.
E por último, mas não menos importante, evitar que o presidente Lula faça tão perigosa travessia marítima em águas infestadas de tubarões.
É certo que teremos tragédia pela frente.
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