O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, teme pela segurança do voto nas urnas eletrônicas, nas eleições de outubro, se o Congresso confirmar a mudança na ordem de exposição dos candidatos na tela.
Projeto neste sentido foi aprovado anteontem no plenário do Câmara e já está no Senado para apreciação.
Lewandowski enviou carta ontem ao presidente da CCJ do Senado, Demóstenes Torres (DEM-GO), e aos líderes dos partidos, alertando que, caso a Casa aprove projeto do deputado Milton Monti (PMDBSP), a segurança das eleições ficará inviabilizada.
Desde 2008, conforme resolução do TSE, os candidatos são listados do menor para o maior cargo: deputado estadual (ou distrital), seguido de deputado federal, senador, governador e presidente da República.
Mas a Câmara quer voltar à forma original, onde aparece antes o candidato a deputado federal.
Outro argumento é que os candidatos a deputado estadual têm números com mais dígitos (cinco), caindo para quatro dígitos na escolha do deputado federal, três para senador e dois para governador e presidente.
Lewandowski diz que a nova alteração significaria submeter as urnas novamente a testes de segurança, e que não há tempo hábil.
Mudar a ordem dos candidatos implicaria alterar três softwares do sistema eletrônico: o de votação; o de totalização de votos, e o de divulgação dos resultados. As 400 mil urnas já estão preparadas para a votação desta forma.
Alterá-las “causaria impacto e atrasos significativos no cronograma de programação das urnas”, segundo parecer do secretáriogeral do TSE.
“Constitui fator de perturbação ao pleito que se avizinha”, avisa o TSE na carta aos senadores.
Além disso, o tribunal já determinou a impressão de 54,2 milhões de folhetos e 1 milhão de cartazes explicativos, ao custo de R$ 500 mil.
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