"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

junho 21, 2013

E ENQUANTO ISSO... NO brasil maravilha DOS FARSANTES E GERENTONA 1,99 FALSÁRIA : Emprego perde força, e inflação engole renda

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Último bastião do governo Dilma Rousseff, a situação de pleno emprego no Brasil está ameaçada.

A estabilidade na taxa de desocupação, em 5,8%, segundo a Pesquisa Mensal do Emprego (PME), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que a geração de postos de trabalho não acompanha mais o crescimento da população ativa.


O levantamento também apurou queda dos salários reais, de 0,3%, resultado direto do aumento da inflação, que está corroendo o poder de compra dos brasileiros.

O coordenador de Trabalho e Renda do IBGE, Cimar Azeredo, destacou que o desemprego em 5,8%, mesmo estável em relação ao mês passado e a maio de 2012, é sinal de falta de dinamismo da economia.


A PME também mostrou que, entre abril e maio, a população em idade ativa (com 10 anos ou mais) cresceu 0,9% em relação a maio de 2012, para 42,7 milhões de pessoas, num ritmo maior do que a da população ocupada, que subiu 0,2% na mesma comparação, para 23 milhões de trabalhadores.


O nível de ocupação ficou em 53,8% em maio, acima dos 53,6% de abril, mas abaixo dos 54,2% de maio do ano passado, numa clara desaceleração do mercado.
"Isso não é positivo. Se a população ativa continuar crescendo mais do que o número de ocupados, vai haver deficit de postos de trabalho", disse o economista.


Na prática, isso significa desemprego. Na avaliação do economista sênior do Espírito Santo Investment Bank (BES) Flávio Serrano, a situação é desconfortável, porque o pleno emprego chegou no limite, e a situação econômica do país, com crescimento baixo e inflação alta, agrava o quadro.

A maioria dos setores apurados pela PME registrou queda no rendimento real dos trabalhadores. No caso do comércio, além dos salários mais baixos, o emprego teve queda.


"O resultado é bastante ruim. É a primeira vez em 11 meses que o rendimento caiu no comércio (recuo de 1% na comparação anual e de 1,9% em relação a abril). No acumulado de 2013, a queda é de 0,7%, enquanto no ano passado, de janeiro a maio, a renda dos trabalhadores no comércio cresceu 6,15%", destacou o analista da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Fábio Bentes, que também lamentou o aumento do desemprego no setor.

A economista do ABC Brasil Mariana Hauer ressaltou que os dados do comércio são ainda mais preocupantes, porque maio é um mês tradicionalmente bom para o setor.


"O Dia das Mães é a segunda melhor data para o varejo e mesmo assim os números foram ruins. Vale o alerta também para a indústria, que mostrava recuperação no primeiro trimestre e operava com capacidade ociosa, sinalizando que não ia demitir nem reduzir salários. Mas não foi o que aconteceu segundo a pesquisa", disse.

Domésticos
Trabalhadores na construção e em alguns tipos de serviços, funcionalismo público e militares, além de quem trabalha por conta própria, tiveram queda na renda, com exceção do serviço doméstico, terceirizados e as áreas de educação e saúde.


No caso das domésticas, no entanto, a remuneração aumentou, mas o desemprego também. "Isso é reflexo da PEC que garantiu mais direitos a esses trabalhadores. Muita gente está achando caro manter esses profissionais", analisa Mariana.


A queda na ocupação do trabalho doméstico, de 8,7% em maio de 2013 na comparação com o mesmo mês de 2012, foi a mais alta registrada, com 137 mil postos a menos em um ano.

Mesmo profissionais capacitados enfrentam dificuldades para encontrar uma chance no mercado. Com nível superior em Relações Internacionais, Pedro Gomes, 23 anos, está sem emprego.


"Já fiz sete entrevistas e, até agora nada. Acho que as empresas estão exigindo muito para cargos simples", lamentou ele, que começa a se preocupar com as contas da casa.
"Felizmente, minha noiva está empregada", disse.
Correio Braziliense 

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