"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

janeiro 21, 2010

767 CARGOS COMISSIONADOS EM DISPUTA


 Em ano eleitoral, cada emprego oferecido vale voto na urna
Tiago Pariz

Logo após o recesso, a partir de 2 de fevereiro, os deputados decidirão a troca de comandantes de lideranças e comissões. Mais do que o interesse político pelos postos, os parlamentares estão de olho nos cargos comissionados que poderão ocupar com apadrinhados.

São 767 cargos de natureza especial (CNE), 100 de comissões e 667 das lideranças. 
Uma folha de pagamento mensal de R$ 3,44 milhões. 
A liderança do PMDB, por exemplo, tem ao seu dispor 92 cargos comissionados e um orçamento disponível de pouco mais de R$ 400 mil.

Esse é um dos motivos que enchem os olhos dos deputados para disputar o posto de presidente de comissão permanente ou de liderança quando a Câmara voltar a funcionar daqui duas semanas. 

Mesmo no recesso, telefones de líderes não param de tocar, reuniões ocorrem a todo momento para saber quem ficará com os cargos mais badalados da Câmara. É a ansiedade dos parlamentares acumulada desde o fim do ano passado.

A voracidade de alguns deputados deve-se ao poder que o cargo garante, a partir da livre escolha de funcionários ou do poder de influência na bancada. 

Cada comissão tem cinco postos de livre provimento, uma folha de pagamento de R$ 29,6 mil. 
O presidente do órgão pode fazer o que bem entender com os cargos desde que não passe desse teto. 
É uma forma de acomodar diversos interesses e retribuir com a indicação de cargos.
E EU COM ISSO
Lotear uma comissão com apadrinhados ou fazer um trabalho só pensando na carreira política simplifica o trabalho parlamentar. O eleitor tem direito de saber se o seu representante está usando o mandato em benefício próprio. 

É importante analisar se o novo líder ou o postulante a presidente de comissão quer se locupletar ou fazer a Câmara produzir discussões relevantes ao país.

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