Às vésperas da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou em campo e pediu “calma” no debate público que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do BC, Henrique Meirelles, vêm travando sobre os rumos da taxa básica de juros da economia, a Selic.
Mantega vem soltando os cachorros contra uma nova elevação dos juros amanhã. Ele alega que o Copom pode até dar mais “uma pauladinha” nos juros para satisfazer o mercado, mas indicar que o arrocho acabou, pois os riscos inflacionários se dissiparam e o ritmo de crescimento do país diminuiu consideravelmente.
Mudança
Por conta desse debate político e das incertezas ainda presentes no cenário econômico, o mercado vem mudando abruptamente de posição. No início da semana passada, eram poucos os analistas que acreditavam que o Copom poderia promover uma elevação mais suave na taxa Selic.
Agora, na véspera da reunião, as apostas estão divididas. Segundo a Prosper Corretora, cerca de 40% dos analistas acreditam em um aumento de 0,50 ponto, enquanto a expectativa da maioria é de um novo aperto de 0,75 ponto.
“É prematuro interromper o ritmo da alta da Selic de 0,75 ponto percentual nesta reunião de julho, pois é clara, na ata de junho e no relatório de inflação, a deterioração do cenário prospectivo e não corrente da inflação”, disse Eduardo Velho, economista-chefe da corretora.
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