Nos últimos 10 anos, o
Fórum Social Mundial atravessou o mundo, vibrou com a chegada de simpatizantes à Presidência de diferentes países e viu algumas de suas bandeiras se tornarem realidade.
Ainda assim, seus organizadores se debatem com dilemas que também fazem aniversário.
Os 10 anos, a serem comemorados e discutidos em Porto Alegre a partir desta segunda-feira, expõem as divergências em relação aos rumos do evento.
Ainda assim, seus organizadores se debatem com dilemas que também fazem aniversário.
Os 10 anos, a serem comemorados e discutidos em Porto Alegre a partir desta segunda-feira, expõem as divergências em relação aos rumos do evento.
Anfitriã do primeiro Fórum, em 2001, e de outros três (2002, 2003 e 2005), a capital gaúcha vai sediar nesta semana o seminário internacional
“10 Anos Depois: Desafios e propostas para um outro mundo possível”.
Será o ponto alto da programação de cinco dias do evento.
No encontro, fundadores do FSM vão fazer um balanço da década e elaborar sugestões para o futuro a serem levadas à próxima reunião do conselho internacional, em maio, no México.
A julgar pelas diferenças de pensamento entre os convidados do seminário, a tarefa é difícil.
Nas primeiras edições do evento, os participantes gritavam praticamente sozinhos contra o neoliberalismo, ainda desnorteados pela perda de referências provocada pela falência do socialismo real.
A crise econômica de 2008, no entanto, mudou o cenário.
Mesmo governos conservadores de nações ricas admitem ser necessário reformar o sistema financeiro mundial e regular mercados.
– O primeiro Fórum era uma coisa meio exótica.
Os participantes eram vistos como um grupo perdido do festival de Woodstock ou uma esquerda saudosista – lembra o jornalista Antônio Martins, membro da Associação pela Taxação das Transações Financeiras em Apoio ao Cidadão (Attac).
Os fundadores acreditam ainda que o contexto político na América Latina assumiu contornos completamente inversos: atualmente, presidentes de esquerda governam a maioria dos países do continente.
Para o cientista político Emir Sader, a própria força do evento, por meio dos movimentos sociais, contribuiu nas vitórias.
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