"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

junho 25, 2010

POLITICA DE EMPREGO E QUALIFICAÇÃO RELEGADOS PELO GOVERNO.

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O Portal do Planejamento que abrigava uma publicação de avaliação de ações federais com mais de três mil páginas e foi retirado do ar há uma semana critica a política de emprego do governo federal, que tem dado cada vez menos atenção ao problema da qualificação profissional, um dos gargalos da economia brasileira.

Segundo o relatório feito por técnicos da pasta, a verba destinada ao treinamento dos trabalhadores e intermediação de mão de obra em 2008 foi de apenas R$ 238,31 milhões.

O montante representa só 20% do valor aplicado em 2001, que foi de R$ 1,18 bilhão.

“Por outro lado cresce o volume de recursos destinados ao financiamento de empreendimentos pelo BNDES, que nem sempre estão vinculados à geração de empregos”.

Todo ano, o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) reserva uma verba a ser aplicada na qualificação dos trabalhadores, mas os valores têm sido sucessivamente contingenciados.

Para 2011, o orçamento do Fundo, aprovado esta semana, reserva a rubrica R$ 1,2 bilhão.

Outros R$ 13,4 bilhões serão destinados ao BNDES que recebe 40% das receitas do FAT, conforme prevê a Constituição.

Relatório cita criação de vagas de ‘baixa produtividade’ No relatório, os técnicos sugerem não só a retomada dos investimentos, mas também uma articulação de políticas para permitir maior equilíbrio entre a oferta e a demanda de trabalho.

Citam que alguns segmentos produtivos, como indústria de petróleo e construção civil, enfrentam problemas com a ausência de perfil adequado de mão de obra para preenchimento de novos postos de trabalho.

O Portal afirma ainda que, apesar do crescimento do emprego formal, as novas vagas são de “baixa produtividade” e que são necessárias “mudanças na matriz de produção do país (...) associadas à transferência de renda e à educação.

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