Autor(es): Agencia O Globo/Fabio Fabrini, enviado especial, e Marcelo Portela
Em conversa com empresários mineiros na sede da FIEMG (entidade que concentra mais de 30% do PIB mineiro), o pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, optou por um discurso técnico, mas marcando diferenças com propostas de sua principal adversária, Dilma Rousseff, do PT.
Afirmou que o modelo de desenvolvimento em vigor no país hoje privilegia o setor primário, que, apesar de ser responsável por grande volume de exportação, tem pouco valor agregado.
— É o modelo que vigorou dos anos 1930 aos anos 1980. Não gera empregos — disse o tucano.
Na opinião de Serra, foi importante o país ter investido nessas áreas, mas hoje não há mais espaço para isso.
— O Estado produtor e todo-poderoso do passado não vinga. É obeso.
E obesidade indica fraqueza — afirmou o tucano.
Serra também criticou o inchaço da máquina pública e defendeu a redução dos gastos, além de mudanças na questão tributária:
— Nós temos a questão fiscal no Brasil, que é de uma rigidez muito grande. Não é enxugamento para perseguir ninguém, não é enxugamento irracional, como se chegou a se fazer.
É um enxugamento bem feito. As gorduras de cargos comissionados.
“Nessas coisas de casamento, defendo a monogamia”
Sobre política, ele deixou claro que seu candidato ao governo de Minas é o atual governador tucano, Antônio Anastasia, que disputa a reeleição com o apoio do ex-governador Aécio Neves.
E disse que não aceitaria uma campanha velada com o pré-candidato do presidente Lula ao governo mineiro, Hélio Costa (PMDB), que deverá ter o apoio do PT.
— Eu até me dou bem com Hélio Costa, tenho uma relação cordial, mas, nessas coisas de casamento, eu defendo a monogamia — rebateu Serra.
Em entrevista à Rádio Itatiaia, Serra atacou o ritmo de execução do PAC, uma das principais bandeiras de Dilma, e reclamou do aparelhamento e da corrupção em setores da administração federal.
— O PAC é uma lista de obras, vamos ser realistas. A maior parte não foi feita.
O tucano atacou ainda o inchaço da máquina e o empreguismo: — A Funasa hoje acabou loteada pelo empreguismo, pelo troca-troca, por denúncias de corrupção. Não é nem problema do atual ministro (José Gomes Temporão, PMDB), que é decente.
Mas é o que foi destruído.
Serra criticou a reeleição, proposta e aprovada no governo do também tucano Fernando Henrique Cardoso:
— Reeleição não é coisa boa. Deveria ter cinco anos de mandato. Você chega e governa fazendo aquilo que tem de ser feito, não apenas de olho na reeleição — disse ele.
Perguntado sobre críticas do líder do MST João Pedro Stédile à sua candidatura, Serra disse que a organização usa a reforma agrária como pretexto para objetivos políticos.
Em conversa com empresários mineiros na sede da FIEMG (entidade que concentra mais de 30% do PIB mineiro), o pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, optou por um discurso técnico, mas marcando diferenças com propostas de sua principal adversária, Dilma Rousseff, do PT.
Afirmou que o modelo de desenvolvimento em vigor no país hoje privilegia o setor primário, que, apesar de ser responsável por grande volume de exportação, tem pouco valor agregado.
— É o modelo que vigorou dos anos 1930 aos anos 1980. Não gera empregos — disse o tucano.
Na opinião de Serra, foi importante o país ter investido nessas áreas, mas hoje não há mais espaço para isso.
— O Estado produtor e todo-poderoso do passado não vinga. É obeso.
E obesidade indica fraqueza — afirmou o tucano.
Serra também criticou o inchaço da máquina pública e defendeu a redução dos gastos, além de mudanças na questão tributária:
— Nós temos a questão fiscal no Brasil, que é de uma rigidez muito grande. Não é enxugamento para perseguir ninguém, não é enxugamento irracional, como se chegou a se fazer.
É um enxugamento bem feito. As gorduras de cargos comissionados.
“Nessas coisas de casamento, defendo a monogamia”
Sobre política, ele deixou claro que seu candidato ao governo de Minas é o atual governador tucano, Antônio Anastasia, que disputa a reeleição com o apoio do ex-governador Aécio Neves.
E disse que não aceitaria uma campanha velada com o pré-candidato do presidente Lula ao governo mineiro, Hélio Costa (PMDB), que deverá ter o apoio do PT.
— Eu até me dou bem com Hélio Costa, tenho uma relação cordial, mas, nessas coisas de casamento, eu defendo a monogamia — rebateu Serra.
Em entrevista à Rádio Itatiaia, Serra atacou o ritmo de execução do PAC, uma das principais bandeiras de Dilma, e reclamou do aparelhamento e da corrupção em setores da administração federal.
— O PAC é uma lista de obras, vamos ser realistas. A maior parte não foi feita.
O tucano atacou ainda o inchaço da máquina e o empreguismo: — A Funasa hoje acabou loteada pelo empreguismo, pelo troca-troca, por denúncias de corrupção. Não é nem problema do atual ministro (José Gomes Temporão, PMDB), que é decente.
Mas é o que foi destruído.
Serra criticou a reeleição, proposta e aprovada no governo do também tucano Fernando Henrique Cardoso:
— Reeleição não é coisa boa. Deveria ter cinco anos de mandato. Você chega e governa fazendo aquilo que tem de ser feito, não apenas de olho na reeleição — disse ele.
Perguntado sobre críticas do líder do MST João Pedro Stédile à sua candidatura, Serra disse que a organização usa a reforma agrária como pretexto para objetivos políticos.
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