O Brasil fechou 2009 com déficit em transações correntes de 24,334 bilhões de dólares, registrando saldo negativo pela segunda vez seguida depois de cinco anos de superávit.
O déficit, divulgado nesta quarta-feira pelo Banco Central, foi equivalente a 1,55 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
O saldo negativo do ano ficou abaixo do visto em 2008, de 28,192 bilhões de dólares, mas a tendência apontada nos últimos meses é de aceleração do déficit --resultado de aumento das remessas de lucros e dividendos e da recuperação das importações em meio ao aquecimento da atividade.
Somente em dezembro, as transações correntes foram deficitárias em 5,947 bilhões de dólares --pior resultado da série histórica do BC, iniciada em 1947. O déficit foi maior que o esperado e também superou o saldo negativo de 3,119 de dólares registrado no mesmo mês de 2008.
Analistas consultados pela Reuters previam déficit mensal de 3,45 bilhões de dólares, segundo a mediana de 18 estimativas. O BC esperava saldo negativo de 3,9 bilhões de dólares em dezembro.
Contribuiu para o resultado uma expressiva remessa de lucros e dividendos por parte das empresas no mês, de 5,326 bilhões de dólares, ante 3,146 bilhões de dólares um ano antes.
"O déficit veio maior que o esperado em dezembro. O investimento direto foi melhor, (o item) viagens foi pior e balança foi também pior que o esperado. Acho que é isso, inclusive, que está segurando um pouco o dólar (em alta)", avaliou Carlos Allievi Jr., gestor da Infinity Asset.
"Acho que ainda piora.
Com nosso crescimento robusto, as transações correntes tendem a ser piores."
"Acho que ainda piora.
Com nosso crescimento robusto, as transações correntes tendem a ser piores."
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