"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

abril 20, 2010

A "MAROLINHA" NA INDÚSTRIA.

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O Estado de S. Paulo -

O Brasil perde o posto de nono maior parque industrial(click) do mundo. Dados divulgados pela Organização das Nações Unidas apontam que a Índia superou o Brasil em 2009 e o País caiu para a décima posição.

No topo do ranking, a China supera pela primeira vez o Japão para se tornar o agora segundo maior produtor de bens manufaturados do mundo.

A liderança ainda é dos Estados Unidos. Mas a economia americana está cada vez mais ameaçada nessa posição.

No ano 2000, os americanos representaram 26,6% da produção industrial do mundo, o ponto mais alto em 40 anos.

Em outras palavras, a cada quatro produtos fabricados no planeta, um vinha dos Estados Unidos. Em 2000, o Japão era o segundo maior produtor.

A China era apenas o quarto, com 6,6% da produção mundial.

A ONU não divulgou ainda os números absolutos da produção industrial no mundo em 2009 e o porcentual é uma estimativa da participação de cada país.

Mas, em 2007, o valor total da produção havia atingido US$ 6,7 trilhões.

No ano seguinte, o valor chegou a US$ 6,81 trilhões. Em 2009, a produção industrial no mundo teria perdido 10% de suas atividades, segundo os dados da ONU.

Transformação, "Mas a realidade é que o mapa mundial da produção industrial está em plena transformação", afirmou Shyam Upadhyaya, diretor de estatísticas da Organização de Desenvolvimento Industrial da ONU.

A participação americana começou a cair a partir de 2000 e essa tendência se acelerou diante da crise em 2009. Hoje, 18,9% da produção industrial mundial ocorre nos Estados Unidos.

Em dez anos, a China dobrou sua produção e já tem 15,6% da fabricação de manufaturas no planeta, ante 15,4% do Japão.

Alemanha, Reino Unido, França e Itália também estão em franca queda. Em 2000, os alemães eram os terceiros maiores produtores, com 6,8% do mercado.

Hoje, contam com 6,3%. Os ingleses caíram na quinta posição para a oitava posição.

Brasil.

No caso da produção industrial brasileira, a ONU indica que no início da década o País representava 1,66% da manufatura mundial. Espanha, México e Canadá superavam o Brasil naquele momento e o País ocupava a 12a posição.

A partir de 2006, o País ganhou posições, chegando a ser o nono maior produtor de manufaturados e fabricando 1,89% da produção mundial.

Mas, em 2009, a crise atingiu de forma mais importante o Brasil que outros países emergentes.

O resultado foi que a Índia conseguiu avançar de forma mais rápida e superou o Brasil no ranking. A Índia dobrou sua participação no mercado mundial em dez anos, subindo de 1,1% em 2000 para quase 2% no ano passado.

Em termos de regiões, a Ásia já se transformou no parque industrial do mundo, produzindo 44% de toda a fabricação de manufaturados do planeta.

A Europa conta com 27%, ante 20,5% na América do Norte. A América Latina corresponde a apenas 6,1% da produção mundial, ante um insignificante 1,6% da África.

Os países emergentes hoje produzem 44% das manufaturas do planeta, ante 66% nos países ricos.

Mas o Brasil-(click) vem perdendo espaço. O País representava 10% de toda a produção industrial das economias em desenvolvimento há 15 anos, em 1995. Dez anos depois, caiu para 7,2%. / J.C.

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